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04/06 - Em Alagoas, CPMI constata falta de estrutura para atender mulheres vítimas de violência
Publicado em
04/06/2012 09h10
Atualizado em
05/06/2012 09h10
Dados do movimento de mulheres alagoano apontam para mais de 637 casos de violência contra mulheres só neste ano
Da Agência Senado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher constatou em diligências e audiência pública realizadas no estado de Alagoas, em 31 de maio e 1º de junho, a total falta de estrutura física, material e de pessoal para um atendimento adequado às mulheres em situação de violência.
De acordo com o Mapa da Violência de 2012, produzido pelo Instituto Sangari, Alagoas é o segundo estado do país em assassinatos de mulheres, perdendo apenas para o Espírito Santo. Além disso, o índice de homicídios é de 8,3 para 100 mil mulheres, quase o dobro da média nacional, de 4,4.
Dados do movimento de mulheres alagoano apontam para mais de 637 casos de violência contra mulheres só neste ano. “O que vimos aqui é o sucateamento de equipamentos públicos e a inexpressiva rede de atendimento às mulheres”, afirmou a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da CPMI.
Ana Rita informou que, embora os números sejam alarmantes, Alagoas conta com apenas três delegacias especializadas, um juizado da violência doméstica e familiar, um centro de referência, uma casa abrigo e apenas um hospital que atende às mulheres vítimas de violência.
Além da senadora Ana Rita, integraram a comitiva as deputadas federais Jô Moraes (PCdoB-MG) e Keiko Ota (PSB-SP), presidente e vice-presidente da CPMI, respectivamente. Participaram também das atividades em Alagoas as deputadas federais Marina Sant’Anna (PT-GO), Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) e Célia Rocha (PR-AL).
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM