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Estudantes do Pronera se formam em Agronomia na UFG
Colaram grau nesta quinta-feira(21), Daniel Justino de Sousa, Hiury Galvão da Silva Pinto, Rosiclei Lima dos Santos e Taynara Vieira Lima. Foto: Ascom Incra/GO
O Incra Goiás (Incra/GO) celebra a formatura de quatro estudantes do curso de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) integrantes do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Colaram grau nesta quinta-feira(21), Daniel Justino de Sousa, Hiury Galvão da Silva Pinto, Rosiclei Lima dos Santos e Taynara Vieira Lima.
A formatura, realizada no Centro de Eventos da UFG Prof. Ricardo Freua Bufáiçal, em Goiânia, reuniu familiares, amigos, professores e representantes de instituições parceiras.
Eleita a porta-voz do grupo de formandos, Rosiclei dos Santos disse que eles estão felizes e aliviados com a formatura. O pai dela, senhor Aldemar Tavares, que estava em Goiânia para participar da colação de grau, relatou que sentiu o “coração cheio de alegria e orgulho”.
Rosiclei ressaltou que a experiência na UFG foi marcante e cheia de dasafios. “Vencemos e concluímos o curso”, comemorou junto com os três colegas formandos. Os quatro concordaram que o sentimento do momento era de gratidão.
Para o futuro, Rosiclei, que veio de Minas Gerais para fazer faculdade, pretende continuar em Goiás e trabalhar como engenheira agrônoma. Ela disse que o Pronera é excelente porta de entrada na universidade, oportunizando vagas para o agricultor familiar e o assentado. “É preciso organizar a questão financeira do programa para que os estudantes consigam permanecer estudando. Muitos desistiram por não terem condições de se sustentar durante o curso”, sugeriu.
Direito à educação
O superintendente do Incra/GO, Elias D´Angelo, destacou que cada diploma entregue pelo Pronera representa mais do que a realização de um sonho individual. “Cada diploma é a afirmação do direito à educação e a valorização dos territórios da reforma agrária”, afirmou. “Parabenizamos os formandos e desejamos sucesso na nova etapa profissional e pessoal, estamos certos de que seu conhecimento retornará em benefício das comunidades e do país”, completou.
Os professores da Escola de Agronomia da UFG e coordenadores da turma especial de Agronomia/Pronera, Wilson Mozena e Gislene Ferreira, consideram que este curso está sendo uma experiência que desafia professores e estudantes. Eles disseram que aprender a usar a Pedagogia da Alternância, a lidar com permanência dos alunos no curso e superar a pandemia tirou a universidade da “zona de conforto”. “Tudo isto estimulou a adaptação de metodologias e conteúdos para um público específico”, resumiram.
Ambos professores concordam que foi uma experiência rica e positiva enquanto troca de conhecimento. Eles também consideram importante a relação com o Incra e a aproximação com os movimentos sociais do campo. Por fim, destacaram que, dos quatro formandos, dois estão trabalhando e uma deve partir para o Mestrado.
Superação
Os formandos Daniel, Hiury, Rosiclei e Taynara ingressaram na universidade em agosto de 2019, após um vestibular específico para o público da reforma agrária, agricultura familiar e quilombolas. Os quatro são filhos de assentados e agricultores familiares. Daniel e Hiury são de Goiás, respectivamente, dos assentamentos Luiz Ório, em Itaberaí, e do assentamento Paraíso, no município de Goiás. Rosiclei e Taynara são mineiras e egressas da Escola Família Agrícola de Natalândia (MG). A família de Rosiclei é beneficiária do Crédito Fundiário e a de Taynara da Política Nacional de Reforma Agrária, vivendo no assentamento Mangal, localizado em Natalândia.
A turma especial de Agronomia do Pronera na UFG originalmente contava com 40 estudantes. Após alguns entraves burocráticos institucionais, dificuldades acadêmicas e financeiras por parte de alguns estudantes e o período da pandemia, 20 desistiram da graduação. Atualmente, 16 permanecem cursando Agronomia pelo Pronera na UFG, em diferentes níveis do curso. Até 2027, todos devem concluir a faculdade.
O Pronera é uma política pública que tem como objetivo ampliar o acesso à educação para jovens e adultos oriundos de assentamentos da reforma agrária, agricultura familiar, quilombolas e comunidades tradicionais. É uma forma de garantir oportunidades de formação em diferentes níveis de ensino. A conquista dos novos engenheiros agrônomos simboliza o compromisso do programa com a transformação social e o desenvolvimento sustentável no campo.
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