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Ministro condena reação desproporcional em Gaza e diz que enquanto crianças e mulheres palestinas não estiverem em segurança, ninguém estará
Ministro está em Genebra para abertura da 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Fotos: Ruy Conde - Ascom/MDHC)
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, voltou a condenar a escalada da violência na Faixa de Gaza que tem resultado em milhares de mortes de civis, ao participar, nesta-segunda-feira (26), do evento “Situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinianos Ocupados", durante a 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça.
Durante discurso, o ministro disse não haver dúvidas de que os ataques perpetrados pelo Hamas e a manutenção de civis como reféns devem ser inequivocamente condenados por toda comunidade internacional. Segundo ele, no entanto, a cada dia que passa "resta claro que a reação de Israel ao ataque sofrido é desproporcional e não tem como alvo somente aqueles responsáveis pelos ataques, mas todo o povo palestino".
"Tal atitude é absolutamente contrária aos princípios mais básicos do Direito Internacional Humanitário. A atual situação humanitária em Gaza é intolerável, insustentável, seja do ponto de vista jurídico, seja do ponto de vista ético. Podemos estar testemunhando o crime de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade; e uma investigação é imprescindível", acrescentou.

- Ministro Silvio Ameida se reuniu também com vice-ministro de Relações Exteriores da Noruega, Andreas Kravik
Ao encerrar o pronunciamento, Silvio Almeida disse que o Brasil está pronto para apoiar esforços que visem à retomada de negociações concretas de paz e se solidarizou com as mulheres e crianças palestinas. “Enquanto crianças e mulheres palestinas não estiverem em segurança, nenhuma criança ou mulher, em qualquer parte do mundo, estará”, afirmou o titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
Ainda nesta segunda-feira, o chefe da delegação brasileira participou de encontro bilateral com o vice-ministro de Relações Exteriores da Noruega, Andreas Kravik.
Mais cedo, o ministro disse que a criação de um Estado Palestino livre e soberano, que conviva com o Estado de Israel, é uma condição imprescindível para a paz. Segundo ele, é dever do conselho prestigiar a autodeterminação dos povos, a busca da solução pacífica dos conflitos e se opor de forma veemente a toda forma de neocolonialismo e de Apartheid.
O evento – que reúne chefes de Estado, de Governo, ministros e vice-ministros das Nações que compõem o Comitê de Direitos Humanos – segue até esta quarta-feira (28).
Texto: C.M.
Edição: R.D.
Revisão: A.O.
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