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País precisa garantir atuação dos profissionais de comunicação, diz ministra
“O ataque aos profissionais de comunicação é assunto de Direitos Humanos de modo direto e no sentido mais amplo”, afirmou a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), nesta terça-feira (15), durante a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro.
Rosário apresentou o andamento dos trabalhos do Grupo de Trabalho dos Comunicadores, criado no âmbito do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), para combater a violência contra os profissionais de comunicação. Ela lembrou que o GT foi instituído a partir das circunstâncias das mortes do radialista Valério Luiz, em Goiás, e do jornalista Rodrigo Netto, em Minas Gerais. “Esses casos exemplificam um modo de operação pelo qual um comunicador é atacado”, disse ela referindo-se ao uso de grupos de extermínio utilizados para execução dos crimes.
Segundo a ministra, os comunicadores acabam desequilibrando as relações locais de poder, sendo ameaçados pelos que dominam esses ambientes. “Temos que trabalhar permanentemente contra os grupos de extermínio e contra os que os contratam”, afirmou. Para Rosário, já existe um consenso no Brasil contra qualquer espécie de censura mas, ainda de acordo com ela, é necessário construir essa condição permanentemente, com o objetivo de garantir a livre manifestação dos profissionais de comunicação e da sociedade como um todo.
Por fim, Maria do Rosário ainda defendeu que os casos que envolvam ataques a defensores de Direitos Humanos ou a comunicadores sejam federalizados.
Assessoria de Comunicação Social