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10/10 - III Conferência de RO: mulheres reivindicam delegacias de atendimento à mulher por 24 horas
Do dia 9 a 11 de outubro, o estado de Rondônia realizou sua III Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres. Mulheres indígenas, do campo e da floresta, ribeirinhas e urbanas estavam presentes à abertura que ocorreu neste domingo no Rondon Palace Hotel, em Porto Velho, e contou com a participação da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, dos secretários de estado, deputados, vereadores, movimento social, delegadas de 52 municípios e outras autoridades.
Em pauta: discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, cultural e política das mulheres, contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para o exercício da cidadania das mulheres no Brasil. As propostas elaboradas seguirão a temática: autonomia e erradicação da pobreza a partir de suas perspectivas e realidades locais; e criação de uma plataforma de políticas para mulheres no âmbito municipal e estadual.
Em seu discurso, a ministra Iriny Lopes revelou o prazer de estar no estado e disse que a conferência é um espaço democrático. "Aqui, temos a oportunidade de fortalecer as políticas públicas. Ainda não há igualdade entre homens e mulheres no país. E essa é nossa bandeira central", declarou entusiasmada, arrancando aplausos da plateia e mesa. Iriny lembrou que nesse processo cada um tem o seu papel: o governo, os estados, os municípios, o Poder Judiciário e o movimento social.
Para ela, é necessário reafirmar algumas questões nessa conferência, como: igualdade entre homens e mulheres e combater toda forma de discriminação. A ministra lembrou que devemos respeitar todas as crenças e religiões, mas que o Estado é laico e, por isso, as políticas são para todos.Também disse que "as mulheres querem que todos os municípios do país tenham organismos de políticas para as mulheres" .
Durante seu discurso, a ministra revelou que as mulheres são a maioria da população, que têm o maior tempo de estudo do que os homens. "No entanto, não ganham os mesmos salários, quando desempenham as mesmas funções e não ocupam os mesmos espaços de poder e de decisão. Por isso, queremos mulheres gestoras, donas dos seus próprios negócios", revelou.
Ao final, as mulheres rondonienses reivindicaram delegacias de atendimento à mulher que funcionem 24 horas. Rondônia têm sete delegacias especializadas, mas nenhuma funciona o dia todo.