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Saúde e educação são as principais reivindicações de crianças e adolescentes indígenas
Crianças e adolescentes Guarani Kaiowás apresentaram nesta terça-feira (22), à ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), uma série de reivindicações. Os adolescentes participaram do 1º Fórum Direitos e Cidadania na Visão das Crianças e Adolescentes Guarani Kaiowá, que ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Os garotos e garotas indígenas, que residem no Mato Grosso do Sul, reclamaram da falta de infraestrutura básica nas comunidades de Panambizinho, Te’ýikue, Kurusu Ambá e Rekopave. Foram várias as demandas apresentadas, dentre elas, destaca-se a reivindicação do adolescente Oseas Martins, de 16 anos, que reclamou da falta de escolas e postos de saúde dentro das aldeias. Essa medida, segundo o jovem, evitaria o deslocamento das comunidades para outros localidades. Outra pauta bastante demandada durante o evento foi a questão da demarcação das terras indígenas, que tem motivado grandes conflitos entre fazendeiros e comunidades indígenas em vários estados brasileiros.
Após ouvir vários dos meninos e meninas presentes, a ministra reafirmou o compromisso do governo federal com as populações indígenas e reconheceu a importância das demandas. “A gente veio aqui receber as propostas, ouvir o que vocês têm a dizer e buscar resolver as questões que vocês colocam”, afirmou.
A ministra afirmou ainda que vai propor uma parceria com o Ministério da Educação (MEC) para fazer um mapeamento das aldeias que não possuem escolas. Ela ainda lembrou o caso do menino Denílson Barbosa, 15 anos, morto por funcionários de um fazendeiro por pescar em uma propriedade. A ministra também pediu paz e entendimento para assegurar a demarcação das terras. “Se os adultos não conseguem conversar e resolver, as crianças podem nos ensinar”.
Assessoria de Comunicação Social