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18/10 – Mulheres defendem sociedade igualitária na Conferência de Minas Gerais
A luta contra a violência, a busca pela erradicação da pobreza, o aumento da representação política e o desejo de uma sociedade mais igualitária foram os temas destacados na abertura da III Conferência Estadual de Política para as Mulheres – uma questão de Direitos Humanos, realizada pelo governo do Estado com o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O evento, que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 17, no Centro de Convenções do Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, contou com a presença de representantes dos governos federal, estadual, da sociedade civil organizada e do parlamento mineiro.
VIOLÊNCIA – A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, destacou que será feito ainda este ano, no Congresso Nacional, um debate sobre a violência contra a mulher.
Ela defendeu a reforma eleitoral, ao citar a importância dos debates sobre o crescimento da representação política da mulher.
Também destacou o significado da eleição da primeira mulher no posto mais alto de comando do país. “Esse foi um fato que nos engrandeceu muito. Depois da eleição da presidenta Dilma, os temas sobre mulheres ganharam maior visibilidade”, disse.
Iriny falou também sobre a capacidade de gestão das mulheres em todos os segmentos da economia, a autonomia econômica e a ocupação do mercado de trabalho pelas mulheres. Ela relatou ainda os avanços em curso nos programas da SPM, como o Pró-Equidade de Gênero e o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
FIM DA POBREZA – O secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Wander Borges, afirmou que a igualdade de direitos é uma das principais bandeiras de Minas Gerais, principalmente no que se refere à erradicação da pobreza e à luta pela defesa dos direitos da mulher.
Ele ressaltou que há uma preocupação com o avanço da violência contra as mulheres, especialmente as negras, idosas e deficientes. “É preciso que se dê um basta nessa situação. Nosso desafio maior é acabar com a violência que começa no seio familiar”, salientou.
A secretária de Estado da Casa Civil, Maria Coeli Simões, disse trazer o apoio do governador Antonio Anastasia ao movimento, e chamou a atenção para a importância da elaboração de políticas públicas que garantam os direitos das mulheres no Estado e no Brasil.
“A III Conferência Nacional, que acontece em dezembro, em Brasília, será o momento para se fazer um balanço da situação da mulher no País, assim como elaborar políticas que melhorem essa realidade”, disse.
REVOLUÇÕES – Maria Coeli destacou que existem, atualmente, três revoluções em curso que envolvem as mulheres: a contraceptiva, a sexual e a da participação no mercado de trabalho.
“Temos que tratar essas questões com cuidado, afinal, elas vão impactar diretamente a elaboração de políticas para o futuro”, concluiu.
A presidente do Conselho Estadual da Mulher, Carmen Rocha, e a representante dos movimentos sociais, Maria Izabel Siqueira, destacaram o desejo de uma sociedade pautada no diálogo, na tolerância e na igualdade de direitos entre as pessoas. Em sua participação, elas lembraram que a conferência das mulheres é o momento para que o Estado e as entidades sociais ampliem sua interlocução em busca desses objetivos.
CONFERÊNCIAS – A coordenadora especial de Políticas Públicas das Mulheres de Minas Gerais, Eliana Riola, fez um balanço das conferências municipais, que mobilizaram milhares de pessoas em cidades de todas as macrorregiões do Estado, e destacou a importância do enfrentamento da violência contra a mulher, que passa pela erradicação da extrema pobreza.
Ela reafirmou que um dos objetivos da conferência é discutir e elaborar políticas para construção da igualdade, a partir dos eixos do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Esse plano tem como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres e a contribuição para a erradicação da pobreza extrema e para o exercício pleno da cidadania das mulheres, em Minas e no Brasil.
Outros objetivos da III Conferência Estadual são elaborar diretrizes para políticas públicas para as mulheres no Estado, de forma a subsidiar a elaboração do Plano Estadual sobre esse tema; e eleger delegadas que representarão Minas Gerais na III Conferência Nacional.