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Especialistas debatem mecanismos de coordenação e planejamento para eliminação da violência contra a Infância
A Política para Jovens e as principais leis de proteção para crianças e adolescentes, entre elas a Lei da Infância e a Lei da Adolescência foram tema de discussão no 21º Congresso Pan-Americano da Criança e do Adolescente, que acontece desde a quarta-feira (10), em Brasília, com 26 Estados-membros da Organização dos Estados Interamericanos (OEA).
As responsabilidades dos pais em proporcionar um ambiente protetor e do encaminhamento para a escola de crianças e adolescentes até os 16 anos, a conscientização do público em geral e em programas de lideranças de jovens foram destacados no debate, que também expôs que a política não trata apenas da violência sexual e da escassez de recursos financeiros e humanos.
Na temática de estabelecer parcerias para proteger as crianças e adolescentes da violência e exploração sexual, a canadense Kathleen Flynn Dapaah comentou que o país trabalha para garantir que as crianças de todas as idades possam crescer para se tornar adultos saudáveis e produtivos.
“As prioridades mais importantes para o Canadá em termos de desenvolvimento são a saúde materna, neonatal e infantil. Graças aos nossos esforços, filhos podem receber serviços de imunização, saúde e nutrição que precisam para sobreviver e prosperar desde o nascimento até cinco anos de idade. No entanto, não podemos abandonar passado esse estágio. É por isso que nós trabalhamos com os países em desenvolvimento para estabelecer sistemas de proteção da criança para garantir a segurança e proteção de todas as crianças. Também por isso estamos a melhorar o acesso a serviços básicos, como educação de qualidade e oportunidades que ajudam as crianças e os jovens a se tornarem membros produtivos e positivos da sociedade da aprendizagem".
Representante da Colômbia, Maria Teresa Pinzon, falou sobre o Programa Nacional de Crianças e Adolescentes com Oportunidades, criado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em resposta aos compromissos firmados voluntariamente pelo país contra a aceitação da Resolução 1612/2005 do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre conflitos na infância.
Entre os critérios prioritários do governo colombiano, foram destacados que os municípios selecionados para fazer parte do programa integral são escolhidos a partir da análise do índice de desempenho integral do município segundo o Departamento Nacional de Planejamento (DNP), da segmentação realizada pela Comissão Intersetorial de Prevenção do Recrutamento, da utilização e da violência sexual contra as crianças e adolescentes por grupos à margem da lei e grupos criminosos organizados e dos índice das necessidades básicas do município, segundo o Departamento Nacional Administrativo de Estatística (DANE).
Os efeitos da violência nos jovens também fizeram parte do tema de discussão na mesa. Foram relatados os emocionais, que provocam sentimentos de culpa, vergonha, medo, confusão, raiva, depressão, luto e a responsabilidade em assumir papeis que não os correspondem; os comportamentais, que provocam fobia escolar, comportamento agressivo ou muito passivo, defesas rígidas e excessiva atenção de demandas; os físicos, que trazem à tona problemas somáticos, nervosismo, cansaço, doença frequente, falta de higiene pessoal, de regressão, a falta de reação à dor; sociais, com isolamento, sem relações duradouras, dificuldade de confiar nos outros e de resolver conflitos, fora de casa; e cognitivos, fazendo com que as crianças e adolescentes se sintam responsáveis, acusando os outros, atacando os outros para conseguir o que quer, com expressamentos de raiva ou de poder e baixa autoestima.
Assessoria de Comunicação Social
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