Gaispi realiza reunião ordinária e anuncia a constituição da EAF

O presidente do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Moisés Moreira, determinou, em reunião virtual do Grupo nesta quarta-feira (23), à Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) que inicie estudos referentes a orçamentos para a distribuição dos kits para a migração para Banda Ku – as transmissões da TV aberta para parabólicas em radiofrequências da Banda C devem ser substituídas pelas de Banda Ku, o que garantirá a proteção da recepção da TV por satélite contra interferências causadas por transmissões 5G.

Os equipamentos que vão compor os kits ainda estão em discussão no Gaispi e o levantamento de custos de aquisição e distribuição é necessário para a definição dos itens. Além do orçamento, a EAF deve apresentar um cronograma de atividades. Para receber os kits que serão distribuídos pela EAF, há a necessidade de registro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, conforme as regras do Edital de 5G. As transmissões móveis e fixas de sinais em quinta-geração devem ser iniciadas nas capitais brasileiras até julho de 2022, de acordo com o cronograma estabelecido para o País pelo Edital.

O Grupo Técnico do Gaispi de Migração para Banda Ku identificou inicialmente 18 tipos de antenas, 8 de LNBF (conversores do sinal de satélites para TV utilizados em parabólicas) e outros 8 de receptores candidatos a compor os kits. Para a seleção dos equipamentos, são necessários ainda a definição dos satélites para as novas transmissões, se serão apenas um ou dois, além de outras definições técnicas.

Foi também sugerido na reunião, pelo Grupo Técnico de Desocupação do 3,5GHz e Mitigação de Interferência – GT-Desocupação, a realização de uma campanha para atualização cadastral de estações terrenas do Serviço Fixo por Satélite operando na banda C, tanto para correção de dados, como de coordenadas geográficas, e a efetivação de novos registros, principalmente de estações receptoras. Estações receptoras não têm obrigação de cadastramento junto à Agência, mas para ter direito à proteção contra interferência é necessário que a estação de radiodifusão esteja cadastrada. A sugestão ainda está em estudo nos grupos de trabalho do Gaispi.

O Grupo Técnico de Desocupação do 3,5 GHz e Mitigação Interferências considera, com base no cadastro de estações disponível, que somente nas capitais pode ser necessária a instalação de filtros em 1.340 estações terrenas do FSS. Além disso, outras 229 estações que hoje operam na banda C Estendida (faixa de 3625 a 3700 MHz) terão de desocupar a faixa, caso contrário sofrerão interferências causadas pelas transmissões de 5G em 3,5 GHz.

EAF apresenta diretor-geral ao Gaispi

O engenheiro Leandro Guerra foi apresentado como diretor-geral da EAF. A divulgação do nome ocorreu durante a reunião virtual do Gaispi. Guerra recebeu os cumprimentos do presidente do Gaispi que solicitou o encaminhamento dos nomes dos representantes da EAF a serem incorporados aos grupos de trabalho. Guerra está há 35 anos no setor de telecomunicações com passagem pelo Sistema Telebrás e startups de telefonia móvel. Antes da EAF, o engenheiro atuou na TIM.