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Na Flip, ministra defende que educar é necessariamente trabalhar com diversidade e coletividade
Debate com a ministra também teve a participação da diretora do Centro de Referência em Educação Inclusiva Sesc Senac RJ, Maria Antônia Goulart (Foto: Raul Lansky/MDHC)
Ao participar da 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (1º), a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, enfatizou que trabalhar com educação é inexoravelmente atuar com a diversidade e a coletividade. A titular da pasta integrou a roda de conversa “A escola como floresta – estratégias para pensar a diversidade na escola”. A atividade, promovida pelo Serviço Social do Comércio do Rio de Janeiro (Sesc RJ) como parte da programação do evento, reuniu especialistas para debater os desafios da educação inclusiva, com foco na promoção de uma educação anticapacitista como caminho para uma sociedade mais justa e diversa.
No debate, Macaé Evaristo comparou o ambiente de ensino a uma floresta, fazendo alusão ao “Livro das Árvores”, de Jussara Gruber, que aborda a relação dos indígenas Ticuna com a terra. A ministra lembrou que a obra diz que uma floresta parece quieta vista de longe, mas, na verdade, está sempre em movimento em seu interior. “Pensar a educação como uma floresta é a gente pensar nesse campo de possibilidades que é fazer educação e que a construção da educação não é individual. Ela é coletiva, ela inexoravelmente nos leva a trabalhar numa imensa diversidade, com aquilo que a gente sabe e materializa e pega, mas com muita coisa que a gente não sabe nem imagina, e que, muitas vezes, só vai fazer sentido para a gente muito tempo depois”, afirmou.A mediadora do diálogo, diretora do Centro de Referência em Educação Inclusiva Sesc Senac RJ, Maria Antônia Goulart, referência nacional no tema, frisou que a diversidade não é algo que precisa ser tolerado ou manejado; é uma condição para que a vida aconteça e se propague. Ela propôs a reflexão sobre que tipo de escola seria possível se este ambiente fosse pensado como uma floresta, em vez de monocultura em termos de formas de organização, expressão e colaboração plurais que poderiam ser criadas. “Nesse contexto de diversidade é bom para todo mundo. Todo mundo começa a ter um ambiente que é mais favorável a essa produção da vida, a essa produção do conhecimento. Esse é um convite que a gente faz”, disse.
A pedido da ministra, a educadora, artista e ativista indígena Liça Pataxoop discursou apresentando parte de seu trabalho e lembrando o período em que atuou junto a Macaé Evaristo em ações de educação para a população indígena.
O debate teve ainda a participação da professora do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Alyne Costa.
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Texto: E.G./L.M.
Edição: M.C.
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