Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025
O Prêmio ANP de Inovação Tecnológica tem como objetivos:
- Reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica de interesse do setor, desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP e/ou empresas brasileiras, em colaboração com empresas petrolíferas, com utilização total ou parcial de recursos da Cláusula de PD&I, presente nos contratos de Exploração e Produção (E&P);
- Reconhecer trabalho de conclusão de curso de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado e artigo científico, desenvolvidos no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH-ANP);
- Reconhecer e premiar personalidades da indústria e da academia que tenham gerado contribuições relevantes de PD&I para o setor.
A Edição 2025 contempla 6 (seis) categorias de projetos de PD&I, 2 (duas) categorias de personalidades do setor, e 3 (três) categorias do PRH-ANP.
Cada categoria possui regras específicas para participação, procedimentos para inscrições e critérios para julgamento, conforme disposto no Edital.
Edital 2025
As regras específicas do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025 estão dispostas no edital.
- Clique para fazer o download do Edital.
-
Clique aqui para fazer o download do Termo aditivo nº 1 (prorrogação das inscrições)
Veja abaixo os vencedores e finalistas do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025.
- Veja a gravação da cerimônia.
- Veja a galeria de fotos da cerimônia.
- Vencedores
Lista de Vencedores, por categoria:
CATEGORIAS PROJETOS DE PD&I
Vencedor da Categoria I: Projetos na área de "Exploração e Produção de Petróleo e Gás"
Título: Sistema Totalmente Elétrico de Completação Inteligente em Poço Aberto
Empresa petrolífera: Shell
Empresas Brasileiras: Halliburton Produtos Ltda. e Halliburton Serviços Ltda.
Vencedor da Categoria II - Projetos na área de "Transporte, Dutos, Refino e Abastecimento"
Título: Robô para inspeção de tubos de catalisador (CTAs) presentes nos fornos de reforma a vapor
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituição: UFRJ
Vencedor da Categoria III - Projetos na área de "Transição Energética, Energias Renováveis"
Título: BRAVE – Programa Brasileiro para o Desenvolvimento do Agave (Brazilian Agave Development)
Empresa Petrolífera: Shell
Instituições: Unicamp e Senai-BA
Vencedor da Categoria IV - Projetos na área de "Meio Ambiente e Redução de Impactos Ambientais"
Título: Projeto DAC.SI – Implementação de Infraestrutura Nacional e Centro de Competência em PD&I para Testes e Validação de Tecnologias de Captura Direta de CO₂ do Ar (DAC)
Empresa Petrolífera: Repsol Sinopec Brasil
Instituição: PUC-RS
Vencedor da Categoria V - Projetos na área de "Indústria 4.0 / Transformação Digital / Inteligência Artificial”
Título: Ativo360 – Plataforma digital para gestão visual da integridade de ativos de produção
Empresa Petrolífera: Petrobras
Empresas Brasileiras: Vidya Corrosão Engenharia Ltda., Evcom Editora e Comércio Ltda.
Instituições: PUC-Rio, UFF, CERT
Vencedor da Categoria VI - Projetos na área de "Adoção Tecnológica"
Título: Digital Twin de Dutos Flexíveis Submarinos
Empresas Petrolíferas: Petrobras
Instituições: UFRJ, CESAR
CATEGORIAS PRH-ANP
Categoria I "TCC de Graduação"
Título: Avaliação do extrato foliar da moringa oleífera LAM como inibidor de incrustação de carbonato de cálcio
PRH: 55 / UFERSA
Instituição: UFERSA
Autora: Leticia Costa da SilvaCategoria II "Dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado"
Título: Produção de Combustíveis Avançados via Descarboxilação Redutiva Catalisada por Cobalto
PRH: 37 / UFRN
Instituição: UFRN
Autor: Elon Fernandes Silva (MSc)Categoria III "Artigos Científicos"
Título: Efficient CO₂ capture using aminated surfactant in oily and saline formulations
PRH: 26 / UFRN
Instituição: UFRN
Autor: Paulo Henrique Alves de Azevêdo
Personalidade da Academia
Nome: Leonie Arfora Sarubbo
A trajetória científica da Professora Leonie Asfora Sarubbo, referência nacional em biotecnologia ambiental e processos aplicados à indústria de energia, qualifica-a como personalidade acadêmica de destaque para o setor regulado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com mais de duas décadas de atuação em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), sua produção tem promovido soluções tecnológicas alinhadas às demandas de sustentabilidade, segurança operacional e eficiência nos segmentos de petróleo e gás, energia e meio ambiente.
A professora Leonie é atualmente Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1A e membro do Comitê de Assessoramento de Biotecnologia do CNPq. Atua como parecerista de agências como CNPq, CAPES, FINEP e FACEPE, e é membro da Academia Pernambucana de Química. É cofundadora e Diretora Acadêmico-Científica do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), uma ICT privada sem fins lucrativos, que já executou mais de 40 projetos de inovação tecnológica e que hoje constitui um polo de inovação reconhecido nacionalmente. Tem papel decisivo na formação de mais de 80 pesquisadores de pós-graduação, além de dezenas de bolsas de iniciação científica e pós-doutorado vinculadas aos projetos desenvolvidos no IATI. Sua contribuição mais notável está na liderança de projetos de PD&I voltados ao desenvolvimento de insumos e processos sustentáveis, com forte impacto industrial, em especial para aplicações no setor energético.
Dentre suas principais contribuições ao setor regulado pela ANP, destacam-se o desenvolvimento de biodetergentes e agentes tensoativos biodegradáveis para uso em usinas termelétricas movidas a óleo e na remediação de ambientes contaminados por hidrocarbonetos. Um dos marcos dessa atuação foi a criação de um biodetergente industrial atóxico, tecnologia radicalmente inovadora e 100% nacional, já testada com sucesso em escala piloto para a remoção de resíduos oleosos impregnados em máquinas, peças e pisos de usinas térmicas. Tais produtos foram concebidos como alternativas ecológicas aos desengraxantes e dispersantes convencionais, apresentando biodegradabilidade, ausência de toxicidade e elevada eficiência na remoção de derivados de petróleo. O biodetergente desenvolvido permite a substituição de soluções comerciais importadas com alto risco toxicológico, sendo uma alternativa estratégica para setores industriais que operam com derivados de petróleo. Os projetos associados (PD-07236-0006/2016 e PD-07236-0009/2020), desenvolvidos com apoio da ANEEL, geraram impacto direto na operação de empresas como EPASA, EBRASIL e CPFL, promovendo ganhos operacionais, econômicos e ambientais expressivos.
Complementarmente, a pesquisadora também liderou a formulação do Biogel, um agente biorremediador biodegradável voltado à descontaminação de ecossistemas impactados por vazamentos de petróleo, incluindo corais, rochas costeiras, equipamentos de proteção individual e animais marinhos. Testado durante o derramamento de petróleo na costa brasileira (2019), o Biogel demonstrou desempenho superior, com maior compatibilidade ambiental e ausência de efeitos adversos à saúde humana. Trata-se de um produto pioneiro no país, com patente depositada, e de aplicação direta nas estratégias de resposta a emergências ambientais do setor de óleo e gás.
Mais recentemente, a pesquisadora passou a coordenar projetos sob regulamentação da própria ANP, com foco em:
- Formulação de tintas anti-incrustantes sustentáveis para estruturas offshore, substituindo biocidas convencionais por compostos bioativos (PD-02290-0053/2016);
- Tratamento sustentável de cascalhos de perfuração contaminados, utilizando tensoativos verdes, flotação e ultrassom (PD-07236-0009/2020);
- Reaproveitamento de águas oleosas de porão de navios (bilge water), em consórcio internacional, convertendo-as em biossurfactantes aplicáveis na contenção de derramamentos e em formulações para polímeros biodegradáveis (projeto BilgeUP).
A excelência de sua atuação está refletida em indicadores objetivos: mais de 250 artigos científicos publicados, 15 patentes depositadas, orientação de 27 doutorados, 45 mestrados e 9 pós-doutorados, além da liderança na execução de mais de 40 projetos de inovação tecnológica concluídos no IATI. Muitos desses projetos resultaram em tecnologias prontas para o mercado ou em fase de licenciamento, fortalecendo o elo entre academia e indústria.
Seu reconhecimento vai além das métricas acadêmicas. Em 2025, foi listada pela AD Scientific Index como a cientista mais influente do Brasil e América Latina na área de Bioengenharia, ocupando o 129º lugar mundial. Recebeu prêmios como o Vasconcelos Sobrinho de Inovação Tecnológica, o Outstanding Scientist Award (ScienceFather), e o Best Paper Award da revista Processes (MDPI), além de ter coordenado trabalhos premiados nacionalmente em edições do Prêmio Odebrecht e Bayer Young Environmental Envoy.Sua atuação científica não se limita ao laboratório. Ao fundar o IATI, estruturou um modelo de instituto de ciência e tecnologia focado em projetos com visão de negócio, formação de recursos humanos especializados e inserção regional estratégica no Nordeste brasileiro. Essa abordagem inovadora tem impulsionado o desenvolvimento de tecnologias ambientalmente compatíveis aplicáveis à cadeia do petróleo e gás, ao mesmo tempo em que promove inclusão social e fortalecimento da base científica regional.
Com ampla experiência em biotecnologia industrial, processos de separação água-óleo, produção de biossurfactantes e soluções aplicadas à indústria energética, a professora Leonie Sarubbo representa o perfil de pesquisadora que alia excelência acadêmica, impacto tecnológico e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Sua indicação à categoria "Personalidade da Academia" do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica reconhece não apenas sua trajetória exemplar, mas também o papel estratégico da ciência aplicada no enfrentamento dos desafios energéticos e ambientais do Brasil.
Personalidade da Indústria
Nome: Sylvia Maria Couto dos Anjos
Com mais de quatro décadas de experiência na Petrobras, Sylvia Anjos não é apenas uma geóloga pioneira. Ela é uma força motriz por trás da inovação tecnológica no setor de óleo e gás. Sua trajetória, desde a primeira mulher a trabalhar embarcada até a liderança estratégica em P&D, demonstra um compromisso incansável com a excelência técnica e a modernização da indústria. Sua indicação a um prêmio de personalidade da indústria para inovação tecnológica é um reconhecimento merecido de uma carreira dedicada a romper barreiras e impulsionar o avanço científico no Brasil.
Liderança visionária em P&D para a transição energética
Em um cenário global de transição energética, Sylvia Anjos tem posicionado a Petrobras como parte da solução. Seu papel na diretoria de E&P e como consultora especial da presidência demonstra sua capacidade de equilibrar o imperativo de garantir a segurança energética do país com a necessidade de financiar a descarbonização. Sob sua liderança, os investimentos em P&D são direcionados não apenas para a exploração tradicional, mas também para o desenvolvimento de tecnologias que pavimentem o caminho para fontes de energia mais limpas. Sua visão estratégica reconhece que a exploração responsável de recursos fósseis é fundamental para gerar os recursos que financiarão o futuro energético do Brasil.Impulsionando a inovação na exploração de fronteiras desafiadoras
A retomada da exploração em novas fronteiras, como a Margem Equatorial, é um projeto que exemplifica a contribuição de Sylvia Anjos para a inovação tecnológica. Ciente dos desafios ambientais, ela promoveu um diálogo transparente com órgãos reguladores como o Ibama, utilizando a experiência e as tecnologias desenvolvidas pela Petrobras para assegurar uma exploração responsável e segura. A sua convicção de que a tecnologia de ponta é a chave para mitigar riscos e garantir a sustentabilidade da operação ressalta o seu papel como líder em inovação.Revolução digital no subsolo
O legado de Sylvia Anjos na área de P&D é inseparável da modernização tecnológica que ela promoveu na Petrobras. A busca constante por ferramentas mais avançadas para a exploração e produção de petróleo culminou na adoção de supercomputadores de alta capacidade, como o Harpia. Esses equipamentos, essenciais para a exploração do pré-sal e para a análise de dados sísmicos complexos, são o resultado de uma cultura de inovação que Anjos ajudou a cultivar. Seu apoio a tecnologias de ponta, como a inteligência artificial para otimizar processos exploratórios, demonstra seu compromisso com a transformação digital da indústria.Cultivo de talentos e o futuro da inovação
Além de suas contribuições diretas em projetos tecnológicos, Sylvia Anjos é reconhecida por seu papel como mentora e incentivadora de novos talentos. Sua história pessoal, como a primeira mulher a trabalhar em uma plataforma, serve de inspiração para as novas gerações de profissionais do setor. Ela sempre defendeu a importância da pesquisa e do desenvolvimento e incentivou a formação de uma base técnica sólida. Sua atuação na formação de quadros qualificados em geologia e em outras áreas técnicas é uma contribuição inestimável para o futuro da inovação no Brasil.Impacto na indústria e reconhecimento
O impacto de Sylvia Anjos vai além da Petrobras, influenciando o cenário de P&D em todo o setor. Sua participação em eventos e comitês de inovação, e suas inúmeras publicações nacionais e internacionais, reforçam sua posição como uma referência em sua área. O reconhecimento de seu trabalho pela comunidade científica e de negócios, incluindo o AAPG Distinguished Service Award, solidifica sua reputação como uma líder inovadora.Em suma, Sylvia Anjos é uma forte candidata a um prêmio de inovação tecnológica por sua notável trajetória, sua liderança estratégica em P&D, seu papel na adoção de tecnologias de ponta, seu compromisso com a exploração sustentável e seu legado na formação de futuras gerações de inovadores. Ela representa a fusão entre a experiência de campo e a visão futurista, qualidades essenciais para a liderança em um setor em constante evolução.
- Finalistas
Lista de Finalistas em ORDEM ALFABÉTICA do título, por categoria:
Finalistas da Categoria I: Projetos na área de "Exploração e Produção de Petróleo e Gás"
Título: Centro Tecnológico para o Pré-sal Brasileiro (CTPB) - Construção, Comissionamento e Disponibilização para Desenvolvimento de Tecnologias
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituição: UNIFEI
Resumo: A exploração e produção no pré-sal apresenta desafios como salinidade elevada, teor de CO2 e pressão de reservatório, exigindo o desenvolvimento e teste de novas tecnologias para garantir a eficiência operacional e segurança. O Centro Tecnológico para o Pré-sal Brasileiro (CTPB) foi criado para realizar testes em condições reais, validando equipamentos antes de sua aplicação. A infraestrutura do CTPB inclui uma planta experimental equipada com sistemas avançados e sustentáveis, permitindo simulações controladas do ambiente do pré-sal. Isso promove melhorias na confiabilidade dos sistemas, inovação tecnológica, redução de riscos e custos operacionais, além de formar profissionais qualificados, fortalecendo a competitividade e excelência da indústria de óleo e gás no Brasil.Título: Sistema para monitoramento de reservatórios usando nós de fundo oceânico sob demanda
Empresa Petrolífera: Shell, Petrobras
Empresa Brasileira: SONARDYNE BRASIL LTDA, SAIPEM DO BRASIL SERVIÇOS DE PETRÓLEO LTDA.
Instituição: Universidade SENAI CIMATEC
Resumo: A manutenção e o aumento da produção de óleo e gás durante a transição energética é crucial, especialmente nos campos do pré-sal, que enfrentam desafios devido à complexidade das rochas carbonáticas e a necessidade de gerenciar fluidos injetados. A sísmica 4D, que mapeia o deslocamento de fluidos no reservatório, foi testada com sucesso em Tupi em 2019, onde foi utilizada de sísmica de solo marinho com detectores (nós ou nodes) tipo OBN (Ocean Bottom Node). Porém, os sinais deste sistema 4D são pequenos, exigindo um nível muito baixo de ruído 4D. Como solução, foi desenvolvido um sistema de nodes de fundo oceânico sob demanda (OD OBN), que oferece a capacidade de registrar dados sísmicos autonomamente por cinco anos, reduzindo custos operacionais em até R$250 milhões em cinco anos e podendo aumentar a produção em 0,4%. O projeto, em andamento pela Shell Brasil e Petrobras, já passou por diversas fases de desenvolvimento e testes e está previsto para culminar na instalação de 600 nós no campo de Mero até 2025, com a comercialização do sistema a partir de 2026, potencializando a eficiência na exploração do pré-sal.Título: Sistema Totalmente Elétrico de Completação Inteligente em Poço Aberto
Empresa Petrolífera: Shell, Petrobras
Empresa Brasileira: HALLIBURTON PRODUTOS LTDA; HALLIBURTON SERVIÇOS LTDA.
Resumo: O projeto visa substituir os sistemas de completação eletro-hidráulicos utilizados em poços de petróleo em ambientes desafiadores como o pré-sal brasileiro por uma solução totalmente elétrica, aumentando a confiabilidade e reduzindo custos operacionais. A iniciativa é motivada pelos desafios enfrentados em poços de alta complexidade, onde os equipamentos atuais falham frequentemente, gerando altos custos de manutenção e perda de produção. O projeto busca melhorar a flexibilidade operacional por meio de novas válvulas de controle e incrementar a produtividade em 1,5%, além de reduzir emissões de carbono ao diminuir a quantidade de equipamentos utilizados. O aumento da confiabilidade dos sistemas também é um objetivo central, com expectativas de se chegar a 90% de confiabilidade ao longo da vida útil dos poços. Desenvolvido em parceria entre Shell, Petrobras e Halliburton, espera-se que essa tecnologia seja implementada em poços do pré-sal a partir do primeiro trimestre de 2026.
Finalistas da Categoria II - Projetos na área de "Transporte, Dutos, Refino e Abastecimento"
Título: Desenvolvimento Nacional de Aditivo de Desparafinação Inovador para a Produção Industrial de Óleos Básicos Lubrificante
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituição: UFRJ
Resumo: O estudo descreve o desenvolvimento de um aditivo nacional inovador para o processo de desparafinação de óleos básicos lubrificantes, visando melhorar a separação entre óleo e parafina microcristalina. Utilizando modelagem molecular e testes em planta piloto, foi formulado um produto que aumentou a taxa de filtração em 80% em relação ao teste em branco, o rendimento de óleo em 20% e reduziu o teor de óleo na parafina também em 20%. A tecnologia, patenteada e validada industrialmente na REDUC, promove ganhos operacionais e fomenta a indústria nacional ao substituir produtos importados por soluções específicas e de baixo custo para o mercado brasileiro.Título: Robô para inspeção de tubos de catalisador (CTAs) presentes nos fornos de reforma a vapor
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituição: UFRJ
Resumo: O projeto desenvolveu de um Robô de Inspeção, concebido para prever a vida útil dos tubos nos fornos de reforma a vapor utilizados na produção de hidrogênio. O robô utiliza sensores de distância a laser para medir o diâmetro externo dos tubos e uma sonda híbrida para identificar os estados de envelhecimento dos tubos de aço inoxidável. Este sistema combina inteligência artificial para classificar os estados de envelhecimento em diferentes categorias, permitindo uma inspeção não destrutiva e em tempo real durante as manutenções. A eficácia da parceria já é evidenciada pelos 696 tubos inspecionados em quatro fornos, contribuindo para decisões operacionais e maior precisão em futuras medições.Título: Sistema de avaliação da integridade dos revestimentos poliméricos internos de dutos "topside" de FPSO através de técnicas não destrutivas – SAIREP
Empresa Petrolífera: Petrogal
Empresa Brasileira: ISQ BRASIL INSTITUTO DE SOLDADURA E QUALIDADE LTDA.
Instituição: UFRJ
Resumo: O setor de óleo e gás enfrenta desafios na preservação da integridade das tubulações, especialmente devido à corrosão em ambientes agressivos, que pode levar a falhas severas e prejuízos financeiros. Para combater isso, são usados revestimentos poliméricos, como PEAD (Polietileno de Alta Densidade) e FBE (Fusion Bonded Epoxy), que protegem o aço carbono contra a corrosão interna. No entanto, falhas nesses revestimentos podem comprometer a produtividade das plataformas FPSO. A proposta apresentada visa o desenvolvimento de uma tecnologia para monitoramento contínuo desses revestimentos, focando na detecção de descolamento no PEAD e na perda de espessura no FBE. Essa abordagem, que incorpora técnicas acústicas e ultrassônicas, permitirá identificar problemas precocemente, melhorando o planejamento da manutenção e reduzindo riscos operacionais.
Finalistas da Categoria III - Projetos na área de "Transição Energética, Energias Renováveis"
Título: BRAVE – Programa Brasileiro para o Desenvolvimento do Agave (Brazilian Agave Development)
Empresa Petrolífera: Shell
Instituições: UNICAMP, Universidade SENAI CIMATEC
Resumo: O Programa BRAVE, criado pela Shell em 2022, visa desenvolver uma cadeia industrial baseada no agave, uma planta de regiões semi-áridas, que requer 80% menos de água em comparação à cana de açúcar, e que pode ter uma pegada de carbono menor, com produtividade semelhante ou até superior à da cana, para a produção de biocombustíveis. Até agora, o programa alcançou importantes resultados, como a criação de um protocolo para produção de mudas por micropropagação e a primeira variedade transgênica de agave, além de concluir projetos conceituais para colheita e produção de etanol 1G. Os próximos passos incluem o uso de estimulantes biológicos para promover o crescimento, aprimoramento genético, validação do implemento de colheita e processos de produção de etanol 1G e 2G em escala piloto, visando aumentar a produção.Título: Captura Intensiva de CO₂ para Produção de Biocombustíveis Avançados a partir da Conversão de Microalgas por Diferentes Rotas Termoquímicas
Empresa Petrolífera: Petrogal
Instituições: UFRN; UFRJ
Resumo: O projeto busca desenvolver um processo inovador para cultivo de microalgas, que captura CO₂ pós-combustão e utiliza água produzida da indústria do petróleo como meio de cultivo. As microalgas serão convertidas em biomassa, que posteriormente será transformada em gás de síntese e biocombustíveis avançados através de rotas termoquímicas, incluindo gaseificação por recirculação química utilizando biomassa, pirólise catalítica e liquefação hidrotérmica catalítica. A pesquisa avalia a resistência de diferentes cepas de microalgas a condições adversas, visando a adaptação das espécies e a aplicação de um modelo de biorrefinaria sustentável. O projeto também explora o uso de minérios brasileiros como transportadores de oxigênio, para realizar reações redox cíclicas, promovendo a gaseificação da biomassa com alta eficiência energética e emissões reduzidas, e resíduos industriais como catalisadores e precursores Si e Al de baixo custo como catalisadores, e aborda a produção de combustíveis sustentáveis, com foco na melhoria da qualidade dos biocombustíveis gerados.Título: Redução de Consumo de Diesel e Gases de Efeito Estufa com Hidrogênio em Motores Marítimos
Empresa Petrolífera: Shell
Empresas Brasileiras: OCYAN S.A.; PROTIUM DYNAMICS LTDA; LZ ENERGIA LTDA.
Resumo: O projeto H2R visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na indústria offshore, especialmente nos motores a diesel usados em sondas de perfuração e embarcações, através da microdosagem de hidrogênio como aditivo gasoso para otimizar a combustão. A tecnologia, já testada em ambientes relevantes, utiliza eletrólise para produzir hidrogênio sob demanda, evitando os riscos de armazenamento. Testes demonstraram uma redução potencial de até 10% no consumo de diesel e 12% nas emissões de GEE, com promissora eficiência em operações. O H2R não requer alterações estruturais nos motores existentes e busca acelerar a descarbonização da frota offshore, destacando-se também em reconhecimentos na área de inovação sustentável no setor.Finalistas da Categoria IV - Projetos na área de "Meio Ambiente e Redução de Impactos Ambientais"
Título: Aplicações da nanobiotecnologia para recuperar áreas degradadas na Amazônia: Uma experiência florestal de pesquisa, ensino e extensão (P&D) Nanobiotecnologia (Nanorads)
Empresa Petrolífera: Shell
Instituição: INPA
Resumo: O projeto é uma iniciativa concebida para contribuir com a recuperação de áreas degradadas na Amazônia, visando promover a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Ele se fundamenta em três pilares: diferentes sistemas de plantio, o uso da nanomolécula arbolina, que aumenta a tolerância das árvores a condições adversas, e sistemas de monitoramento IoT, que mensuram o sequestro de carbono. Os resultados mostram um aumento significativo na biomassa e na altura das árvores, além de capacitar estudantes em biotecnologia florestal. Ao combinar ciência, inovação e sustentabilidade, o Nanorads propõe um modelo que pode ser replicado para a restauração de áreas degradadas na região.Título: Projeto DAC.SI – Implementação de Infraestrutura Nacional e Centro de Competência em PD&I para Testes e Validação de Tecnologias de Captura Direta de CO₂ do Ar (DAC)
Empresa Petrolífera: Repsol Sinopec Brasil
Instituição: PUC-RS
Resumo: O Projeto visou desenvolver uma infraestrutura nacional no Brasil para Captura Direta de CO₂ do Ar (DAC), alinhando-se aos compromissos do Acordo de Paris e atendendo a diversas partes interessadas, como a comunidade técnico-científica e setores de energia. O projeto avançou em duas frentes: a primeira inclui a criação de uma planta experimental de DAC integrada a uma usina solar, e a segunda foca em pesquisa e desenvolvimento para otimização de processos, avaliação de adsorventes e integração energética. O projeto já implementou três unidades DAC de diferentes escalas, sendo o DAC 300TA o maior da América Latina. Os impactos incluem a formação de um ecossistema nacional de inovação para tecnologias DAC, a criação de um laboratório acreditado para validação de processos, a geração de dados sobre a viabilidade da tecnologia no Brasil e a capacitação de recursos humanos especializados, contribuindo assim para um setor energético mais sustentável e inovador.Título: Tecnologia de geração de calor para neutralização de Coral Sol em ambiente offshore
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituições: SENAI-RJ, UNICAMP, IEAPM
Resumo: O coral-sol (Tubastraea) é uma espécie invasora que ameaça o ecossistema marinho brasileiro e impacta a indústria de P&G offshore. Para neutralizar essa espécie, a Petrobras desenvolveu duas frentes de pesquisa: uma utilizando aquecimento subaquático com maçaricos para destruir pólipos, e outra com um gel biocida de baixo impacto ambiental, formulado com materiais biodegradáveis. A primeira tecnologia, testada em várias plataformas, demonstrou eficácia na cobertura térmica dos pólipos, enquanto o gel também se mostrou eficiente na eliminação das colônias, e já teve sua patente depositada em nome da Petrobras e da UNICAMP.
Finalistas da Categoria V - Projetos na área de "Indústria 4.0 / Transformação Digital / Inteligência Artificial"
Título: Ativo360 – Plataforma digital para gestão visual da integridade de ativos de produção
Empresa Petrolífera: Petrobras
Empresas brasileiras: VIDYA CORROSAO ENGENHARIA LTDA, EVCOM EDITORA E COMERCIO LTDA.
Instituições: PUC-Rio, UFF, CERTI
Resumo: A integridade e confiabilidade dos ativos de produção são essenciais para a eficiência e segurança no setor de P&G, mas as análises e o planejamento de manutenção exigem esforços intensivos e podem ser ineficientes devido à dispersão de informações. Com a crescente complexidade das unidades e o aumento contínuo da necessidade de manutenção, é necessário inovar nas práticas de inspeção e planejamento. O Ativo360 é uma plataforma digital que atua como um gêmeo digital, integrando representação espacial dos ativos e análise por inteligência artificial para automatizar a detecção de anomalias e otimizar a manutenção. Inicialmente desenvolvido para plataformas offshore, o Ativo360 agora é utilizado em mais de 120 unidades, abrangendo várias etapas do ciclo de vida dos ativos, e promove uma gestão mais eficiente, sustentável e colaborativa no setor. Com um acervo digital de mais de um milhão de imagens e modelos, a plataforma oferece uma base valiosa para análises e decisões estratégicas.Título: Cortex - IA Generativa aplicada à Perfuração, Completação e Abandono de Poços
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituições: UNESP, PUC-Rio
Resumo: O projeto Cortex é uma inovação baseada em Inteligência Artificial Generativa, capaz de analisar milhões de documentos e responder consultas em segundos, otimizando o acesso à informação no setor de Petróleo, Gás e Energia. Desenvolvido pela Petrobras em colaboração com as universidades PUC-Rio e UNESP e as empresas Infotec e Atos, o sistema contou com mais de 30 especialistas para o seu desenvolvimeto, e apresenta uma acurácia de 77% em consultas complexas, com total rastreabilidade das informações. Operacional em seis frentes (SMS, Operações e Projetos, PD&I, Conformidade, Gestão do Conhecimento, e Planejamento), o Cortex potencializa a atuação dos profissionais, melhorando a segurança e a eficiência das operações. O projeto foi reconhecido com o Prêmio Orgulho Petrobras em fevereiro de 2025, destacando sua relevância e eficácia na transformação de processos.Título: Viper - Ferramenta robótica telescópica para inspeção em áreas de difícil acesso
Empresa Petrolífera: Shell
Instituição: Universidade SENAI CIMATEC
Resumo: Conforme informado pela empresa petrolífera, inspeções em altura no setor de P&G são atividades de alto risco, o que demanda soluções mais seguras, especialmente em ambientes offshore, onde a limitação de espaço e a corrosão aumentam os perigos. O sistema Viper foi criado como uma alternativa de baixo custo, permitindo inspeções visuais em alta resolução de até 6 metros de altura, sem a necessidade de acesso físico a áreas elevadas. Com uma estrutura leve, fabricada por impressão 3D, o Viper é fácil de replicar e requer apenas 4 horas de treinamento. Testado com sucesso em 2025, demonstrou um aumento de 90% na produtividade, 55 itens inspecionados em três dias (o que normalmente demandaria 24 dias), e US$ 1,2 milhão em ganhos de produção, com a redução de paradas não programadas, além de melhorar a segurança ao eliminar o risco de quedas. O Viper está em processo de licenciamento e possui planos de evolução tecnológica, como medição de espessura de paredes metálicas e expansão para outros setores, estabelecendo um novo padrão para inspeções em altura que são mais seguras e eficientes.
Finalistas da Categoria VI - Projetos na área de "Adoção Tecnológica"
Título: Digital Twin de Dutos Flexíveis Submarinos
Empresa Petrolífera: Petrobras
Instituições: UFRJ, CESAR
Resumo: O Digital Twin de Dutos Flexíveis Submarinos foi desenvolvido para gerenciar a integridade do extenso parque de dutos submarinos do Brasil, que é crucial para a produção de petróleo no país. Devido às exigências do ambiente submarino, a avaliação da integridade desses dutos historicamente apresenta desafios significativos, utilizando métodos manuais e conservadores que resultavam em substituições prematuras e custos elevados. Para resolver isso, foi criado o FLEXBOARD, uma plataforma que integra dados operacionais em tempo real e utiliza métodos de engenharia avançados para avaliar continuamente a vida útil dos dutos, emitindo alertas críticos. A adoção dessa solução, que inclui módulos focados em Fadiga e Corrosão Sob Tensão induzida por CO₂, resultou em extensões significativas na vida útil dos dutos, com impactos financeiros substanciais, além de contribuir para a redução das emissões de CO₂ ao evitar a fabricação e troca de componentes.Título: MiniROV para substituição de mergulho e ROV Workclass: redução de homem-hora exposto, emissões de CO₂ e custos operacionais com ganho de eficiência
Empresa Petrolífera: Petrobras
Empresa Brasileira: BRS ROBÓTICA SUBMARINA LTDA.
Resumo: O projeto aborda a implementação de MiniROVs, drones subaquáticos desenvolvidos pela BRS Robótica Submarina, para inspeções em estruturas offshore da Petrobras, substituindo métodos tradicionais com mergulhadores e ROVs Workclass. Essa mudança foi impulsionada por limitações operacionais das abordagens convencionais, que demandam muitas pessoas e equipamentos pesados. Os MiniROVs, que operam com apenas dois ou três técnicos e são leves e portáteis, conseguem trabalhar em profundidades de até 300 metros e são equipados com diversas ferramentas avançadas. O equipamento foi validado em aplicações bem-sucedidas, com significativas reduções de custos e riscos, além de benefícios ambientais, como economia de combustível e diminuição de emissões de CO₂. A tecnologia está em expansão para novos contratos e melhorias, consolidando-se como um ativo estratégico no setor de óleo e gás.Título: Simplificando o descomissionamento de Poços utilizando a Ferramenta de Avaliação de Cimentação Através da Coluna de Produção
Empresa Petrolífera: Shell, Petrobras
Empresas brasileiras: HALLIBURTON SERVIÇOS LTDA., HALLIBURTON PRODUTOS LTDA.
Resumo: O Brasil enfrenta o desafio do abandono de poços do Pós-Sal, muitos dos quais estão próximos do fim de sua vida útil e economicamente inviáveis, sendo que atualmente encontram-se temporariamente abandonados no Brasil cerca de 3 mil poços atualmente, dentre os quais estima-se que 600 poços sejam submarinos. Para otimizar esse processo e reduzir custos, foi desenvolvido em parceria com a Petrobras e a Halliburton uma ferramenta chamada TTCE, que permite avaliar a cimentação no anular B sem a remoção da coluna de produção. Isso minimiza riscos e custos operacionais. A primeira fase do projeto resultou na criação de uma "Discovery Tool", enquanto a segunda fase, que será finalizada em 2025, buscará aprimorar a tecnologia para águas ultra-profundas. A ferramenta já foi aplicada com sucesso em oito poços em diferentes países, garantindo uma redução de 25% a 30% no tempo de operação e gerando economias significativas, além de atrair interesse internacional e posicionar o Brasil como pioneiro nessa tecnologia.Finalistas da Categoria PRH
Categoria I "TCC de Graduação"
Título: Aplicação de visão computacional na gestão de riscos da indústria de óleo e gás
PRH: 38
Instituição: UFPE
Autor: Gustavo Camargo Rocha Lima
Resumo: O presente TCC propôs o desenvolvimento de um sistema de monitoramento inteligente baseado em visão computacional (VC), com foco na prevenção de riscos operacionais relacionados ao uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), bem como no rastreamento de pessoas e veículos em ambientes industriais.
Os resultados obtidos demonstraram elevado desempenho dos modelos, com destaque para a acurácia superior a 94% na detecção de capacetes e mais de 70% de mAP (mean Average Precision) nas demais classes de EPIs.
Como contribuição prática, o sistema desenvolvido permite uma atuação mais eficaz e proativa das equipes de segurança, reduzindo a dependência do monitoramento humano e ampliando a capacidade de resposta diante de situações de risco. A solução é compatível com sistemas convencionais de videomonitoramento e pode ser incorporada às rotinas operacionais sem necessidade de grandes mudanças estruturais, o que a torna economicamente mais atrativa.Título: Avaliação do extrato foliar da moringa oleífera LAM como inibidor de incrustação de carbonato de cálcio
PRH: 55
Instituição: UFERSA
Autora: Leticia Costa da Silva
Resumo: Este trabalho teve como objetivo desenvolver e avaliar um inibidor de incrustação ecologicamente sustentável, obtido a partir do extrato foliar da planta Moringa Oleífera LAM, amplamente disponível em regiões semiáridas brasileiras e reconhecida por suas propriedades bioquímicas e múltiplas aplicações industriais. O estudo propôs utilizar compostos naturais presentes nas folhas da Moringa, ricos em grupos funcionais como hidroxilas e fenóis, capazes de interagir com íons metálicos e interferir no processo de nucleação e crescimento cristalino do CaCO₃, proporcionando uma alternativa inovadora aos inibidores convencionais. Os resultados obtidos evidenciaram que o extrato vegetal da Moringa Oleífera apresenta alta compatibilidade com salmouras autoprecipitantes, mantendo a solução límpida em concentrações acima de 160 ppm.
A partir dos resultados, conclui-se que o extrato foliar da Moringa Oleífera LAM é uma solução inovadora e promissora para mitigação de incrustações na indústria petrolífera, atendendo aos requisitos de eficiência, sustentabilidade e conformidade ambiental. Sua obtenção utiliza processos simples e economicamente acessíveis, com potencial de escalabilidade para aplicações industriais. Além de reduzir custos relacionados ao tratamento químico e à manutenção de equipamentos, a tecnologia proposta contribui para minimizar impactos ambientais, alinhando-se às práticas ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).Título: Estudo da acidificação de rochas carbonáticas utilizando ácidos orgânicos, inorgânicos e blends ácidos
PRH: 26
Instituição: UFRN
Autor: Normann Paulo Dantas da Silva
Resumo: A eficiência da produção de petróleo em reservatórios carbonáticos frequentemente é comprometida pela ocorrência de danos à formação durante as fases de perfuração, completação e produção/injeção. Diante desse cenário, o presente trabalho propõe uma abordagem inovadora para otimizar o processo de acidificação em rochas carbonáticas por meio da formulação de blends ácidos, combinando ácido clorídrico, ácido acético e ácido fórmico em proporções variáveis. O objetivo principal é atingir um equilíbrio entre a taxa de dissolução e o controle espacial da reação, de forma a maximizar a penetração do ácido e promover canais mais estáveis, ramificados e bem distribuídos ao longo da matriz rochosa. A abordagem adotada nesta pesquisa permite maior controle do perfil de dissolução, viabilizando operações com maior previsibilidade, segurança e eficiência na geração de wormholes, além de minimizar riscos ambientais associados à reatividade excessiva de ácidos minerais concentrados. A proposta de blends ácidos representa uma inovação aplicável tanto a campos maduros quanto a novos projetos exploratórios, alinhando-se às diretrizes de inovação tecnológica, eficiência operacional e responsabilidade ambiental preconizadas pela ANP e pela indústria nacional de óleo e gás.Categoria II "Dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado"
Título: O uso de parques eólicos offshore para descarbonização das operações de exploração e produção de petróleo e gás natural: Avaliação de áreas potenciais no Sudeste do Brasil
PRH: 33
Instituição: USP
Autor: Lucas Ramos Deliberali Barbosa
Resumo: A maior parte das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na fase upstream, provém da geração de energia necessária para suprir as instalações offshore, incluindo sistemas de segurança, eletricidade e calor. Nesse sentido, a eletrificação de instalações de O&G a partir do uso de fontes renováveis de energia, como a eólica offshore, desempenham um papel vital para redução de emissões de GEE. Desta forma, esta dissertação de mestrado tem o propósito de realizar uma revisão da literatura para avaliar e compreender o estado da arte dos parques eólicos offshore e seu uso para descarbonização da fase de exploração e produção de petróleo e gás natural abordando seus aspectos técnicos, econômicos e jurídicos, de maneira a evidenciar os desafios no contexto internacional, mas, sobretudo, nacional. Adicionalmente, este trabalho se propõe a avaliar áreas potenciais para implementação de projetos híbridos para suprimento de energia elétrica das plataformas de O&G, atualmente em operação nas bacias do Sudeste do Brasil, utilizando turbinas eólicas offshore.Título: Produção de Combustíveis Avançados via Descarboxilação Redutiva Catalisada por Cobalto
PRH: 37
Instituição: UFRN
Autor: Elon Fernandes Silva
Resumo: O consumo intensivo de combustíveis fósseis provoca um grave problema ambiental: a emissão excessiva de CO₂. O presente trabalho tem como finalidade expandir o protocolo reacional, visando o desenvolvimento de uma nova metodologia que permita a produção de hidrocarbonetos renováveis na faixa do bioquerosene de aviação (BioQAV) e diesel verde. Em síntese, foi desenvolvido um protocolo inovador e complementar, com base na descarboxilação redutiva, que emprega um catalisador de Co comercialmente disponível e uma fonte alternativa de hidrogênio de baixo custo para converter ésteres redox‑ativos de ácidos graxos em hidrocarbonetos lineares. A robustez da metodologia foi comprovada por meio da conversão de uma mistura complexa de ácidos graxos bioderivados do óleo de babaçu. Além disso, o protocolo opera sob condições brandas, em baixas temperaturas e pressão ambiente, sem demanda pela preparação de catalisadores com propriedades específicas, uso de equipamentos de alta robustez ou emprego maciço de hidrogênio gasoso. No mais, os produtos-alvo também são obtidos de modo operacionalmente simples, contornando, assim, as adversidades atreladas aos procedimentos convencionais de desoxigenação. Até onde se estende nossas investigações, não há na literatura nenhum protocolo voltado à produção de combustíveis avançados, tampouco método descarboxilativo, empregando as condições aqui descritas.Título: Proposta de Técnica para Determinação do Conteúdo Renovável no Diesel Comercial S10 Utilizando Inteligência Artificial Baseada em Aprendizado Semi-Supervisionado
PRH: 27
Instituição: Universidade SENAI CIMATEC
Autor: Fabio de Sousa Santos
Resumo: Nos últimos anos, existe uma crescente demanda para o aumento de conteúdo renovável em combustíveis fósseis. Neste contexto, técnicas analíticas que visem a determinação do conteúdo de renováveis no Diesel S10 são de suma importância para o controle da qualidade do combustível a ser comercializado. Dessa forma, o objetivo geral desse trabalho foi propor uma técnica para a determinação do percentual de HVO presente no Diesel S10, associada a um sistema de inteligência artificial baseado em aprendizado de máquina. O algoritmo desenvolvido utilizando a cromatografia unidimensional com o método Head Space foi capaz de prever com maior precisão o teor de HVO no diesel S10. Além de ser uma técnica mais simples que a cromatografia bidimensional, é mais rápida e com custo-benefício melhor que as técnicas atuais como a datação de carbono.Categoria III "Artigos Científicos"
Título: Efficient CO₂ capture using aminated surfactant in oily and saline formulations
PRH: 26
Instituição: UFRN
Autor: Paulo Henrique Alves de Azevêdo
Resumo: O acelerado aumento da concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO₂), impulsionado principalmente pelo uso intensivo de combustíveis fósseis, tem intensificado os efeitos das mudanças climáticas e reforçado a necessidade urgente de tecnologias eficazes para mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
Nesse contexto, o presente trabalho se insere no escopo das tecnologias de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS), com foco específico na etapa de captura pós-combustão, considerada uma das mais consolidadas e aplicadas em escala industrial. Do ponto de vista ambiental e industrial, os achados reforçam o potencial do aproveitamento de efluentes salinos e oleosos, como a água produzida e águas residuárias, em formulações funcionais para captura e mineralização de carbono, representando uma alternativa sustentável e economicamente viável para setores com alta geração de resíduos e emissões de carbono. A relevância desta pesquisa reside na proposição de uma rota inovadora e adaptável de mitigação das emissões de CO₂, baseada em insumos de baixo custo e resíduos industriais, com aplicação direta em ambientes complexos da indústria de petróleo, gás e energia.Título: Ethanol removal by vacuum-assisted gas stripping: Influence of operating conditions
PRH: 39
Instituição: UFSCar
Autora: Letícia Pereira Almeida
Resumo: A fermentação alcoólica é um processo amplamente consolidado nas destilarias brasileiras, nas quais os açúcares redutores totais são convertidos em etanol pela levedura Saccharomyces cerevisiae. No entanto, o acúmulo de etanol no meio fermentativo exerce efeito inibitório sobre o crescimento celular da levedura e sua atividade metabólica, o que resulta em baixos teores finais de etanol (~10 °GL ou 10 % v/v) ao final do processo fermentativo. Como consequência, há um aumento significativo nos custos operacionais associados ao grande volume de dornas necessário, ao elevado consumo energético na etapa de destilação e à geração de grandes volumes de vinhaça. Dessa forma, o presente trabalho investigou a remoção de etanol por arraste gasoso associado ao vácuo, com o objetivo de intensificar o processo fermentativo por meio da separação contínua do produto.
Os resultados obtidos demonstram o potencial da técnica para aumentar a produtividade do processo, reduzir a geração de vinhaça e minimizar os custos associados à recuperação do etanol na destilação, contribuindo para a sustentabilidade e competitividade do setor sucroenergético.Título: Process Simulation and Technology Prospection to the Hydrotreating of Vegetable Oils and Animal Fats
PRH: 52
Instituição: UFSM
Autor: Jeferson Seibel
Resumo: Este artigo apresenta uma prospecção tecnológica abrangente para a simulação subsequente do processo de hidrotratamento de materiais graxos. Primeiramente, foram selecionadas patentes dos principais processos de síntese de hidrocarbonetos renováveis por meio de reações de desoxigenação. Com base na disponibilidade de dados, foi selecionada a tecnologia da empresa Universal Oil Products. Utilizando o software UniSim Design R491, foi simulado o impacto da composição da matéria-prima na distribuição e nas propriedades dos hidrocarbonetos, bem como no consumo de hidrogênio, abrangendo materiais graxos geralmente considerados na produção de biocombustíveis (óleo de soja e sebo animal). Os dados indicaram que 75% em peso de óleo de soja e 25% em peso de sebo animal proporcionam maior seletividade para a produção de querosene com menor consumo de hidrogênio. O modelo de reação selecionado para o reator de craqueamento e isomerização impactou este resultado, dadas as diferenças de conversão e seletividade entre alcanos de diferentes tamanhos de cadeia. Contextualmente, foram obtidos querosene e diesel sob especificação. Considerando uma alimentação de 1.000 kg h−1 de mistura graxa, foram obtidos 274,45 kg h−1 de diesel e 395,30 kg h−1 de querosene. O consumo de hidrogênio também foi estimado: 50,36 kg h−1 para a simulação com óleo de soja puro e 50,04 kg h−1 para a mistura de sebo animal. Para ambas as situações, o processo não produziu propano suficiente para sustentar a demanda de hidrogênio e tornar a instalação independente do fornecimento externo.
CRONOGRAMAEm sua Edição 2025, o Prêmio ANP seguirá o seguinte cronograma:
- Prazo para inscrições: 26/06/2025 a 25/07/2025
- Comunicação aos finalistas: novembro de 2025
- Cerimônia do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025: 05/12/2025
Em caso de necessidade de alteração do cronograma, a ANP divulgará as novas datas nesta página.
DÚVIDAS
Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo e-mail premioanp@anp.gov.br.
EDIÇÕES ANTERIORES
Clique aqui para acessar a página das edições realizadas nos anos anteriores.