Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda
Marca registrada do carnaval de Pernambuco, dentro e fora do Brasil, a máscara La Ursa é tema da exposição Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda, nova mostra do programa Sala do Artista Popular (SAP), que será inaugurada no dia 11 de dezembro (quinta-feira), às 17h, no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), no Catete. A exposição é montada a partir do legado de Julião Vilela, artesão nascido em Olinda no final do século 19.
Ao todo, quatro gerações perpetuam o legado de Julião. Filho, neto e bisneto seguiram trabalhando com a criação de máscaras. Na abertura da mostra, estarão presentes o neto e o bisneto dessa linhagem de artistas populares: João Dias Vilela Filho e o filho Mateus, além de Anderson Ezequiel Leite, colaborador, vêm ao Rio especialmente para a ocasião e conduzirão uma oficina de máscaras, das 14h30 às 16h30. Na sequência da abertura da exposição, às 17h, haverá apresentação dos grupos Favela Brass e A Bagaceira Frevo Orquestra, às 18h30. Será na área externa do Museu de Folclore Edison Carneiro. A entrada é gratuita.
As inscrições para a oficina podem ser feitas pela plataforma Sympla, e as vagas são limitadas.
Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda traz um breve panorama documental em fotos e vídeo para emoldurar a exibição das máscaras. A premiada fotógrafa pernambucana Wenny Mirielle Batista Misael, a Uenni, registrou em imagens várias etapas de trabalho da casa/ateliê de João Dias Vilela Filho, em Varadouro, local próximo de onde funciona o Bazar Artístico de Julião das Máscaras, em Olinda. Essas imagens estão na exposição e no catálogo.
Na atualidade, a La Ursa é onipresente no carnaval de Olinda, mas vai além. Está em decorações, virou nome de restaurante, integra acervo de museus, e aparece no premiado filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça, protagonizado por Wagner Moura. A antropóloga Raquel Dias Teixeira é autora da pesquisa e do texto do catálogo da exposição.
“O público terá acesso a um universo simbólico carnavalesco profundamente enraizado na cultura popular pernambucana”, destaca. Mais de 100 peças virão para a SAP, parte estará em exibição, parte no Espaço de Comercialização. Todas estão à venda; os valores giram entre R$ 100 e R$ 250. A pesquisadora ressalta outro ponto fundamental. “O ofício molda rostos e memórias do imaginário popular. Mais que objetos festivos, essas máscaras, ao habitar diferentes lugares e contextos, também expressam vínculos de parentesco, convivência e território, perpetuando um saber que une trabalho, brincadeira e invenção”, analisa.
No catálogo da exposição, é possível saber um pouco mais sobre a família de Julião. De acordo com estudiosos, Julião foi um artista carnavalesco olindense, e a família se estabeleceu na cidade no final do século 19. Seu filho, João Dias Vilela, nascido em 1924, desde cedo desenvolveu habilidades manuais, seguindo os passos do pai. Participava do Pastoril realizado na tradicional Festa de Reis local. Trabalhava elaborando grandes cabeças para fantasias carnavalescas, além de mamulengos, brinquedos de madeira e outros. Chegou a produzir mais de 50 bonecos gigantes e mantinha um bazar na garagem de sua própria casa.
Mais detalhes sobre o processo de produção e sobre essa arte podem ser conhecidos no catálogo, que será distribuído gratuitamente no dia da abertura e depois ficará à venda no espaço de comercialização. A versão on-line pode ser baixada no link a seguir:
Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda - catálogo on-line
Serviço: Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda
Abertura dia 11 de dezembro, às 17h
Período da exposição: 11 de dezembro de 2025 a 25 de fevereiro de 2026
14h30 às 16h30 - Oficina de máscaras com João Dias Vilela Filho, Mateus Vitor Santos Vilela e Anderson Ezequiel Leite
Inscrições pela plataforma Sympla
18h30 - apresentação dos grupos Favela Brass e A Bagaceira Frevo Orquestra
Museu de Folclore Edison Carneiro – Rua do Catete, 179. Catete – RJ. Tel. 21 3032.6052 . Mais informações: www.cnfcp.gov.br
Dias e horários de visitação: Terça a sexta-feira, das 10h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Recesso de final de ano: fechado dias 24, 25, 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2026. Encerramento da exposição: 26 de fevereiro de 2026
Realização: Associação Cultural de Amigos do Museu do Folclore Edison Carneiro (Acamufec) | Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto de Patrimônio e Histórico e Artístico Nacional (CNFCP/Iphan)
Assessoria de imprensa da SAP: Mônica Riani 21 9 9698-5575 | monicariani@gmail.com
