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Semana da Amazônia
Incra defende justiça climática e fundiária no maior bioma da Terra
Presidente do Incra, César Aldrighi, participou da abertura da Semana da Amazônia, em Manaus (AM), nessa terça-feira (2).
A importância de fazer caminhar, juntas, a promoção da justiça climática e da justiça fundiária foi um dos destaques da abertura da “Semana da Amazônia: Desenvolvimento Rural Sustentável e Transformação dos Sistemas Agroalimentares”. O evento, aberto oficialmente nessa terça-feira (2/9), na capital manauara, é promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em parceria com governo brasileiro. Participam representantes de países da América Latina e do Caribe, de organismos internacionais, do meio acadêmico, de organizações indígenas e campesinas, e da sociedade civil.
Até a quinta-feira (4/9), as discussões são voltadas a consolidar uma agenda comum de cooperação Sul-Sul para a Amazônia, com foco na agricultura familiar, na segurança alimentar e nutricional, na bioeconomia e na governança da terra. A atividade reforça os compromissos assumidos na Declaração de Belém - assinada em 2023 por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela -, e prepara o caminho para a COP30, a ser realizada na capital paraense, em novembro deste ano.
“Celebramos o informe da FAO que demonstra que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome. Para o Incra, a cooperação Sul-Sul é fundamental para o desenvolvimento do Brasil e da região, melhorando políticas públicas e a qualidade de vida da população”, disse o presidente da autarquia, César Aldrighi, ao discursar na mesa de abertura.
A composição também contou com a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiavelli; a diretora de Capacidades e Geração de Renda do Ministério da Agricultura da Colômbia, na presidência pro tempore da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Silvia Becerra; o diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, Ruy Pereira; Jorge Meza, representando a FAO no Brasil, e Jessica Noemi Benavides Salazar, representante da Aliança pela Soberania Alimentar dos Povos da América Latina e do Caribe.
No painel "Acesso à terra e governança como chave para a sustentabilidade", o presidente do Incra também reiterou que não há como dissociar o combate à pobreza e às mudanças climáticas de assuntos ligados a questões fundiárias. “Não é possível falar de redução de desigualdades, redução de pobreza, nem construção de resiliência, de enfrentar desafios das mudanças climáticas sem falar do acesso à terra.”
Ao participar do painel "Diálogos sobre Governança Responsável da Terra na Amazônia", a diretora de Programas e Projetos Especiais do Incra, Débora Mabel Guimarães, ressaltou o fato de 59% da comida no mundo ser produzida em áreas de até 20 hectares. “É a prova que a agricultura de pequena escala é altamente produtiva”, disse Débora.
“A Amazônia é de todos e, por isso, todos nós temos que contribuir para a governança sustentável deste importante território regional e global”, corroborou a oficial de Terras da FAO, Amparo Cerrato.
Visita
Como parte do evento, o Incra vai promover, nesta quarta-feira (3/9), uma visita ao Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Ilha do Baixio, em Iranduba (AM). Integrantes de delegações estrangeiras terão a oportunidade de conhecer a área, de mais de 923 hectares, onde vivem 231 famílias que fazem uso sustentável dos recursos naturais.
Criado pelo Incra em dezembro de 2007, o projeto ambientalmente diferenciado tem como destaque o cultivo de hortaliças, o que o tornou conhecido como “Terra das Hortaliças”. As mulheres do assentamento se dedicam, também, ao artesanato e à produção de doces e pães.
Com informações da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
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