O Mapeamento das Matrizes Tradicionais do Forró do Rio de Janeiro abre alas para o carnaval
A Associação de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec) realizou, no dia 17/03, segunda-feira, às 19h, o quarto encontro virtual do Mapeamento das Matrizes Tradicionais do Forró no Estado do Rio de Janeiro. Transmitida pelo canal da Acamufec no Youtube, a live teve como tema a folia momesca, abordando os blocos carnavalescos que têm o forró como ritmo principal.
Os convidados são Guilherme Mará do Bloco Fole&Folia, de Petrópolis; André Brandão da Banda de Pífanos, de Paraty; Igor Conde e Janine Messina, do Bloco do Caramuela, que desfila no Rio de Janeiro; e o trio Rogéria Sena, Caio Vargas e Mariana Chevrand representando o Bloco DiCabo a Rabo, de Cabo Frio. A mediação será feita por Gabriela Calafate, que integra a equipe de pesquisa do projeto de mapeamento.
Sobre os Blocos
Bloco do Caramuela | Rio de Janeiro
Formado em 2010 por alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o Bloco do Caramuela interpreta grandes artistas como Dominguinhos e Luiz Gonzaga, utilizando os instrumentos zabumba, flauta, saxofone e sanfona.
Bloco Dicabo a Rabo | Cabo Frio
Formado em 2019 por músicos da cidade de Cabo Frio que se juntaram com forrozeiros entusiastas locais, o Bloco Dicabo a Rabo se define como um movimento cultural que celebra a vida, a música e a união, levando o forró pé-de-serra para todos os cantos, o ano inteiro. Semanalmente, em praças públicas, o bloco reúne os participantes para ensaios que são verdadeiras festas.
Bloco Fole & Folia | Petrópolis
Com repertório contagiante que homenageia mestres como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Anastácia e Lia de Itamaracá, o Bloco Fole & Folia mistura ritmos brasileiros: forró, samba, coco, maracatu, ijexá, funk e ciranda, celebrando a cultura e a educação através da música.
Banda de Pífanos de Paraty
Criada em abril de 2023, a Banda de Pífanos de Paraty começou com o propósito de reunir amigos para confeccionar instrumentos e desenvolver um repertório musical com melodias e ritmos da música popular brasileira. A formação do grupo é composta por pífanos, rabeca, zabumba, pandeiro, tarol, triângulo e ganzá, com repertório diverso que vai do forró ao bumba-meu-boi.
Sobre os encontros
A pesquisa partiu de demanda do Coletivo de Salvaguarda das Matrizes Tradicionais do Forró do Rio de Janeiro e vem sendo desenvolvida pela Acamufec, em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan).
A live de abertura foi em 28 de outubro e teve a participação do cantor, compositor e poeta Marcus Lucenna, da cantora Kátia Teixeira, do músico e pesquisador Léo Rugero e dos pesquisadores e produtores culturais Jadiel Guerra e Jenesis Genuncio. Já no dia 30 de novembro, houve um encontro presencial em Aldeia Velha.
A segunda live aconteceu em 16 de dezembro, enfocando as quadrilhas juninas, com a participação de Milton Luiz, pesquisador e produtor da Plataforma Cultura Junina; Douglas Amaral, marcador da Quadrilha Gonzagão do Pavilhão; Edgar Santos, presidente da Quadrilha Junina Unidos da Lua de Prata, de Macaé (RJ); e Eduardo Madeiro, pesquisador.
Os Festivais de Forró foram o tema da terceira live, realizada no dia 27 de janeiro de 2025. Os convidados foram Josephane Lima e João Luiz Antunes do Forró na Praça, da Região dos Lagos; Márcia Cunha Ganem do Festival SerraForró, de Petrópolis; Denise Silveira do Rio no Forró, da cidade do Rio de Janeiro; e JR Fontes do Forró do Cantinho, que surgiu na zona oeste do Rio de Janeiro.
Os encontros têm o intuito de difundir a pesquisa e aprofundar temas relacionados às dinâmicas de organização dessa expressão musical. Contam com convidados de diferentes regiões do estado que estão sendo mapeadas.
Sobre o projeto
Em 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu as Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, por meio de um processo de mobilização e pesquisa que partiu de entidades culturais do Nordeste. Embora o Forró esteja profundamente associado à cultura nordestina, a potência das rádios e das gravadoras musicais, ao lado de intensas migrações que movimentaram o Brasil ao longo da segunda metade do século XX, difundiram o gênero por outras regiões brasileiras que também foram incluídas como territórios de referência onde o forró brotou raízes.
No estado do Rio de Janeiro, um coletivo de salvaguarda formado em 2022 vem dialogando com a Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro sobre os caminhos de proteção e difusão das Matrizes Tradicionais do Forró. Destas discussões, nasceu a demanda por um mapeamento para conhecer forrozeiras, forrozeiros, grupos musicais, quadrilhas juninas, escolas de música e dança, feiras e locais de apresentação, dentre outras iniciativas, que se dedicam à continuidade dos fundamentos dessa forma de expressão no Rio de Janeiro.
Desde o início de 2024, esta pesquisa vem sendo desenvolvida pela Acamufec, com o acompanhamento do CNFCP/IPHAN e com a participação de bolsistas do curso de Produção Cultural do Polo Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Serviço:
Mapeamento das Matrizes do Forró no Estado do Rio de Janeiro
4º Encontro Virtual - Blocos Carnavalescos
Dia: 17/03, segunda-feira
Hora: 19h
Onde: Canal da Acamufec no Youtube
