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22/03 - SPM sensibiliza Curitiba para reforçar serviços públicos de enfrentamento à violência contra as mulheres
Integração da segurança pública, justiça, saúde e assistência social e estímulo a emprego e renda são estratégias para fortalecer o enfrentamento à violência de gênero
Mais de 400 pessoas acompanharam a apresentação do programa “Mulher, Viver sem Violência”, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), na manhã desta sexta-feira (22/03), em Curitiba. Lideranças comunitárias; movimentos de mulheres; e servidoras e servidores municipais da segurança pública, do Judiciário e do Ministério Público acompanharam a palestra sobre violência e autonomia das mulheres proferida pelas secretárias nacionais de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, e de Avaliação de Políticas de Autonomia Econômica das Mulheres, Tatau Godinho, ambas da SPM, no Seminário Municipal para o Enfrentamento da Violência contra as Mulheres em Curitiba.
“A violência contra as mulheres não é um caso só da mulher. É de toda a sociedade. E as servidoras, servidores e serviços especializados devem oferecer uma boa acolhida e atendimento às vítimas da violência doméstica, ajudando-as a se fortalecerem novamente”, apontou a secretária nacional Aparecida Gonçalves.
Ressaltou que, em geral, a violência não é denunciada aos órgãos públicos competentes na primeira agressão. “As ligações feitas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 comprovam que, quando ela decide denunciar, já vem sofrendo violências há muito tempo e de forma cotidiana. Por isso, é importante que os servidores saibam ouvi-la e acreditar no que ela está dizendo. Quando uma mulher diz que seu marido, companheiro ou ex vai matá-la, ela não está mentindo. E, sem o atendimento e encaminhamentos necessários, ela será assassinada”, enfatizou a secretária Aparecida.
A resposta do poder público para o rompimento do ciclo da violência de gênero passa pelo incentivo a oportunidades de trabalho, emprego e renda. “A autonomia econômica das mulheres, além da acolhida e encaminhamento, também é importante para que elas saiam da situação de violência e se tornem sujeitos da sua vida”, afirmou a secretária nacional Tatau Godinho.
Em sua exposição, ela frisou que políticas e ações específicas devem ser formuladas para que as mulheres sejam sujeitos integrais e não vivam em função apenas do outro (pai, marido, namorado, companheiro ou irmãos). Para Tatau, a divisão dos cuidados familiares a creches públicas são indispensáveis para que as mulheres possam trabalhar fora de casa. “E é preciso uma divisão das responsabilidades das ocupações domésticas, com uma distribuição melhor do uso do tempo por homens e mulheres”.
Participaram da cerimônia de abertura do encontro a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves (PT-PR); a presidente da Fundação de Ação Social, Márcia Fruet; a secretária municipal de Mulher, Roseli Isidoro; deputada federal Rosane Ferreira (PV/PR)e das vereadoras professora Josete (PT-PR), Julieta Reis (DEM-PR) e Noêmia Rocha(PMDB-PR). Procurador-geral do Ministério Público do PR, Olympio de Sá Sotto Mayor, juíza Luciane Bortolleto, do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar.
O seminário é organizado pela Secretaria Municipal da Mulher, pelo Instituto Municipal de Administração Pública e pela Câmara Municipal da Curitiba.
Secretaria de Políticas para as
Mulheres
– SPM
Presidência da República – PR
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