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VALORIZAÇÃO
Ministra Macaé participa de agendas na Bahia em celebração às tradições afro-brasileiras e fortalecimento dos direitos humanos
(Foto: Duda Rodrigues/MDHC)
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, cumpriu, nesta sexta-feira (15), uma intensa agenda no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. As atividades celebraram o fortalecimento do patrimônio cultural e das tradições afro-brasileiras, reforçando o compromisso do governo federal com políticas de memória, cultura e promoção dos direitos humanos.
Entre as entregas, destacou-se a entrega do título de Promotora da Igualdade Racial para a histórica Irmandade da Boa Morte, organização religiosa afro-brasileira que, desde o século XIX, atuou na libertação de pessoas escravizadas e na preservação da fé e cultura negra. Também foi assinada a adesão à Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro e de Matriz Africana, reforçando a proteção e valorização dessas tradições.
A programação incluiu ainda a participação na Missa Solene da Festa de Nossa Senhora da Boa Morte e a entrega da Medalha de Honra ao Mérito Cultural à sambadeira Dona Dalva Damiana de Freitas, referência do samba de roda no Recôncavo.Além das autoridades federais, participaram do ato a primeira-dama da Bahia, Tatiana Veloso; a prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga; a presidenta da Funarte, Maria Marighella; o presidente da Fundação Palmares, João Jorge; o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro; a provedora das celebrações e festejos da Boa Morte 2025, Neci Santos Leite; e Dona Dalva, representando a Casa de Samba que leva seu nome.
Defesa da tolerância e da ancestralidade
Em seu discurso, a ministra Macaé Evaristo destacou a importância das políticas culturais e de preservação da memória, ressaltando o papel das instituições religiosas de matriz africana na resistência contra o racismo e a intolerância. “Hoje reafirmamos nossa resistência e a necessidade de avançar na proteção das instituições religiosas de matriz africana, que são muitas vezes as mais perseguidas e violentadas. Estar aqui é dizer: nós existimos, temos direito, e a República brasileira tem que cuidar de todos nós”, enfatizou.
A ministra também reforçou que não há educação sem cultura, destacando a necessidade de articular saberes acadêmicos e ancestrais para promover tolerância, democracia e respeito.
“Que toda essa espiritualidade de Cachoeira sirva de exemplo de tolerância, democracia e respeito para o Brasil inteiro. Não há educação sem cultura, porque é pela cultura que preservamos a memória e a ancestralidade. Nosso país precisa cada vez mais cuidar disso, articulando saberes acadêmicos com saberes ancestrais”, afirmou a ministra.
Compromisso social
Também presente no ato, a primeira-dama Janja Lula da Silva ressaltou a honra de participar da celebração. “Fiz questão de vir para compartilhar a fé e levar comigo a benção de vocês para o presidente Lula. Que possamos seguir na caminhada por um Brasil mais igualitário, mais justo, mais solidário e com menos desigualdade”, disse.
Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o reconhecimento e o investimento nas manifestações culturais afro-brasileiras são essenciais. “Cultura e democracia caminham juntas, e é esse o espírito do terceiro mandato do presidente Lula, que recriou o Ministério da Cultura e consolidou políticas culturais transformadoras”, afirmou.Segundo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a cerimônia representa um aprendizado nacional. “Espero que o dia de hoje fique marcado como um aprendizado para quem insiste em dizer que a democracia não virá pelas nossas mãos. A democracia é feminina e negra, e tenho muito orgulho de dizer isso”, declarou.
Diálogo com lideranças femininas
Mais tarde, em Salvador, as autoridades participaram do evento “Fábrica Cultural – 20 anos Impactando Vidas”, dedicado ao diálogo com lideranças femininas que, com coragem, sensibilidade e compromisso social, têm transformado comunidades e inspirado novas histórias de vida.
O encontro proporcionou a troca de experiências, conhecimentos e estratégias para fortalecer projetos voltados à transformação de realidades e incentivar outras mulheres e comunidades, com a apresentação da Banda Marcial Dois de Julho, a mesa de diálogo “Fábrica Cultural – 20 anos impactando vidas” e o espetáculo do grupo As Ganhadeiras de Itapuã.
A Fábrica Cultural, fundada em 2004, é reconhecida por gerar impacto social por meio da qualificação profissional e da geração de renda, com base na educação, arte, cultura e sustentabilidade
Homenagem à Mãe Bernadete
No domingo (17), em Simões Filho (BA), a ministra participará de ato em memória da ialorixá e ativista Mãe Bernadete, assassinada há dois anos. As atividades incluem missa, rituais de Candomblé em homenagem a Oxumarê, orixá de Mãe Bernadete, e tributo organizado por movimentos quilombolas e negros.
Saiba mais: Ministra Macaé Evaristo cumpre agendas em prol dos direitos humanos na Bahia
Instalação da primeira placa do Projeto na Bahia
Encerrando a agenda, na segunda-feira (18), será realizada, em Salvador, a cerimônia de instalação da primeira placa do Projeto de Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil no estado da Bahia, que concentrará 25 das 100 placas previstas em todo o território nacional.
O projeto teve seu lançamento nacional em 2023, no Rio de Janeiro, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), com a instalação da placa do Cais do Valongo, e recebeu a segunda placa em novembro de 2024, na Serra da Barriga, no Quilombo dos Palmares (AL).
A iniciativa é promovida pelo MDHC em parceria com os Ministérios da Igualdade Racial, da Cultura e da Educação, além da UNESCO e da Petrobras. A ação faz parte da estratégia do MDHC de fortalecer políticas de preservação da memória e combater o apagamento histórico. A solenidade contará com representantes dos ministérios envolvidos, integrantes do Grupo de Trabalho da Bahia, como o IPHAN, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) da Bahia e a Fundação Gregório de Mattos (FGM), além de representantes de lugares de memória e de movimentos sociais.
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Texto: E.G.
Edição: G.O
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