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Ministra destaca importância da mão de obra feminina
“A erradicação da pobreza passa por adoção de políticas públicas para mulheres, a criação de condições para a inserção no mercado de trabalho e redução das desigualdades de gênero”, afirmou a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, a uma platéia de mais de 200 trabalhadoras da construção civil em Vitória (ES). A palestra de sexta-feira (11/03) fez parte de um evento do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo (Sintraconst-ES) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.
A ministra destacou a importância da qualificação das mulheres e disse que apesar de terem em média mais tempo de estudo que os homens, elas ganham 40% menos que os homens em função idêntica. Iriny lembrou que as mulheres estão cada vez mais entrando num mercado considerado masculino, como a construção civil, e acredita que é preciso um esforço político para convencer a iniciativa privada a contratar mais mulheres e com salários idênticos aos dos homens. Para Iriny Lopes, as obras do PAC, da Copa 2014 e das Olimpíadas deveriam representar uma mudança, de abertura de mais postos de trabalho para mão de obra feminina. A SPM mantém, em parceria com outras instituições, o curso Mulheres construindo Autonomia na Construção Civil. O convenio envolve os governos federal, estaduais e municipais para qualificação de mão de obra.
“O governo federal traçou uma série de ações que buscam dar acesso e oportunidade às mulheres no mundo do trabalho. Somente neste ano, vamos ter mais de duas mil creches. Estamos dialogando com estados e municípios para ampliação de escolas em horário integral, de restaurantes e cozinhas populares, de oferta de cursos de qualificação na construção civil e em outras áreas. A articulação também inclui instituições financeiras públicas, para oferta de crédito com juros diferenciados para mulher empreendedora”, anunciou a ministra.
Segundo Iriny Lopes, além da erradicação da miséria, a SPM quer avançar no enfrentamento à violência contra a mulher. “Estamos conversando com integrantes dos governos estaduais e municipais, do Ministério Público e do Judiciário para demonstrar a importância da Lei Maria da Penha, considerada uma das três melhores do mundo nesta área e conhecida por mais de 60% da população brasileira. Mesmo os homens entrevistados acreditam na legislação e defendem o fim das agressões às mulheres. Acreditamos na sensibilidade do Judiciário para ouvir os anseios da sociedade”, destacou a ministra.