13/10 – Mulheres de 35 municípios participam da 3ª Conferência do Piauí

 Auditório lotado de mulheres. Foi assim que começou a 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Piauí, na manhã desta terça-feira, 11, no auditório Luís Pires, no Atlantic City, em Teresina. O evento contou com a participação da ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM); da primeira-dama e secretária estadual de Saúde, Lilian Martins, que na ocasião representava o governador, Wilson Martins; da presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Maria da Cruz Reis; do secretário estadual de Assistência Social (Sasc), Francisco Guedes, e da diretora de Políticas para as Mulheres da Sasc, Sônia Terra. O primeiro dia da Conferência também contou com a presença de parlamentares, secretários de governo, representantes de movimentos sociais e participantes de todo o Estado. A conferência acabou nesta quarta-feira, 12.

Os principais debates foram a elaboração de políticas públicas para a construção da igualdade, na perspectiva de fortalecer a autonomia econômica, cultural e política das mulheres, contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para o exercício da cidadania das mulheres piauienses

AUTONOMIA – Com a palestra Construindo a Igualdade de Gênero e Fortalecendo a Autonomia das Mulheres, a ministra Iriny Lopes disse que é de suma importância que as mulheres tenham autonomia econômica e financeira. "Isso faz parte do desenvolvimento do país", disse a ministra. 

Iriny também informou aos participantes que a SPM está desenvolvendo um programa com esse foco. A ministra falou sobre os índices de pobreza e miséria que afetam o Brasil, a ocupação de mais espaço de poder e de decisão e a violência doméstica contra as mulheres. 

"As vítimas de violência precisam denunciar, não podem ficar caladas. Temos que acabar com esse mal que acomete milhares de mulheres no mundo todo. A impunidade para esses casos tem de acabar", destacou a ministra.

GARANTIA – Segundo a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Maria da Cruz Reis, o estado conta com pessoas importantes para o movimento na Diretoria de Política para as Mulheres, "Queremos reconhecer a atuação da diretoria de políticas para mulheres na Secretaria da Assistência Social, contudo, essa política não pode se pautar apenas no assistencialismo. É necessário que o governo garanta mais autonomia financeira e administrativa para a Diretoria e melhore as condições de atuação nesse campo", declarou.

O secretário Estadual de Assistência Social, Francisco Guedes, fez referência às mulheres que antecederam a luta pelos direitos da mulher no Brasil, como a ex-deputada Francisca Trindade e Margarida Alves, sindicalista e trabalhadora rural assassinada em 1983.

"Precisamos reconhecer a atuação do governo da presidenta Dilma, mas reafirmamos a importância desta conferência, como espaço de discussão para buscar avanços nas ações de políticas públicas para as mulheres. Sabemos que muito há para ser realizado, mas precisamos avançar, até para fazer justiça com aquelas que nos antecederam, que nos desculpe o autor, mas preferimos as ‘margaridas’ às ‘amélias.", lembrou, fazendo referência à música “Saudade de Amélia”, do compositor Ataulfo Alves.

A diretora de Políticas para as Mulheres da Sasc, Sônia Terra, declarou que quase duas mil mulheres estiveram envolvidas na conferência e 35 municípios participantes.