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AQUI É BRASIL
MDHC coordena acolhida de 90 brasileiros repatriados dos Estados Unidos em Confins (MG)
(Foto: João Macedo/MDHC)
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) coordenou, neste domingo (14), a ação de acolhimento a mais um voo com brasileiros repatriados dos Estados Unidos. Ao todo, 90 pessoas retornaram ao país na operação de deportação realizada pelo governo norte-americano, com recepção humanizada organizada pelo Governo do Brasil no âmbito do programa Aqui é Brasil, lançado em agosto deste ano para garantir proteção, dignidade e atendimento integral a cidadãos em situação de repatriação ou deportação.
O voo procedente dos Estados Unidos pousou por volta das 21h no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG). Após a recepção inicial, parte do grupo foi encaminhada para o hotel que abriga a estrutura especial de atendimento, onde os repatriados receberam alimentação, kits de higiene, apoio psicossocial, acompanhamento médico e psicológico, além de orientações e encaminhamentos para o deslocamento às cidades de origem.
Perfil
Do total de repatriados, 12 integravam núcleos familiares, incluindo crianças e adolescentes, enquanto 67 eram homens desacompanhados e 10 mulheres viajaram sozinhas. A operação também registrou um caso de pessoa procurada pela Justiça, que foi encaminhada às autoridades competentes.
Em relação ao perfil por sexo, a maioria dos repatriados era do sexo masculino, totalizando 72 pessoas, o que corresponde a 80% do grupo. As mulheres representaram 20% dos atendidos, somando 18 pessoas. Quanto à faixa etária, observou-se predominância de adultos em idade economicamente ativa: pessoas entre 30 e 39 anos representaram o maior grupo, com 28 repatriados (31%), seguidas por aquelas entre 18 e 29 anos, com 24 pessoas (27%), e entre 40 e 49 anos, com 21 (23%). Também foram registrados 10 repatriados com idades entre 50 e 59 anos (11%). Crianças e adolescentes somaram sete pessoas, distribuídas entre as faixas de 0 a 17 anos. Não houve registro de pessoas com 60 anos ou mais neste voo.
De acordo com o coordenador de projeto da Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas do MDHC, Carlos Ricardo, a operação ocorreu conforme o planejamento e contou com atendimento integrado das equipes envolvidas. “Houve a chegada de uma família com crianças, o que exigiu uma articulação específica envolvendo a Defensoria Pública da União, o Judiciário, o Ministério das Relações Exteriores e a Polícia Federal. Todo esse processo transcorreu bem, garantindo a proteção integral das crianças e da família”, afirmou o porta-voz da operação.
Carlos Ricardo ainda destacou a atuação das equipes de saúde durante a operação. “A equipe estava bem preparada, com equipamentos e profissionais para atender os casos necessários. Quem precisou de atendimento médico foi assistido no local e recebeu as orientações adequadas, inclusive com prescrição de medicamentos quando necessário”, explicou. Ele acrescentou que as famílias também receberam orientações sobre o acesso à rede local de saúde e aos serviços de saúde mental nos municípios de destino, incluindo encaminhamentos para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). “O atendimento seguiu exatamente como planejado no programa Aqui é Brasil, garantindo acolhimento, orientação e proteção”, concluiu.
Ação interministerial
O programa Aqui é Brasil é coordenado pelo MDHC em parceria com os ministérios das Relações Exteriores (MRE), do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), da Saúde (MS) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), além de governos estaduais, Polícia Federal (PF), Defensoria Pública da União (DPU), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e organismos internacionais, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A iniciativa busca oferecer não apenas assistência emergencial, mas também acompanhamento contínuo, com foco na proteção da dignidade e dos direitos humanos dos brasileiros atendidos.
Desde o início de 2025, o programa já realizou 35 operações de acolhimento, assegurando o retorno de mais de 2,9 mil brasileiros em situação de vulnerabilidade, majoritariamente provenientes dos Estados Unidos. As operações ocorreram nos meses de janeiro (26); fevereiro (7 e 21); março (15 e 28); abril (11 e 25); maio (9 e 24); junho (7 e 21); julho (2, 4, 18 e 25); agosto (7, 13, 20 e 27, com dois voos); setembro (3, 10, 17 e 24); outubro (1º, 8, 15, 22 e 29); novembro (5, 12, 19 e 27); e dezembro (7 e 14).
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Texto: E.G.
Edição: F.T.
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