21/11 - Pró-Equidade de Gênero e Raça capacita empresas e instituições participantes do programa

Oficina reuniu mais de 80 comitês de gênero de instituições inscritas na 5ª edição do programa a fim de qualificar ações

Mais de 80 comitês de gênero de empresas e instituições que participam da 5ª edição do programa Pró-Equidade de Gênero e Raça se reuniram para a oficina “Práticas de Igualdade”, promovida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). O evento aconteceu nessa terça-feira (19/11), em Brasília.

A secretária nacional de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da SPM, Tatau Godinho, frisou que o objetivo do encontro foi “qualificar as ações propostas por cada organização e discutir como enfrentar os desafios para a consecução das atividades nas empresas e instituições”. A secretária nacional inaugurou a mesa de abertura do evento, ao lado da coordenadora do Pró-Equidade de Gênero e Raça da SPM, Simone Schäffer.

Simone ressaltou o trabalho de monitoramento realizado pela equipe da SPM em conjunto com o Comitê Ad Hoc do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Formado por núcleos de estudos de gênero de universidades de todo o Brasil, o comitê avalia os planos de ação desenvolvidos pelas empresas e monitora as políticas de igualdade na gestão das organizações.

Também participaram do debate as integrantes do Comitê Ad Hoc Maria Helena Cruz, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher e Relações de Gênero da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e Jussara Reis Prá, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulher e Gênero da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A coordenadora nacional do programa Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ana Carolina Querino, também integrou a discussão.

Na opinião da professora Maria Helena Cruz, os princípios e as diretrizes do Pró-Equidade

contribuem para se criar uma nova cultura organizacional e uma nova mentalidade na instituição. “Eu entendo o programa como um processo educativo, que envolve tanto trabalhadores como diretores da organização no sentido de rever paradigmas que orientam as relações sociais”, considerou.

Segundo Maria Helena, “o programa tem contribuído para criar relações de trabalho mais democráticas, que levam em consideração a igualdade de oportunidades, e que se propagam para a família, escola, universidade e demais estruturas da sociedade”.

Jussara Reis Prá chamou atenção para a necessidade dos comitês de gênero das empresas executarem ações estruturantes, que produzam efeitos tangíveis e materiais sobre o bem-estar das trabalhadoras e trabalhadores. “Intervenções estruturantes, a exemplo de programas de saúde para mulheres, são fundamentais ao funcionamento e dinâmica da organização”, argumentou.

A professora também frisou a importância de se construir indicadores, nas instituições, capazes de quantificar os avanços na consecução das metas propostas pelos comitês de gênero.

Dia Nacional da Consciência Negra – Ana Carolina Querino, da OIT, uma das entidades parceiras da SPM na execução do Pró-Equidade de Gênero e Raça, fez referência às duas datas do mês de novembro essenciais para os temas que envolvem o programa.

“É especialmente interessante esta oficina ser realizada em novembro, mês que abarca o Dia Nacional da Consciência Negra (20/11) e o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher (25/11). São dois temas relacionados diretamente ao trabalho que será feito por todas as organizações ao longo dos próximos meses”, afirmou.

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
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