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MEMÓRIA E VERDADE
MDHC debate os 50 anos da Operação Condor em seminário internacional no Chile
(Foto: Museo de la Memoria y los Derechos Humanos/Divulgação)
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) participou, nesta quinta-feira (9), do seminário internacional "Plan Cóndor 50 años. Diálogos desde el Cono Sur", realizado pelo Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, em Santiago, Chile, por ocasião dos 50 anos da Operação Condor. A agenda reuniu representantes do Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para discutir as diferentes abordagens em matéria de verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição, com foco nas políticas de memória e verdade desenvolvidas nos países do Cone Sul.
Representando o Brasil, a coordenadora-geral de Políticas de Memória e Verdade da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade (ADMV), Paula Franco, integrou a mesa “Plan Cóndor: Miradas retrospectivas de los Estados a 50 años”. Em sua intervenção, ela destacou os avanços do Brasil na consolidação de políticas públicas de memória e verdade.
"O projeto Lugares pela Memória, por exemplo, prevê o mapeamento, a normatização e a implementação de espaços vinculados às graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar, incluindo a demarcação de locais relacionados à Operação Condor e o apoio à criação de memoriais, como o da antiga Casa da Morte, em Petrópolis (RJ)", explicou.
A coordenadora também mencionou a recente identificação do local de desaparecimento do pianista Francisco Tenório Cerqueira Júnior, em setembro deste ano, pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), a partir de análises realizadas com base em impressões digitais. Tenório Jr. desapareceu em Buenos Aires em 1976, no contexto da Operação Condor.
Com moderação da jornalista chilena Matilde Burgos, também participaram da mesa Juan Benavides, em representação do Uruguai; Daniela Quintanilla, subsecretária de Direitos Humanos do Chile; e José Agustín Fernández, diretor do Museu da Justiça do Paraguai.
O encontro representou um importante espaço de reflexão e diálogo entre governos e instituições de direitos humanos da região, reafirmando o compromisso conjunto com a memória, a verdade e a justiça como pilares fundamentais da democracia e da defesa permanente dos direitos humanos no Cone Sul.
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Edição: F.T.
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