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SPM recebe pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas
O documento contém 107 itens que abordam as necessidades das mulheres trabalhadoras rurais
Soberania e segurança alimentar e nutricional; terra, água e agroecologia: pela democratização dos recursos naturais; trabalho, renda e economia solidária; garantia de emprego e melhores condições de vida e de trabalho; política de valorização do salário mínimo; defesa da saúde pública e educação no campo; e combate à violência sexista. Esses são os temas-síntese da pauta de reivindicações entregue pela Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag ao ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República, no último dia 25, no Palácio do Planalto.
Cópias do documento foram compartilhadas pela coordenadora da Marcha das Margaridas, Carmen Foro, aos presentes à reunião: ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, secretária de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro; e, representando a ministra Nilcéa Freire, da SPM, – que nesse dia era sabatinada pelos peritos do Comitê Cedaw, em Nova York – , estava a chefe de
gabinete, Elisabete Matar.
A terceira edição da Marcha das Margaridas será nos dias 21 e 22 de agosto, com expectativa de reunir, em Brasília, 50 mil mulheres trabalhadoras rurais vindas de todos os cantos do País. “Vamos construir a Marcha 2007 debatendo nossa realidade, necessidades e anseios nas comunidades e municípios. Vamos construir e consolidar parcerias e traduzir nossos problemas em propostas de mudanças para uma vida digna no campo, resumiu Carmen Foro.
A programação inclui debates sobre questões como “Mulher, política, poder e democracia e também “Enfrentamento e combate à violência contra as mulheres. As mesas ocorrerão no dia 21, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, onde haverá ainda a Feira Solidária das Margaridas, com exposição e venda de produtos do campo.
A primeira Marcha foi realizada em 2.000, reunindo 20 mil mulheres; e a segunda, em 2003, somou 40 mil pessoas. O nome é em homenagem à sindicalista Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada em 1983. Na véspera de sua morte, ela participou de um evento, no qual denunciou as ameaças recebidas – gravadas em fita cassete – e emendou que preferia morrer lutando a morrer de fome.
A seguir, a programação da Marcha das Margaridas “2007 Razões para Marchar:
Dia 21 (Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade)
10h – Ato de abertura da Marcha das Margaridas e inauguração da Feira Solidária das Margaridas
15h às 18h – Mesas de debates: democratização dos recursos naturais: terra, água e agroecologia; mulher, política, poder e democracia; enfrentamento e combate à violência contra as mulheres; previdência social; desenvolvimento, distribuição de renda, valorização do salário mínimo e do trabalho
Noite: atividades culturais
Dia 22
7h30 – Caminhada “Margaridas em Marcha à Esplanada dos Ministérios
9h30 às 12h30 – Ato das Margaridas na Esplanada dos Ministérios
12h30 – Retorno ao Parque da Cidade
15h – Ato de encerramento
16h – Retorno das delegações aos estados de origem