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Feira da reforma agrária movimenta praça em Salvador com 65 toneladas de alimentos
Amendoim, laranja, milho e uma diversidade de sabores de licor – itens típicos das festas juninas no Nordeste – são alguns dos atrativos da 8ª Feira Estadual da Reforma Agrária. O evento acontece de 12 a 14 de junho, na Praça da Piedade, no centro de Salvador, na Bahia.
Ao todo, são 200 tipos de produtos agroecológicos vindos de dez regiões do estado, expostos em 75 barracas. A feira reúne 65 toneladas de alimentos, entre produtos in natura e beneficiados, além de mudas frutíferas e nativas, e sementes crioulas. São 15 toneladas a mais que na edição anterior, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), organizador do evento.
De acordo com o superintendente regional do Incra na Bahia, Carlos Borges, a feira demonstra que a política pública da reforma agrária dá bons resultados. “Esse evento traz produtos agroecológicos de qualidade e alimentos saudáveis para a população”, destaca.
Agroecológicos
A variedade de frutas, hortaliças, verduras e grãos no primeiro dia da feira levou centenas de baianos ao espaço. Nem a chuva desanimou os consumidores. É o caso das amigas Tamara Diniz e Renata Marciel, que saíram carregadas de compras, distribuídas em uma mala, mochilas e diversas sacolas.
“O que primeiro me atraiu para a feira foi poder adquirir produtos orgânicos, trazidos direto do campo. Depois, o fato de prestigiar e conhecer os itens da reforma agrária”, destaca Tamara.
A educadora Mara Santos desconhecia esses produção dos assentamentos. “Fiquei surpresa com a qualidade dos produtos. Essa feira deveria acontecer mais vezes, porque os preços estão ótimos”, ressalta, enquanto levava cocos secos e abacates para casa.
Vendas
A expectativa dos expositores é vender tudo. Participante da feira pela quarta vez, o assentado Ademilson Prates, da área de reforma agrária Laranjeira, no município de Wagner, foi bastante procurado em sua barraca, com compradores se aglomerando para adquirir seus produtos.
Com cenouras, gengibre, tangerinas, goiabas, chuchu e tomates, Prates frisa que é importante que os moradores das cidades conheçam e possam consumir os produtos direto das mãos de quem produz.
A mesma ideia é compartilhada pelo agricultor Luís Mário dos Santos da Hora, oriundo do assentamento Paulo Freire, situado no município de Camamu. “A minha produção agroecológica é o que alimenta a mim e à minha família, e é ela que trago para a feira, como todos os outros assentados”, ressalta, diante de sua barraca com aipim, banana-da-terra, cacau, cupuaçu e milho.
União
Já a beneficiária Alzira Santos de Jesus, do assentamento Bela Vista, localizado em Santo Amaro, fez questão de destacar a origem da farinha que comercializa na feira, fruto de uma casa de farinha industrial instalada na área de reforma agrária Nova Suíça, também em Santo Amaro.
“A casa de farinha atende 170 famílias assentadas da região e tem capacidade de produzir 300 quilos de farinha beneficiada por dia”, ressalta. Alzira também comercializa milho, amendoim, tapioca, mel e limão em sua barraca.
Espaço pedagógico
A feira conta também com um espaço pedagógico, no qual um dos destaques é a demonstração de como são feitas essências de citronela, goiaba, pimenta-jamaica e aroeira. Um laboratório foi montado no local com um destilador.
A iniciativa fortalece a parceria de quase 10 anos entre o assentamento Josiney Hipólito, localizado no município de Ituberá, e a Escola Técnica Agroecológica Luana de Carvalho, situada na própria área de reforma agrária.
Além das essências, sabonetes íntimos e gel medicinal também estavam disponíveis para comercialização na feira. Segundo o coordenador do laboratório, Edson Oliveira, filho de assentado, a atividade demonstra que a produção agroecológica é sustentável e integrada.
No espaço também é possível encontra adubos agroecológicos, humus e compostos, além de apiário.
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