24/01/14 – O mercado de trabalho continua bem

A mídia tem discutido a nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o emprego, com a divulgação dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Essa análise, que substituirá a Pesquisa Mensal de Empregos (PME) e a própria PNAD anual no fim de 2014, representa um enorme esforço do governo brasileiro, por intermédio do IBGE, para disponibilizar melhores informações à população sobre o emprego e as condições de vida no país.

Os números divulgados pelo IBGE cobrem os quatro trimestres de 2012 e os dois primeiros de 2013. Eles mostram que o mercado de trabalho no Brasil mantém-se aquecido. A novidade é que o aumento do emprego anda num passo mais lento, o que pode ser verificado pela taxa de desemprego de 7,4% no referido período.

O que apontam esses números quando desmembrados? Percebe-se mais uma vez que as maiores taxas de desemprego referem-se a Nordeste e Norte, que apresentam uma composição econômica mais concentrada em agropecuária e serviços. Historicamente, essas regiões sempre apresentaram índices de desemprego mais altos do que Sul e Sudeste, que possuem uma estrutura mais industrializada em relação às demais regiões brasileiras. No Nordeste, o índice foi de 10% e, no Sul, de 4,3%.

O desequilíbrio também aparece quando se abrem os índices por sexo e idade. As taxas de desemprego são diferentes entre os dois sexos: a feminina foi de 9,3% e a masculina, de 6%. Isto tampouco é novidade. As mulheres e os homens não têm uma atuação semelhante no mercado de trabalho. Gravidez, parto, aleitamento e cuidado das crianças e doentes fazem com que as mulheres entrem e saiam da vida profissional com mais frequência. Paralelamente, os homens ainda têm o reconhecimento social de que são eles os provedores da família, enquanto as mulheres ficam em casa.

Uma boa notícia é que a PNAD Contínua mostra o progresso do mercado de trabalho desde o primeiro governo Lula. A formalização das relações trabalhistas, ou seja, o emprego com carteira assinada, continua crescendo. Em contrapartida, o índice de pessoas no mercado informal continua diminuindo, contribuindo para a consolidação de uma sociedade menos desigual.

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
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