Notícias
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
MEC empossa reitora do Instituto Federal Farroupilha
Foto: Ángelo Miguel/MEC
O ministro da Educação, Camilo Santana, empossou nesta quinta, 21 de agosto, a professora Nídia Heringer no cargo de reitora do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), em Santa Maria (RS). Heringer foi reconduzida ao cargo de reitora pela comunidade acadêmica por meio de eleição que definiu os novos dirigentes para o mandato 2025-2029. Doutora e mestre em letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), ela é professora do IFFar desde a criação da instituição.
Durante a cerimônia, o ministro anunciou que o Centro de Referência Santiago, localizado no município de mesmo nome e atualmente vinculado ao campus Jaguari, será transformado em um campus independente. Além disso, um novo campus será construído na cidade de Santa Maria. “Estamos investindo quase R$ 80 milhões no IFFar”, pontuou Santana, relembrando que outros dois novos campi, em São Luiz Gonzaga e em Caçapava do Sul, já estavam previstos no projeto de expansão dos Institutos Federais no estado com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
"Além desses recursos para expansão e consolidação dos IFs, aprovamos no Congresso Nacional uma lei chamada Propag, que é uma forma criativa que criamos para termos mais recursos para a educação. Nós construímos um fundo que somará bilhões, com os juros reduzidos das dívidas que os estados têm com a União, e boa parte desse valor será investido em educação profissional e tecnológica”, acrescentou.
Em sua fala, Nídia Heringer destacou a alegria da construção das novas unidades do instituto, que se juntarão aos 11 campi já existentes. “Vou guardar esse momento hoje em sentimentos que seguirão comigo: amorosidade, entusiasmo, respeito, luta e democracia. Educação é bem público, direito de todos. Nunca vamos cansar de repetir. E eu não cheguei aqui sozinha. Foi experimentando-me no mundo, parafraseando Paulo Freire, que fui me fazendo mulher e educadora, numa construção individual e coletiva”, concluiu a reitora.
Representando os estudantes do IFFar, Amanda Dombrowski, aluna do terceiro ano do curso técnico integrado de mecatrônica, afirmou que “os Institutos Federais fazem diferença na vida e na história de milhares de jovens que, assim como eu, têm sonhos, acreditam, e buscam um futuro melhor baseando-se nos pilares do ensino, pesquisa e extensão, que formam a base de uma educação pública de qualidade, inclusiva e transformadora”.
Expansão – As obras dos novos campi do IFFar nas cidades de Caçapava do Sul e São Luiz Gonzaga já estão sendo executadas, com previsão de ficarem prontas em junho de 2026, somando investimentos de R$ 25 milhões para cada unidade.
Na ação de consolidação do Novo PAC, são R$ 29,2 milhões de investimento na infraestrutura das unidades existentes. Entre 2023 e 2025, já foram repassados R$ 17,7 milhões. Até 2026, estão previstos outros R$ 11,5 milhões. Os recursos contemplam a construção de restaurantes estudantis, bibliotecas, estruturas acadêmicas e administrativas, dentre outras obras.
Atualmente, o IFFar possui 11 campi, além dos dois novos que estão sendo construídos. Ao todo, são ofertados 196 cursos e 12.288 vagas anuais. Estudam hoje no instituto 19.777 alunos. A instituição possui 755 professores em seu quadro de profissionais e 660 servidores técnico-administrativos.
Escola – Ainda nesta quinta-feira (21), Santana visitou o Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha, situado em Porto Alegre (RS). Na ocasião ele conheceu o laboratório de biologia do instituto, conversou com estudantes do 3º ano e deu entrevista para os alunos da escola no IE Podcast.
O Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha é uma escola pública estadual que oferece ensino fundamental (anos iniciais e finais), ensino médio, educação de jovens e adultos (EJA), curso técnico subsequente ao ensino médio e formação em magistério.
Em fevereiro de 2024, o instituto foi reinaugurado após uma ampla reforma viabilizada por um investimento de R$ 23,4 milhões do governo estadual. A nova estrutura contempla 20 salas de aula, refeitório, banheiros, ginásio com quadra poliesportiva e palco, auditório com capacidade para 392 pessoas, além de três laboratórios especializados de química, biologia e artes/serigrafia.
UFSM – Na agenda, o ministro também visitou a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria, que foi a primeira universidade pública criada no interior, fora de uma capital brasileira. Isso representou um marco importante no processo de interiorização do ensino universitário no Brasil. A UFSM conta com três campi: em Frederico Westphalen, em Palmeira das Missões e em Cachoeira do Sul. Para garantir a consolidação da UFSM, o MEC, por meio do Novo PAC, está investindo R$ 22,4 milhões em 13 obras, das quais nove já estão em licitação.
A atuação da UFSM se destaca na área da saúde na formação de médicos em diversas especialidades, como atenção à saúde da mulher e da criança; atenção à saúde mental; cirurgia e anestesiologia; clínica médica de pequenos animais; cardiologia; cirurgia de cabeça e pescoço; cirurgia do aparelho digestivo; cirurgia do trauma; clínica médica; coloproctologia; dermatologia; ecocardiografia; endoscopia; geriatria; ginecologia; entre outros.
A universidade faz a supervisão acadêmica do Programa Mais Médicos (PMM), da Residência Uniprofissional em Área da Saúde, Residência Médica, Residência Multiprofissional. Ao todo, são 12 Programas de Residência Uni e Multiprofissional na área da saúde.
Durante a visita, a comitiva do MEC conheceu o projeto de restauração, digitalização, preservação e difusão do patrimônio documental da instituição, criado após as enchentes ocorridas em 2024 no Sul, visando à recuperação dos arquivos na UFSM. A iniciativa oportuniza a integração de diferentes áreas do conhecimento e incentiva a pesquisa na implementação de novas práticas para enfrentar desafios complexos relacionados à preservação de acervos documentais.
Financiamento – O estado do Rio Grande do Sul conta com investimentos pelo Novo PAC voltados à educação básica, à educação superior e à educação profissional e tecnológica (EPT), com investimento total de R$ 1,2 bilhão. Para as novas escolas de educação básica, creches e a compra de 120 ônibus escolares, estão sendo destinados R$ 490,7 milhões. Serão construídas 72 creches e 12 escolas de tempo integral.
Já para a EPT estão sendo destinados R$ 218 milhões, para a criação de novos campi e para a melhoria e a ampliação das unidades existentes. Com a expansão, são construídos cinco campi: Caçapava do Sul e São Luiz Gonzaga, do IFFar; Porto Alegre – Zona Norte e Gramado, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS); e São Leopoldo, do IF Sul-rio-grandense (IFSul).
A educação superior no estado conta com recursos de R$ 568 milhões para a expansão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Caxias do Sul (RS), além da consolidação dos campi das seguintes instituições: Universidade Federal do Rio Grande (Furg); Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Os investimentos do MEC contemplam obras em instituições federais de 51 municípios, com construção de salas de aula, bibliotecas, restaurantes estudantis, laboratórios, reformas, dentre outras.
Ações de recuperação – Desde 2024, quando o estado enfrentou problemas climáticos que destruíram escolas, hospitais e vias urbanas, o MEC tem atuado na reconstrução da educação no Rio Grande do Sul. Por meio de crédito extraordinário, foram destinados R$ 489 milhões para reconstrução e reformas de instituições públicas de educação. Do total disponibilizado por meio de três medidas provisórias para a educação do Rio Grande do Sul em 2024, foram empenhados R$ 364 milhões.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu)