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30/09 – Empresas da 4ª Edição do Pró-Equidade se reúnem em Brasília
Com o objetivo promover a troca de informações, conhecimentos e ideias, representantes, das 95 organizações participantes da 4ª Edição do Programa Pró-Equidade, participaram da 1ª Oficina Técnico-Pedagógica, dias 26 e 27, no Hotel Brasília Imperial, Brasília (DF).
Eunice Lea de Moraes, coordenadora da Área do Trabalho da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), afirmou que os resultados alcançados foram positivos e atingiram os objetivos colocados.
“Os debates e a troca de experiências foram importantes para difundir ainda mais as práticas e ações construídas coletivamente entre a SPM e as organizações que já participam do programa. A socialização com os representantes das instituições que aderiram ao Pró-Equidade nesta 4ª edição propiciou a eles entender melhor o funcionamento de todo o processo para executar as ações em suas organizações” avaliou.
CRESCIMENTO – O número de organizações que participam do programa cresce a cada edição, na primeira houve 16 adesões e 11 instituições receberam o Selo do Pró- Equidade.
Na segunda edição, 63 instituições assinaram o termo de compromisso e 23 cumpriram os requisitos necessários para obter o Selo. A terceira edição contou com a adesão de 84 empresas e instituições, destas 58 foram agraciadas com o Selo.
Participam da desta 4ª Edição 95 instituições, 81 públicas e 14 privadas. De acordo com Eunice Léa, a expectativa é aumentar para 250 o número de adesões na próxima edição (2013/2015).
PRÓ-EQUIDADE - As ações do programa acontecem no intervalo de dois anos. Durante esse período, é definido um prazo para a organização fazer a adesão voluntária, encaminhar à SPM a ficha com o perfil e o plano de ação da instituição e assinar o termo de compromisso.
As organizações têm um ano para executar as metas previstas no de plano de ação. No decorrer da execução, o comitê técnico operacional visita e avalia os resultados alcançados e emite o parecer pela concessão ou não do Selo Pró-Equidade.
SELO – A adesão ao programa é voluntária e, ao fim de seu período de execução é concedido o Selo Pró-Equidade de Gênero para as organizações que cumpriram as metas do plano de ação pactuado com o programa.
O selo é um atributo que distingue a organização que o porta, como uma organização engajada no combate à discriminação e a busca pela equidade de gênero no mundo do trabalho.
RESULTADOS – Incentivadas pelo Ministério de Minas e Energia, a Eletrosul Centrais Elétricas S.A aderiu ao Pró-Equidade ainda na primeira edição, com objetivo reduzir as desigualdades de gênero nas empresas setor elétrico.
Segundo Laura Maria, coordenadora do Programa de Equidade, por meio de capacitação e treinamento aumentou em 21% a participação das mulheres nos cargos de chefia.
A empresa também já instituiu o uniforme diferenciado para as funcionárias, instalou a sala de amamentação para as mães e permitiu a adesão do companheiro/a do mesmo sexo como dependente plano de saúde.
EQUIDADE – A Prefeitura Municipal de Quixadá (CE) já participa do programa desde a segunda edição. Para Sheila Gonçalves, coordenadora Municipal de Políticas para as Mulheres, o principal resultado foi a criação da primeira Lei de Equidade de Gênero no país.
A lei estabeleceu uma série de políticas afirmativas já em execução para o servidor público local. Entre as ações se encontra a adoção da linguagem de gênero na realização do concurso público para não haver desvio de função entre homem e mulher; a redução da jornada de trabalho de duas horas para as famílias que possuem filho portador de necessidade especial; a concessão da licença maternidade de seis meses para as servidoras; e a garantia para os pais acompanhar os filhos nas consultas de saúde.
NOVAS ADESÕES – O gerente de Relações Institucionais do Walmart, Arilton Sousa, disse que a empresa aderiu ao programa, pela primeira vez, com o intuito de somar e multiplicar as ações de gênero que o grupo já vem implementando desde 2008.
Arilton Sousa falou que o Walmart foi uma das primeiras empresas privadas a conceder a licença maternidade de seis meses para as empregadas e criou o Conselho Local da Mulher em 2008.
No primeiro semestre deste ano, o Walmart fez um workshop para discutir e diagnosticar a participação feminina na economia brasileira. Em julho, a SPM e a empresa assinaram um termo de parceria para contratação de mulheres na área da construção civil.
“Há 15 dias, a empresa lançou uma iniciativa mundial pelo empoderamento econômico das mulheres. Nos próximos cinco anos, iremos comprar e desenvolver mais negócios com mulheres, capacitar e treinar as mulheres dentro da nossa cadeia varejo e apoiar as organizações sociais voltadas para as mulheres”, informou Arilton Sousa.
PRIMEIRA VEZ – Segundo a coordenadora do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do grupo Par Corretora de Seguros S.A (FPC), Verônica Sousa, a instituição participa pela primeira vez do programa com vista a mudar a atual disparidade entre homens e mulheres nos quadros funcionais.
De acordo com Verônica, a organização tem aproximadamente mil funcionários distribuídos em todo o país. Desse total, as mulheres representam 80% dos funcionários, mas só uma ocupa um dos 20 cargos de direção e gerência do grupo.
“Vim em busca de conhecimento para saber como implantar na empresa medidas que diminuam as diferenças culturais entre os homens e mulheres em nossa organização”, afirmou.