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JUSTIÇA CLIMÁTICA
Ministra Macaé Evaristo debate culturas tradicionais e justiça climática em seminário internacional
(Foto: Lucas Silva/MDHC)
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou, nesta quarta-feira (17), da abertura oficial do “Seminário Internacional Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais”, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), em Brasília (DF). Na ocasião, foi pactuada a Política Nacional para as Culturas Tradicionais e Populares, que está sendo construída em diálogo com outros 18 ministérios, entidades culturais e ampla participação social.
O objetivo do evento é promover um espaço de diálogo e troca de conhecimentos sobre as intersecções entre as culturas tradicionais, justiça climática e os desafios globais enfrentados na atualidade.
Durante a cerimônia de abertura, Macaé Evaristo destacou a importância da cultura como pilar da dignidade humana e da justiça climática. “Este encontro é mais do que um compromisso institucional: ele reúne lideranças culturais, produtores e fazedores de cultura de todos os biomas brasileiros para a construção de uma agenda revolucionária – a da justiça climática e ambiental”, afirmou.
“Não alcançaremos esse objetivo sem proteger o que há de mais importante em cada território: a dignidade humana e a dignidade de todas as espécies. E não há como defender essa dignidade sem cultura. Sem cultura, não há humanização nem a construção de um futuro justo”, complementou.
Dignidade humana e justiça climática
Em sua fala, a ministra Macaé ressaltou que a defesa do planeta passa necessariamente pela proteção das pessoas e dos territórios, em especial comunidades indígenas, quilombolas, tradicionais e periferias urbanas.“O Brasil precisa avançar na Política Nacional de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos. Essa política protege quem, no cotidiano, enfrenta ameaças e violências em quilombos, terras indígenas, comunidades tradicionais e periferias urbanas – territórios historicamente vulnerabilizados pela exploração desmedida do capital sobre nossas terras”, destacou.
“Outro mundo é possível e ele se constrói todos os dias, no cotidiano das nossas comunidades. E fazemos isso com luta, mas também com alegria, cultura, axé e esperança”, finalizou Macaé.
Política Nacional Aldir Blanc
Na abertura do seminário, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou o compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a diversidade cultural e com os povos que mais precisam. “Só um presidente com essa sensibilidade poderia formar um ministério tão diverso, com mulheres negras e lideranças comprometidas com a população brasileira”, afirmou.Margareth ressaltou que a cultura tem papel central na luta por um planeta sustentável e justo. “Não há justiça climática sem a presença ativa das culturas populares e tradicionais. Sem terra e sem meio ambiente, não há cultura popular, nem tradicional”, destacou.
O governo federal destinou, por meio do Ministério da Cultura (MinC), cerca de R$ 450 milhões anuais à Política Nacional Aldir Blanc, fomentando aproximadamente 15 mil pontos de cultura. A meta é alcançar 20 mil até o fim de 2025.
“Defender e celebrar a Política Nacional Cultura Viva é defender a democracia, é dar acesso a quem nunca teve, é transformar vidas, gerar emancipação e fortalecer o acontecimento cultural do povo brasileiro”, concluiu Margareth.
Programação
A solenidade também contou com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, a entrega da Ordem do Mérito Cultural à Lucely Pio e Jaider Esbell (em memória), além de conferência magna com a escritora e quilombola Ana Mumbuca (TO).O seminário é uma realização do MinC, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, da Casa Cavaleiro de Jorge, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Governo do Distrito Federal (GDF).
Participaram do encontro o secretário executivo do MinC, Márcio Tavares; as secretárias de Cidadania e Diversidade Cultural/MinC, Márcia Rollemberg; dos Comitês de Cultura/MinC, Roberta Martins; a secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Edel Moraes; além das mestras e dos mestres da cultura, gestores públicos e pesquisadores do Brasil e de países como México, Peru, Paraguai, Uganda, Cabo Verde e Austrália.
De 18 a 20 de setembro, a programação se concentra na Vila de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros (GO), com painéis temáticos, rodas de conhecimento e de prosa, oficinas, feiras, exposições e manifestações culturais, como parte do XXV Encontro de Culturas Tradicionais da região.
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Texto: P.V.
Edição: F.T.
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