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Em audiência na Câmara dos Deputados, MDHC defende políticas públicas para pessoas idosas como mecanismo de ampliação de saúde mental e física
(Foto: : Renato Araújo/Câmara dos Deputados)
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) reafirmou, nessa quarta-feira (24), seu compromisso com a promoção da saúde física e mental da população idosa. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o Secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, destacou programas que garantem cuidado integral e fortalecem o apoio às políticas públicas no setor.
Segundo o secretário, iniciativas como o Envelhecer nos Territórios, Viva Mais Cidadania, Viva Mais Cidadania Digital, Vida Digna em Casa e Educação para toda a Vida ampliam a visibilidade da pauta e asseguram mais recursos para serviços e equipamentos destinados às pessoas idosas em todo o país.
Alexandre ressaltou ainda que as conferências municipais e estaduais, preparatórias para a 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, mostram o potencial de participação desse público.
“Isso demonstra o quanto nós precisamos garantir muitas políticas públicas, nacionais, estaduais e também municipais para ampliar a possibilidade de que equipamentos estejam à disposição com as ações que as pessoas idosas gostariam de realizar”, frisou.
A audiência foi conduzida pelo deputado federal Luiz Couto (PT-PB), que defendeu a valorização do envelhecimento. Ele destacou que o Brasil precisa fortalecer a implementação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, cujo eixo central é a preservação da capacidade funcional.
O parlamentar ressaltou, porém, que ainda há desafios a enfrentar, já que estudos e a prática apontam o aumento de fragilidade, quedas e doenças como depressão e demência com o avançar da idade. “Hoje o Brasil é um país de todas as idades. Nossa Constituição e o Estatuto da Pessoa Idosa apontam dignidade, autonomia e participação. Cabe a nós transformar esses princípios em políticas concretas”, defendeu.
Saúde integral e envelhecimento
Representando o Ministério da Saúde, Camila Maria Mendes Nascimento apresentou dados e programas voltados à saúde da população idosa. Ela destacou a atualização da política nacional e a nova edição da caderneta da pessoa idosa, que reforçam a promoção da autonomia e da independência desse público.
Segundo Camila, a finalidade da política é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, a partir de medidas coletivas e individuais de cuidado integral que fortaleçam os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com foco na saúde mental, a presidenta do Conselho Federal de Psicologia, Alessandra Santos de Almeida, destacou a necessidade de dar maior visibilidade ao tema. Para ela, políticas integradas são fundamentais diante das desigualdades sociais, de gênero, étnico-raciais e de classe que marcam a velhice no Brasil.
Alessandra lembrou que mais de 32 milhões de brasileiros são idosos, segundo o IBGE. “Envelhecer no país não é uma experiência homogênea, por isso é indispensável investir em ações que promovam saúde integral e cidadania”, disse.
“Falar de saúde integral é, nesse sentido, destacar aquilo que pode se constituir em oportunidades, em criações, em novos sentidos, o que torna ainda mais fundamental as medidas de atenção à saúde integral nessa fase da vida”, analisou.
O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Leonardo Brandão de Oliva, também participou da audiência e defendeu o enfrentamento do olhar idadista ainda presente na sociedade. Segundo ele, compreender o envelhecimento em suas múltiplas dimensões é essencial para aprimorar práticas de prevenção, cuidado e manejo de doenças prevalentes na população idosa.
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Texto: R.M.
Edição: G.O.
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