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Ministra aborda questões de gênero com diplomatas
A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), falou, nesta segunda-feira (9/5), para 130 diplomatas durante o LX Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas (CAD), realizado pelo Instituto Rio Branco. Na sua palestra, Iriny discursou sobre as principais ações da SPM, as conquistas das mulheres como o direito ao voto e a Lei do Divórcio, a Lei Maria da Penha e tratados e convenções que o Brasil é signatário nas questões de gênero.
Ao traçar uma linha histórica, Iriny lembrou à platéia que apesar de “a Constituição Federal garantir, em seu artigo 5º, a igualdade entre homens e mulheres, e de as mulheres terem conquistado muitos direitos, o país ainda precisar avançar”. “Temos que recuperar o tempo onde houve ausência do Estado para que ocorra uma nova postura social. É preciso modificar a cultura e a sociedade para que haja uma democracia plena, sem distinção”, disse.
Segundo Iriny, apesar de o país ter elegido uma mulher para a Presidência da República, não foi o suficiente para garantir o aumento de mulheres no Parlamento. Dos 513 deputados da Câmara dos Deputados, somente 44 são mulheres. O que corresponde a 8,6%. No Senado, são 13 mulheres de 81. Isso equivale a 16%. “Nas Assembléias e Câmaras Legislativas, a situação é ainda pior. Têm lugares que não existem mulheres”, informou.
Ao final, a ministra respondeu perguntas dos diplomatas sobre a Lei Maria da Penha, reforma eleitoral, violência doméstica, entre outras.
CAD
O projeto faz parte do sistema de treinamento e qualificação na carreira e tem como objetivo aprofundar e atualizar os conhecimentos das principais políticas desenvolvidas pelo governo brasileiro. O curso vai até o dia 20 de maio. É estruturado em duas fases. A primeira, é dividida em conferências com temas sobre a política externa brasileira, proferidas por chefes de Divisão do Ministério das Relações Exteriores, professores universitários e especialistas que abordam tópicos da atualidade política e econômica brasileira. Na segunda, diplomatas participantes prestam exames em matérias de política, economia e direito público internacional. A posse do diploma do CAD é requisito necessário para a progressão funcional.