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INDICADORES E EVIDÊNCIAS
MDHC realiza 9º Webinário da ReneDH sobre aprendizados de iniciativa em justiça racial do Instituto Aurora
(Foto: Instituto Aurora/Divulgação)
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Coordenação-Geral de Indicadores e Evidências em Direitos Humanos (CGIE), realizou o 9º Webinário da Rede Nacional de Evidências em Direitos Humanos (ReneDH) nesta quarta-feira (19). O encontro apresentou os principais achados do projeto “Diálogos Inter-Raciais: aprendizados do projeto do Instituto Aurora na formação para a justiça racial”, desenvolvido pelo Instituto Aurora, instituição-membro da Rede.
A pesquisa sistematiza percepções inter-raciais, mudanças de atitudes e impactos pedagógicos observados em ações de formação voltadas à promoção da justiça racial. Ao longo de quatro anos, a iniciativa destacou caminhos educacionais e institucionais para o fortalecimento de práticas antirracistas baseadas no diálogo, na arte-educação e na construção coletiva. O webinário também integrou as atividades alusivas ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
Em sua fala de abertura, o coordenador-geral de Indicadores e Evidências em Direitos Humanos do MDHC, Pedro de Lemos, destacou o papel estrutural da rede e a relevância do ciclo de debates que vem sendo realizado. "São apresentações de experiências, iniciativas de produção de evidências que têm o potencial de estimular a produção de políticas públicas, a melhoria de políticas públicas e aprimorar, da parte do MDHC, a capacidade de tomar decisões cada vez melhores”, ressaltou.
Ao comentar a articulação entre academia, sociedade civil e governo, Pedro acrescentou: “A gente sempre tem buscado convidar, além das instituições parceiras, alguma área técnica do Ministério para fazer essa ponte entre a produção e o consumo das evidências.”
Metodologia e trajetória do projeto Diálogos Inter-Raciais
A consultora de Práticas Educacionais e Pedagógicas do Instituto Aurora, Thais Bonato, apresentou os resultados acumulados do projeto que, desde 2020, atua com rodas de conversa e recursos de arte-educação para promover reflexões inter-raciais. “Desde então, temos promovido rodas de conversas sobre identidade, ancestralidade, branquitude e racismo estrutural, fundamentados em metodologias que colocam a relação e o afeto no centro”, explicou, ao detalhar as bases teóricas que orientam o trabalho.
A consultora destacou, ainda, os quatro pilares que sustentam as atividades pedagógicas: escuta ativa, uso de arte-educação, validação de experiências e produção de materiais complementares. “Esses elementos estruturam todo o percurso pedagógico do projeto e ajudam a garantir que ele seja, ao mesmo tempo, um espaço seguro, crítico e transformador”, disse.
Diálogo, raça e democracia
A assessora especial de Participação Social e Diversidade do MDHC, Anna Karla Pereira, ressaltou a centralidade do debate racial na construção de políticas públicas e na defesa da democracia. “Quando falamos de direitos humanos no Brasil, ele também necessita desse recorte de raça, de gênero, de território, para além do que se promove a partir da construção da própria Declaração Universal de Direitos Humanos. Pensar quem é considerado humano a partir da lógica que vivenciamos historicamente é fundamental”, afirmou.
Ao comentar a relevância do projeto apresentado, ela complementou. “A necessidade de se falar de democracia a partir de trabalhos como o que o Instituto Aurora desenvolve é essencial para o fortalecimento desse processo democrático. Falar de democracia a partir de um lugar que não reconhece sujeitos do seu próprio país não me parece uma boa decisão, nem histórica, nem social e nem política”, destacou.
ReneDH
Instituída pela Portaria nº 762, de 7 de dezembro de 2023, a Rede Nacional de Evidências em Direitos Humanos (ReneDH) é um espaço de articulação e produção de informações estratégicas para subsidiar políticas públicas no campo dos direitos humanos e da cidadania.
A rede ultrapassou, neste mês de novembro, a marca de 100 instituições participantes e desenvolve suas ações por meio de grupos de trabalho temáticos. Desde 2024, realiza uma série de webinários que compartilham experiências, pesquisas e práticas voltadas à promoção e defesa dos direitos humanos no Brasil.
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Texto: E.G.
Edição: F.T.
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