Abert e Abratel falam sobre Radiodifusão no evento Diálogos

O conselheiro Octavio Penna Pieranti conduziu na sexta-feira, 28/11, no Auditório Nelson Takayanagi, com transmissão online, via Microsoft Teams,  o evento “Diálogos sobre Radiodifusão”, realizado com objetivo fomentar o debate e o aprofundamento de conhecimentos sobre a radiodifusão, trazendo especialistas para discutir desafios, oportunidades e perspectivas do segmento.

"A Anatel tem sido fundamental para o desenvolvimento da radiodifusão no país. Nesses diálogos com o setor, podemos ouvir sobre expectativas e pensar sobre os próximos passos da Agência", comentou o Conselheiro Octavio Penna Pieranti.

Palestraram no evento: Cristiano Lobato Flôres (ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e Samir Nobre Maia (ABRATEL - Associação Brasileira de Radiodifusores Televisivos).

Cristiano explicou que o rádio hoje tem um grande consumo diário de 4h, possui grande credibilidade, e que 30% dos ouvintes escutam rádio no carro, apresentando crescimento no Youtube, streaming e redes sociais, sendo um setor que atrai anunciantes e gera empregos, mas que precisa se tornar multiplataforma. Falou sobre o Chip FM Ativado em aparelhos celulares, informando que a Anatel já homologou 263 aparelhos,  havendo hoje 276 modelos 5G homologados.

Sobre a TV, Cristiano falou que há um grande alcance no país, de 94% dos domicílios,  sendo a mídia mais consumida no Brasil, seguida do Youtube e a TV paga em terceiro lugar. Segundo ele, a TV gera uma receita de R$ 34,9 bilhões e gera 307.600 empregos totais, sendo um importante veículo de comunicação. De acordo com Cristiano, a TV remunera melhor que o rádio, tem um custo grande de produção de conteúdos e depende de anúncios publicitários, que é a principal fonte de renda. Cristiano defendeu a regulamentação das plataformas digitais, por não haver nenhum tipo de responsabilização/moderação, sendo um problema a desinformação e os conteúdos odiosos. Ele comentou sobre as vantagens da TV 3.0, que possibilitará segmentar o público alvo, sendo isso bom para o anunciante, havendo entrega de conteúdo personalizado e ganho competitivo. Por fim, ele falou das assimetrias regulatórias e citou ações tomadas para reduzi-las:  a decisão do STF sobre responsabilização de plataformas digitais, o Eca Digital (Lei 15.211) e o PL de Inteligência Artificial (PL 2338/23).

Samir fez uma retrospectiva da história da televisão, um veículo de confiabilidade e reputabilidade. Segundo ele, o brasileiro passa 5h e 38 min na TV por dia, considerável em tempos de plataformas digitais e streaming. Segundo ele, a TV 3.0 vai proporcionar mobilidade, entrega personalizada e interação. Ele explicou que as vantagens da TV 3.0 não serão apenas de melhor som e imagem, mas sim ser um instrumento de bem estar social e qualidade de vida, levando serviços à população, difundindo informações relevantes, com uso de pop-ups de notícias durante a transmissão linear, uma ferramenta de combate à desinformação e de inclusão.

Para mais informações, acesse as apresentações da Abert e da Abratel. E confira a gravação do evento no canal da Anatel no Youtube: https://www.youtube.com/live/_FXMX0GpzaE