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COMPROMISSO
Ministra Macaé Evaristo participa da abertura da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
(Foto: Duda Rodrigues/MDHC)
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou nesta segunda-feira (15) da cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), realizada no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).
A 5ª Conapir é o mais amplo fórum de formulação de políticas públicas com protagonismo da sociedade civil e tem como tema neste ano: “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”.
Compromisso com reparação e democracia
Declarando aberta a 5ª Conapir, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, retomou as políticas implementadas em benefício da garantia dos direitos da população negra, quilombolas, povos e comunidades tradicionais de matriz africana, povos de terreiro, ciganos e indígenas.
“E esse compromisso é o que a gente carrega de trabalhar duro até que, não só um, mas todas as estratégias de reparação avançadas se tornem realidade. Contem comigo, contem com o Ministério Federal Racial, com o governo de Brasil que está sempre ao lado do governo brasileiro”, destacou.
“Não há justiça ambiental e climática sem justiça racial. Não existe floresta de pé sem o cuidado das populações indígenas e quilombolas. São muitos motivos que nós outorgamos para construir um governo que coloque igualdade racial em prioridade sempre”, finalizou.
Presente na solenidade, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou a importância das políticas sociais implementadas desde seu primeiro governo em 2003, das quais a população negra foi a principal beneficiária.
“No comecinho daquele primeiro governo, em março de 2003, criamos a Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial. A partir da criação da SEPPIR, começamos a implantar uma série de ações afirmativas. Foram os primeiros passos para transformar o nosso desejo de justiça em políticas públicas efetivas e dar início à reparação de uma dívida histórica”, ressaltou.
De acordo com Lula, a promoção da igualdade racial era e segue sendo um compromisso ético, mas também uma diretriz política e econômica de desenvolvimento. “Isso é condição necessária para consolidarmos a democracia num contexto em que a parcela mais pobre da população, em sua maioria negra, esteve historicamente excluída de seus direitos mais elementares”, acrescentou.
Valdirene Mendonça, moradora do Quilombo São Maurício, presidente da Associação do Território Étnico Quilombola de Alcântara (ATEQUILA) e agricultora familiar, agradeceu aos quilombolas presentes e ressaltou a força da luta coletiva, da resistência ancestral e da esperança. “Cada avanço é fruto da luta coletiva, da resistência ancestral e da esperança que nos move. É uma honra compartilhar nossas conquistas, desafios e reafirmar o compromisso com a construção de um Brasil mais justo”, declarou.
Marina Duarte, vice-presidenta do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), relembrou que há 30 anos, em 20 de novembro de 1995, a primeira Marcha Zumbi dos Palmares reuniu cerca de 30 mil pessoas em Brasília para denunciar o racismo e a exclusão da população negra. “Que este evento fortaleça nossa luta por reparação e justiça racial. Como proclamaram os mártires da Revolta dos Búzios em 1798: ‘Uni-vos, povo brasileiro, é chegada a hora’. O Brasil é do povo brasileiro. Vamos à luta”, conclamou.
O evento segue até o dia 19 de setembro, reunindo cerca de 1.700 delegados, 200 convidados, 50 observadores e 45 expositores.
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Texto: R.M.
Edição: G.O.
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