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Ministra participará de missa em homenagem a Alexandre Vannuchi Leme
Os 40 anos da morte de Alexandre Vannuchi Leme, estudante de geologia da Universidade de São Paulo (USP), serão lembrados na próxima sexta-feira (15), com uma série de atividades na capital paulista. Vannuchi morreu em 1973, depois de ser preso pelos órgãos de repressão da Ditadura Militar.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), já confirmou presença na celebração religiosa em homenagem ao estudante. A missa acontecerá às 18 horas, na Catedral da Sé, em São Paulo (SP). O bispo emérito Angélico Sândalo Bernardino será o celebrante.
Além disso, a Comissão de Anistia, ligada ao Ministério da Justiça (MJ), anunciou que fará um julgamento simbólico no Instituto de Geociências da USP, ao meio-dia. Nesse ato, Vannuchi receberá perdão político, significando que o Estado brasileiro admitirá a perseguição ao jovem e pedirá desculpas oficialmente. Ou seja, ele deixará de ser considerado “terrorista” e passará à condição de “anistiado político”.
No mesmo evento, a família do jornalista Vladimir Herzog receberá o atestado de óbito retificado, constando que a morte foi ocasionada por “lesões e maus tratos sofridos nas dependências do 2º Exército de São Paulo”, em 1975.
Biografia - Filho de José de Oliveira Leme e Egle Maria Vanucchi Leme e primo do ex-ministro-chefe dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, Alexandre nasceu em Sorocaba, interior de São Paulo, no dia 5 de outubro de 1950. Militante da ALN, ele foi preso por agentes do DOI/CODI-SP em 16 de março de 1973, quando cursava o quarto ano do curso de geologia. Vítima de tortura, faleceu no dia 17 de março de 1973. Pelos documentos da época, a causa da morte teria sido um atropelamento na Rua Bresser, após tentativa de fuga. Atualmente, Alexandre Vannuchi Leme dá nome ao Diretório Central de Estudantes (DCE) da USP.
Assessoria de Comunicação Social