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DIREITOS HUMANOS
Ministra Macaé Evaristo recebe homenagem na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e reforça compromisso com a democracia
Durante a solenidade, foram entregues votos de congratulações à ministra e a outras 45 defensoras de destaque no estado (Foto: Márcia Cruz/MDHC)
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, foi homenageada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (31), em reconhecimento à sua trajetória e compromisso com a promoção e defesa dos direitos humanos no Brasil. Durante a solenidade, foram entregues votos de congratulações à ministra e a outras 45 defensoras de destaque no estado, incluindo parlamentares e representantes da sociedade civil.
A data da homenagem ainda coincide com o aniversário de 61 anos do início da ditadura militar no Brasil, instaurada em 31 de março de 1964. Recentemente, a ministra Macaé Evaristo pediu desculpas às famílias de mortos e desaparecidos durante o regime militar, reforçando o compromisso do governo com a memória, a verdade e a justiça.
Memória e resistência
Em seu discurso, a ministra destacou o papel fundamental das mulheres na luta por justiça social e reafirmou a necessidade de garantir proteção a quem atua em defesa dos direitos humanos. "Estamos celebrando mulheres que, todos os dias, levantam com a certeza da defesa da democracia, dos seus territórios e saberes ancestrais", afirmou.
Macaé também ressaltou o desafio de atuar à frente do Ministério, especialmente diante de tentativas históricas de deslegitimação dos direitos humanos no Brasil. "A direita tentou impor a ideia de que defender direitos humanos era defender bandidos. Mas nós sabemos que defender direitos humanos é defender gente comum que luta por justiça e por uma sociedade mais igualitária", pontuou.
A ministra alertou sobre as ameaças enfrentadas por defensoras e defensores de direitos humanos no país. Segundo dados apresentados, o Programa de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos conta atualmente com 1.330 pessoas inscritas, sendo 40% delas mulheres. Mais da metade das denúncias recebidas envolvem conflitos fundiários e ambientais, demonstrando a urgência de políticas públicas eficazes para essa população.
Relembrando o período da ditadura militar, Macaé destacou o papel da resistência e da memória histórica. "Querem apagar os erros que cometeram, mas nós não permitimos. Contra toda intolerância, resistimos e seguimos pronunciando os nomes dos nossos mortos e desaparecidos para que ninguém esqueça e para que nunca se repita", afirmou.
Valorização
A cerimônia, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG, também abordou a relevância do trabalho desenvolvido por defensoras dos direitos humanos em diversas frentes e destacou a importância do Projeto de Lei que institui a Semana Estadual das Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, reforçando o compromisso do poder público com a valorização e proteção desses profissionais.
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Texto: E.G.
Edição: F.T.
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