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Iphan divulga mapeamento socioeconômico da capoeira em Mato Grosso
Foto: arquivo/Iphan-MT
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tornou público o resultado do Mapeamento Socioeconômico da Capoeira em Mato Grosso, realizado entre 2022 e 2023 pela superintendência de Mato Grosso, em parceria com a Secel-MT, a Federação Mato-grossense de Capoeira e o Fórum de Capoeira. O estudo está disponível para download na 1ª edição da revista Observatório da Cultura, produzida pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT).
Com o tema Cultura e Economia Criativa, a publicação reúne 14 artigos elaborados por pesquisadores, servidores públicos, artistas, gestores e produtores da área, com foco na produção cultural do estado. A pesquisa se consolida como uma importante ferramenta para o acompanhamento e a análise das políticas culturais e da economia criativa em Mato Grosso.
A pesquisa teve como objetivo identificar os detentores e as detentoras dos bens culturais Ofício de Mestre e Mestra de Capoeira e Roda de Capoeira, reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan em 2008.
Para a realização do estudo, foram utilizados formulários eletrônicos, divulgados principalmente por meio das redes sociais. A proposta foi construir um retrato atual da capoeira no estado, considerando tanto os praticantes quanto o contexto em que o bem cultural está inserido.
Entre os principais resultados, o mapeamento apontou a presença da capoeira em diversos municípios, estimou o número de mestres, mestras e praticantes em atividade e identificou desafios enfrentados pela comunidade capoeirista, como casos de preconceito religioso e de gênero.
De acordo com a superintendência do Iphan em Mato Grosso, os dados levantados contribuem para o fortalecimento de políticas públicas de salvaguarda, valorização e promoção da capoeira, além de ampliarem o conhecimento sobre a dimensão social, cultural e econômica dessa manifestação no estado.
O que o mapeamento mostrou?
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em relação à cor/raça dos praticantes, cerca de 55,59% são pardos e 24,13% pretos, o que significa que a população negra é a mais adepta à prática da Capoeira no Estado;
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pouco reconhecimento da sociedade, falta de acesso a recursos financeiros, ausência de local para realização das rodas de capoeira, preconceito racial e intolerância religiosa;
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Na parte socioeconômica, existe um grupo de profissionais que trabalha na informalidade; cerca de 26% são MEI (Microempreendedores Individuais). A principal renda não advém exclusivamente das aulas de Capoeira, sendo a profissão de educador físico sua primeira ocupação;
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A pesquisa obteve a participação de 32 mestres de Capoeira. Desse montante, observa-se que a faixa etária predominante é de pessoas mais maduras, com idade entre 40 e 59 anos, que praticam Capoeira há mais de 30 anos;
Confira na íntegra o Mapeamento Socioeconômico da Capoeira em Mato Grosso
Mais informações:
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