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Assentamento Olga Benário (SP) receberá Centro de Educação Ambiental
Em assembleia realizada em 28 de junho (sábado), no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Olga Benário, em Tremembé (SP), a superintendente regional do Incra em São Paulo, Sabrina Diniz, anunciou a criação de um Centro de Educação Ambiental no lote 17, onde ocorreram as mortes de Valdir do Nascimento e Gleison Barbosa, em janeiro deste ano, em um ataque armado ao assentamento.
Ela destacou o simbolismo da obra, anunciou R$ 300 mil em linhas de crédito aos assentados e entregou Contratos de Concessão de Uso (CCU) a famílias que moram e produzem na área.
A ideia de uso comum do espaço foi resultado de um abaixo-assinado dos assentados, como memória à luta pela reforma agrária. O local será utilizado por toda a comunidade, incluindo crianças das escolas da região. “Tudo que a gente fizer como reparação do ocorrido será insuficiente, porém é importante para a memória”, disse a gestora.
O projeto está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a coordenação do pesquisador Éverton Rangel. Também há a cooperação da Universidade de Taubaté (Unitau), para o oferecimento de cursos e oficinas de educação ambiental e agroecologia, em especial para crianças e adolescentes.
Presente à assembleia, o representante da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Marcelo Buzetto, parabenizou o Incra pela iniciativa. Ele lembrou a importância da regularização das famílias e ressaltou a coragem de todos os assentados do Olga Benário. “O MST é totalmente contra a venda de lotes porque descaracteriza a reforma agrária, já que a terra, no nosso entendimento, não pode ser comercializada, pois ela é um bem do povo e tem que cumprir sua função social”, afirmou.
Investimento
Sabrina Diniz falou sobre a liberação do Crédito Instalação para as famílias do assentamento. “Temos investimento em 25 projetos, todos de R$ 8 mil, com exceção da modalidade Fomento, que é de R$ 16 mil, destinados para quem ainda não acessou essas linhas de crédito ou para as novas famílias que foram regularizadas no mutirão de 2024, para investirem na produção dos seus lotes”, anunciou.
“Também temos nove projetos de Recuperação Ambiental, porque não podemos discutir reforma agrária e produção de alimentos sem discutir a questão do meio ambiente, e o Fomento Jovem, que é um crédito novo para jovens que fazem parte da composição familiar”, complementou a superintendente.
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Assessoria de Comunicação Social do Incra em São Paulo
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