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PENSAMENTO AFRO LATINO-AMERICANO
Ministra Macaé Evaristo participa de homenagem a Lélia Gonzalez no Festival Latinidades
A titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania frisou a centralidade de Lélia na luta por espaços para mulheres negras e latinas no poder (Foto: Duda Rodrigues/MDHC)
Nesta sexta-feira (25), Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou de uma roda de conversa em homenagem à poetisa e ativista do movimento negro brasileiro e de mulheres, Lélia Gonzalez. O evento faz parte do Festival Latinidades, realizado no Museu Nacional, em Brasília (DF).
“A primeira coisa que a gente precisa falar quando a gente está evidenciando a memória da Lélia é que é muito importante contar as nossas histórias. A Lélia nos convidou e mobilizou a construção de um pensamento afro e afro latino-americano. Estava sempre ligada na nossa condição, nossa potência e capacidade de construir uma revolução a partir da nossa própria inventividade”, destacou a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo.A titular da pasta também frisou a centralidade de Lélia na luta por espaços para mulheres negras e latinas no poder. “Ela foi uma mulher que compreendeu o lugar da política e da política partidária e compreende que a gente precisa disputar esse espaço. Ela fez essa disputa a partir do debate de partidos políticos ainda na ditadura militar”, lembrou.
Macaé Evaristo frisou ainda que, quando secretária estadual de Educação em Minas Gerais, em 2015, levou uma exposição, realizada pela Fundação Banco do Brasil, que destacava o legado da ativista, o Projeto “Memória Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história” a Belo Horizonte, cidade natal da ativista. Segundo a ministra, essa foi uma oportunidade de democratizar o acesso ao pensamento da intelectual.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participou da roda de conversa, nesta sexta-feira. Ela ressaltou que as ações e palavras de Lélia foram essenciais para que as mulheres negras pudessem reivindicar seu espaço enquanto sujeito de direitos. “Lélia teve papel fundamental para ressignificar esse lugar de luta, de resistência, de dizer: ‘olha, eu também estou aqui e eu existo’”, sublinhou.Também compôs o debate a professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e da University of Cape Town, Dulce Pereira, que foi amiga da homenageada. Ela revisitou conceitos criados por Lélia, como amefricanidade e pretuguês, e falou de ensinamentos deixados pela intelectual, como a capacidade de tensionar quando necessário e produzir mudança onde se vive. “Ela não só escolhia as suas lutas, como também assumia essas lutas e, em momentos em que realmente era fundamental, incidia na história”, relatou.
A roda de conversa foi mediada pela neta de Lélia, Melina de Lima, diretora de Cultura e Educação do Instituto Memorial Lélia Gonzalez.
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Texto: R.M.
Edição: L.M.
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