Oliveiras carregadas prometem boa produção de azeite em Santa Catarina

Árvores milenares originárias dos arredores do mar Mediterrâneo e inspiração para símbolos bíblicos e mitológicos, as oliveiras dão frutos também em Santa Catarina, mais especificamente no assentamento 1º de maio, implantado pelo Incra em Curitibanos, no Meio Oeste catarinense.

Neste início de 2021, o verde oliva das azeitonas tem dado o tom na unidade experimental implantada no lote de Adriana Francisco e Antônio Girotto. Com apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e da Prefeitura de Curitibanos este será o segundo ano em que produzem azeite, que rendeu 30 litros na primeira vez. “A partir da segunda quinzena de fevereiro vamos fazer a colheita, mas como ainda é experimental, venderemos um pouco e utilizaremos mais para o consumo próprio”, explica Adriana.

A agricultora, que também é engenheira agrônoma, explica que a extração do óleo das azeitonas é feita pelo “processo lento a frio”, em que “moemos a massa das azeitonas, depois colocamos para decantar e então é feita a filtragem para depois envazar”, relata. Com o produto final, é feito um teste de acidez que, de acordo com uma tabela, estabelece a classificação como virgem ou extravirgem. São necessárias entre mil a duas mil azeitonas para obter apenas 250 ml de azeite. Mas, de olho nas oliveiras, Adriana garante: “esse ano vai ser bom, vai dar certo”.

Enquanto as azeitonas ainda esperam a maturação ideal para sair das árvores, a agricultora já tem em mãos cestas de uvas produzidas sem agrotóxicos no lote: diversificação característica da agricultura familiar. Assim, o suco e o vinho estão garantidos nas refeições desse ano para, ao lado do azeite, manter a saúde da família nos moldes da cultuada dieta mediterrânea - que faz sucesso tanto na terra dos ancestrais dos Girotto quanto aqui, do outro lado do Atlântico.

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