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FINANCIAMENTO
MEC visita obras do Hospital Escola da UFPel
Foto: Luis Forte/MEC
O ministro da Educação, Camilo Santana, visitou nesta quarta-feira, 20 de agosto, em Pelotas (RS), as obras do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel). O projeto é financiado pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do governo federal, com recurso total de R$ 274 milhões.
Regido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entidade ligada ao MEC, o Hospital Escola realiza cerca de 300 mil atendimentos ambulatoriais e mais de 5 mil internações por ano. O hospital é referência no Sistema Único de Saúde (SUS) para 21 municípios da região sul do estado. Com a expansão, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas serão beneficiadas.
Serão mais de 46 mil m² de área construída, distribuídos em dois blocos. As novas instalações representam avanço significativo na infraestrutura de saúde da região, pois permitirá a ampliação da capacidade de atendimento, que passará de 172 para 274 leitos, incluindo 50 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrica, neonatal e Unidade Semi-Intensiva.
A construção de uma sede própria é uma demanda histórica da comunidade acadêmica e da população local, já que o hospital funciona atualmente em um prédio antigo da Santa Casa. Os projetos começaram a ser discutidos há cerca de 10 anos e só se tornaram viáveis com o financiamento do Novo PAC.
“Essa obra já tem boa parte do recurso necessário empenhado, por isso, sua entrega é muito segura. Vamos trabalhar com velocidade para que a gente possa entregar o mais rápido possível o hospital e voltaremos aqui, com o presidente Lula, para inaugurá-lo, em breve”, prometeu o ministro da Educação, Camilo Santana. “Aqui perto do hospital, haverá também a construção de uma policlínica. São vários equipamentos de saúde que vão transformar o lugar em uma referência, um vale da saúde, um grande complexo de qualificação, formação e atendimento à população aqui de Pelotas e da região”, explicou.
Posse – O ministro Camilo Santana também deu posse ao novo reitor do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), professor Carlos Corrêa, e assinou termo de início de execução para a construção do Campus São Leopoldo do IFSul, que conta com um investimento de R$ 25 milhões do Novo PAC.
Na ocasião, Santana disse que tinha muito orgulho de estar em Pelotas e de empossar o reitor Carlos Corrêa. “Fiquei, hoje, emocionado por saber que eu sou o primeiro ministro da Educação a vir aqui neste instituto e a vir a Pelotas, porque eu acho que esse é o papel de um ministro. Por isso, é tão importante estar presente, ver com os próprios olhos, conversar, ouvir as demandas, conversar com diretores, para entender os desafios e compreender que nós estamos no caminho certo de investir na educação”, falou.
Durante a visita ao instituto, o ministro pôde conhecer os projetos realizados e apresentados pelos estudantes de vários campi do IFSul. “Os estudantes me apresentaram os seus projetos com tanta disposição, amor e carinho, que a gente fica impressionado com a vontade dessa juventude e com o que os nossos Institutos Federais estão produzindo. Eu vi projetos na área de energia renovável, de acessibilidade, de questões climáticas, de segurança, na área de catadores, enfim. Isso mostra a importância da educação”, relatou.
Camilo Santana ainda lembrou que, com os 102 novos Institutos Federais anunciados, serão 785 campi em todo o Brasil. “O reitor daqui já demandou novos institutos e ele está com compromisso do começar as aulas em São Leopoldo em 2026. Aqui no Rio grande do Sul, nós estamos construindo mais 59 campi de Institutos Federais, dando mais oportunidades para as pessoas”, comentou.
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, também presente na cerimônia, afirmou que era uma alegria participar da celebração de posse do novo reitor e relatou o trabalho do ministro Camilo Santana para garantir recursos e conhecer de perto o que os estudantes produzem e suas necessidades.
“Este ano, o ministro está encaminhando ao Congresso Nacional um PLOA [Projeto de Lei Orçamentária] de cerca de R$ 3 bilhões da Rede Federal [de Educação Profissional, Científica e Tecnológica], com olhar voltado para aqueles que mais necessitam. A gente está falando em mais custeio para as instituições e isso em menos de três anos. É uma forma de valorizar ativamente aqueles que fazem a diferença”, disse.
Bregagnoli ainda observou que é a primeira vez que o Brasil tem uma Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica e um Programa de Pagamento de Dívidas dos Estados, o Propag, que estabeleceu uma nova política de renegociação das dívidas estaduais com a União.
O novo reitor, Carlos Corrêa, afirmou que assume a reitoria com profundo senso de responsabilidade e, sobretudo, de renovação de compromissos com a educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Segundo ele, o IFSul se consolida como uma das maiores e melhores instituições de ensino do Brasil, fruto do trabalho coletivo e do compromisso inabalável com a sociedade.
“Nossa identidade institucional está alicerçada em pilares fundamentais: o ensino, que garante a formação integral conectando teoria e prática; a pesquisa, que gera conhecimento, tecnologia e soluções para os desafios da sociedade; a extensão, que estabelece o diálogo transformador com as nossas comunidades; a internacionalização, que expande horizontes e fortalece nossa inserção no mundo; a dimensão binacional, que caracteriza a nossa atuação singular em regiões de fronteiras, fortalecendo a integração cultural, científica e tecnológica entre os povos; a inovação, que nos projeta para o futuro e nos torna protagonistas no desenvolvimento sustentável; e a inclusão, que assegura oportunidades para todos e todas, ampliando a justiça social”, destacou.
A estudante do IFSul do campus Pelotas, Isadora Bueno, representou os estudantes do instituto e disse que “deposita na educação, assim como milhares de jovens, a esperança de um futuro mais justo e de um Brasil melhor”. Ela apontou demandas consideradas urgentes para permanência dos estudantes na educação profissional, como a necessidade de restaurantes nos campi.
Em seu discurso, o ministro Camilo Santana deixou um recado para os estudantes: “quero dizer aos estudantes que não é só ampliação dos institutos, é a consolidação também dos institutos já existentes. Nós estamos construindo, aqui no Rio Grande do Sul, 25 novos restaurantes estudantis. Nós queremos que todos os institutos federais do Brasil tenham um restaurante estudantil, porque é algo fundamental garantir a alimentação, o transporte, o apoio aos estudantes”, considerou.
IFSul – A primeira etapa da obra do campus São Leopoldo tem recursos de R$ 2,1 milhões do Novo PAC. A prefeitura do município doou um prédio que abrigava um centro de eventos na cidade. Agora, o IFSul fará adequações e reformas para transformar o espaço em uma nova unidade de ensino da instituição. Serão investidos R$ 25 milhões na construção, sendo R$ 15 milhões destinados à infraestrutura e R$ 10 milhões à aquisição de equipamentos e mobiliário. A nova unidade integra a expansão dos 102 novos campi de Institutos Federais pelo Brasil.
Novo PAC – O estado do Rio Grande do Sul conta com investimentos pelo Novo PAC voltados para educação básica, superior e educação profissional e tecnológica (EPT), com investimento total de R$ 1,2 bilhão. Estão sendo destinados R$ 490,7 milhões para as novas escolas de educação básica, creches e a compra 120 ônibus escolares. Serão construídas 72 creches e 12 escolas de tempo integral.
Já para a educação profissional e tecnológica, estão sendo destinados R$ 218 milhões, entre novos campi e melhoria e ampliação das unidades existentes. Pela expansão, são cinco campi: Caçapava do Sul e São Luiz Gonzaga, do Instituto Federal Farroupilha (IF Farroupilha); Porto Alegre – Zona Norte e Gramado, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS); e São Leopoldo, do IFSul. A educação superior no estado conta com recursos de R$ 568 milhões para expansão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Caxias do Sul, além da consolidação dos seguintes campi: da Universidade Federal do Rio Grande (Furg); Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Os investimentos do MEC contemplam obras em instituições federais de 51 municípios, com construção de salas de aula, bibliotecas, restaurantes estudantis, laboratórios, reformas, dentre outras.
Ações de recuperação – Desde 2024, quando o estado enfrentou problemas climáticos que destruíram escolas, hospitais e vias urbanas, o MEC tem atuado na reconstrução da educação no Rio Grande do Sul. Por meio de crédito extraordinário, foram destinados R$ 489 milhões para reconstrução e reformas de instituições públicas de educação. Do total disponibilizado por meio de três medidas provisórias para a educação do Rio Grande do Sul em 2024, foram empenhados R$ 364 milhões.
O ministro Camilo Santana esteve no estado quando houve situação de calamidade pública por conta de eventos climáticos. “O Rio grande do Sul mostrou a sua força, a sua grandeza de um povo resiliente, trabalhador, acolhedor e solidário. O Brasil inteiro foi solidário ao Rio Grande do Sul eu estive aqui visitando escolas que foram totalmente destruídas e como o povo reconstruiu as escolas. Só o MEC colocou quase R$ 500 milhões, já repassados integramente para estados e municípios, para recuperação imediata e construção de novas escolas, estruturas e Institutos Federais que sofreram com as enchentes”, disse.
Entregas MEC no Rio Grande do Sul
Assessoria de Comunicação Social do MEC
