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INCLUSÃO SOCIAL
Ministra Macaé Evaristo defende políticas de dignidade para pessoas em situação de rua durante seminário internacional
(Foto: Clarice Castro/MDHC)
Aministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou, nesta quarta-feira (22), da mesa de abertura do Seminário Internacional Pessoas em Situação de Rua: Cuidado Integral e Direitos Já!, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília.
A iniciativa propõe promover uma nova compreensão social sobre essa população, valorizando suas trajetórias, identidades e potencialidades. Também busca impulsionar respostas intersetoriais, fortalecer políticas públicas e inspirar novas práticas institucionais.
- (Foto: Clarice Castro/MDHC)
Em seu discurso, a ministra destacou o desafio que o país ainda enfrenta ao reconhecer a humanidade das pessoas em situação de rua.
“Muitas vezes, a expressão ‘situação de rua’ vem antes da palavra ‘pessoas’. O país ainda precisa romper com essa lógica desumanizadora e garantir o direito de existir, de viver com dignidade, de ter acesso à saúde, à moradia e à educação”, afirmou.
Macaé reforçou que o governo federal, sob a liderança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem atuado de forma integrada para enfrentar desigualdades estruturais e fortalecer a agenda de direitos humanos.
“Se não frearmos o modo de produção capitalista que explora o trabalhador até o limite e o planeta até o esgotamento, continuaremos perpetuando a exclusão. Somos aliados para construir uma política com a população em situação de rua, com direito à moradia e à terra”, finalizou.
Intersetorialidade e cidadania
O vice-presidente do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (CIAMP-Rua Nacional), vinculado à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (SNDH/MDHC), Anderson Lopes Miranda, também participou da abertura.
Na ocasião, Anderson Miranda chamou atenção para a situação que o Brasil ainda vive sob a lógica da caridade, e não da política pública efetiva.
“A política para a população em situação de rua não é um problema da assistência social ou da saúde. É uma pauta intersetorial que dialoga com a moradia, a educação, o trabalho, a cultura e o esporte. Cuidar é garantir que essas pessoas tenham dignidade em todas as dimensões da vida”, afirmou.
Miranda também chamou atenção para a necessidade de romper com a lógica assistencialista ainda predominante no país.
“A gente não quer mais viver de assistencialismo. Não basta dar um prato de comida. Queremos políticas públicas de verdade, estruturantes, que garantam dignidade, cidadania e direitos. Somos cidadãos e cidadãs de direitos, não coitadinhos”, concluiu.
A programação do seminário conta ainda com a presença do padre Júlio Lancellotti, referência nacional no trabalho social com a população em situação de rua, além de palestrantes internacionais de destaque, como Diana Alarcón (México), doutora em Economia e assessora especial da presidente mexicana Claudia Sheinbaum; Isabel Licha (Venezuela), doutora em Sociologia do Desenvolvimento e especialista em Política Social; Roberto Carlos Angulo (Colômbia), secretário distrital de Integração Social de Bogotá; e Florencia Montes Páez (Argentina), cientista política e fundadora da organização No Tan Distintas – Mulheres e dissidências em situação de rua.
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Texto: P.V.
Edição: G.O.
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