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Em São Paulo, Symmy Larrat apresenta ações do governo federal para a inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho
A secretária apresentou os programas Empodera+, Acolher+ e Bem Viver+ (Foto: Livres e Iguais/ONU)
A secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, apresentou, nesta quarta-feira (9), em São Paulo, as ações do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) voltadas à geração de renda para a população LGBTQIA+, por meio do trabalho digno. A representante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) explicou que o governo federal possui atualmente três programas: o Empodera+, de concessão de bolsas de estudo para a formação e inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho; o Acolher+, de investimento em casas de acolhimento da sociedade civil para esta população; e o Bem Viver+, Programa Nacional de Enfrentamento à Violência e de Promoção de Direitos Humanos nos territórios do Campo, das Águas e das Florestas.
Para aproximar a classe empresarial e aumentar a empregabilidade das pessoas LGBTQIA+, o MDHC criou o Comitê de Oportunidade Econômica por meio do Programa Empodera+, que convida a iniciativa privada a aderir à estratégia nacional de trabalho digno, como explica a secretária. “A gente reconhece as experiências exitosas e recebe de volta oportunidades. Pode ser uma mentoria, uma oficina de empregabilidade e até mesmo uma vaga de emprego”, afirmou ao citar como exemplo a parceria firmada com empresas terceirizadas do Banco do Brasil.
Combate à violência
A ação passa pelo enfrentamento à violência, uma vez que parcela significativa dessa população é vítima de violações que, muitas vezes, começam pela rejeição da própria família. “Quando a gente não enfrenta a violência, a gente produz a violência. O mesmo vale para a gestão pública: quando ela não produz dados, ela está produzindo invisibilidade e jogando o problema para baixo do tapete. Ou seja, está produzindo violência”, ressaltou Symmy Larrat.
Troca de experiências
A mesa de debates foi composta por representantes de empresas, governos e organizações da sociedade civil. O evento foi organizado pela ONU Direitos Humanos em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat). A iniciativa integra a campanha “Livres & Iguais”, encabeçado pela ONU.
Assista a íntegra da mesa de debates
Iniciativa privada
A contratação de pessoas trans e o patrocínio da Parada LGBTQIA+ de São Paulo estão entre as iniciativas da Natura. Desde 2020, 30% dos cargos gerenciais da empresa são ocupados por pessoas de grupos subrepresentados. “Nós entendemos o valor da nossa marca e o quanto apoiar determinadas causas pode ajudar a alavancá-las”, afirmou a diretora de Diversidade, Equidade e Inclusão para a América Latina da Natura, Aline Lima.
O diretor executivo do Instituto Matrizes, organização dedicada à pesquisa e educação em equidade, diversidade, inclusão e direitos humanos, Lucas Bulgarelli, que participou do evento, afirmou que as empresas podem atuar como “âncoras”, aprofundando políticas de diversidade. “As empresas foram entendendo que o tema LGBTQIA+ poderia ser inserido na cadeia de valor das empresas”, destacou.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Matizes citada no evento apontou que empresas comandadas por pessoas LGBTQIA+ contratam mais pessoas do mesmo grupo populacional. “Isso é uma evidência para que, quando as empresas forem investir na cadeia de valor LGBTQIA+, saibam que elas vão estar impactando a empregabilidade dessa parcela da população”, enfatizou Bulgarelli.
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Texto: D.V.
Edição: L.M.
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