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EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
Conselheiro da Anatel destaca, em artigo, que infraestrutura é a base invisível da inclusão e da soberania digital
Em artigo publicado no Correio Braziliense, o conselheiro diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Edson Holanda destacou que a infraestrutura de telecomunicações é a base invisível e indispensável que sustenta todo o ecossistema digital. Segundo ele, sem redes robustas e bem reguladas, não há inclusão digital, economia de dados nem soberania tecnológica.
“Ao contrário do que parece, o futuro não está apenas na nuvem, mas sob o solo, nos cabos, antenas e satélites, onde o presente digital realmente acontece”, escreveu o conselheiro. Plataformas digitais, redes sociais, serviços de streaming, e-commerces, aplicativos bancários, telemedicina e inteligência artificial têm algo em comum: dependem da qualidade técnica das redes que os sustentam.
Holanda ressaltou que o Brasil avançou com a massificação da fibra óptica e o leilão do 5G, que impulsionaram novas aplicações em setores como educação, saúde e agronegócio. Também destacou medidas recentes, como o regime fiscal especial Redata (MP 1.318/2025), que concede isenções tributárias a data centers e busca atrair investimentos tecnológicos ao país.
Relatórios indicam que o Brasil pode receber R$ 258 bilhões entre 2021 e 2027 no setor de data centers e nuvem. Grandes empresas globais, como Amazon Web Services e Equinix, estão ampliando operações no país, atraídas por políticas que reconhecem a infraestrutura digital como eixo estratégico do desenvolvimento nacional.
Apesar dos avanços, o conselheiro alerta para desigualdades regionais e exclusão digital, que ainda limitam o acesso de comunidades rurais e periferias urbanas à economia digital. “A soberania digital não começa nas leis ou algoritmos, mas no controle das infraestruturas críticas que transportam os dados”, afirmou.
Para Holanda, fortalecer e regular adequadamente essa fundação é uma escolha política e civilizatória. “O Brasil precisa decidir se quer ser apenas consumidor de tecnologia ou protagonista da economia digital. Sem infraestrutura, até as aplicações mais modernas deixam de ficar de pé.”
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