Mapeamento das Matrizes do Forró no Rio de Janeiro tem novo encontro virtual

As Matrizes Tradicionais do Forró foram tema de mais um encontro virtual, no dia 16 de dezembro, enfocando as quadrilhas juninas. O evento foi transmitido pelo canal da Associação de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec) no Youtube, e está à disposição para assistir. O encontro fez parte do processo de mapeamento dessa expressão cultural no Rio de Janeiro.
Os convidados, desta vez, foram: Milton Luiz, pesquisador e produtor da Plataforma Cultura Junina; Douglas Amaral, marcador da Quadrilha Gonzagão do Pavilhão; Edgar Santos, presidente da Quadrilha Junina Unidos da Lua de Prata, de Macaé (RJ); e Eduardo Madeiro, pesquisador. A mediação será feita por Julian Andrade, professora da Geografia Humana IGEOG/Uerj Maracanã, coordenadora do Viramundo: Laboratório de Geografias Populares e pesquisadora do Projeto do Mapeamento.
Sobre os participantes do 2º Encontro
Douglas Amaral: Mestre de Cultura Popular e Marcador da Quadrilha Gonzagão do Pavilhão.
Edgar Santos: presidente da Quadrilha Junina Unidos da Lua de Prata, de Macaé (RJ), fundada em 20/11/12, no bairro Lagomar, por jovens da comunidade. Em 2018, foi campeã do 1º Concurso de Quadrilhas Juninas do município de Casimiro de Abreu. Em 2023, ficou com a 3ª colocação no Concurso Estadual da Liga Cultural das Quadrilhas e Arraiais do Estado do Rio de Janeiro(Liquabaferj). O grupo é inspirado em quadrilhas sergipanas: Pioneiros da Roça, Unidos em Asa Branca e Xodó da Vila.
Eduardo Madeiro: professor e agente cultural, é Mestre em Cultura, Patrimônio e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro(UFRRJ). É pesquisador do Núcleo de Pesquisas sobre Mulheres Negras, Cultura Visual, Política e Educomunicação em Periferias Urbanas - AFRODIÁSPORAS e do Laboratório de Estudos de Gênero, Educação e Sexualidades - LEGESEX/UFRRJ. Graduado em Moda e Figurino, Artes Visuais e História, tem especialização em Artes Visuais.
Milton Luiz: pesquisador e produtor da Plataforma Cultura Junina;
Sobre os encontros
A pesquisa partiu de demanda do Coletivo de Salvaguarda das Matrizes Tradicionais do Forró do Rio de Janeiro e vem sendo desenvolvida pela Associação dos Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan).
A primeira live foi em 28 de outubro e teve a participação do cantor, compositor e poeta Marcus Lucenna, da cantora Kátia Teixeira, do músico e pesquisador Léo Rugero e dos pesquisadores e produtores culturais Jadiel Guerra e Jenesis Genuncio. Já no dia 30 de novembro, houve um encontro presencial em Aldeia Velha.
Os encontros têm o intuito de difundir a pesquisa e aprofundar temas relacionados às dinâmicas de organização dessa expressão musical. Contam com convidados de diferentes regiões do estado que estão sendo mapeadas.
Sobre a pesquisa
Em 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu as Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, por meio de um processo de mobilização e pesquisa que partiu de entidades culturais do Nordeste. Embora o Forró esteja profundamente associado à cultura nordestina, a potência das rádios e das gravadoras musicais, ao lado de intensas migrações que movimentaram o Brasil ao longo da segunda metade do século XX, difundiram o gênero por outras regiões brasileiras que também foram incluídas como territórios de referência onde o forró brotou raízes.
No estado do Rio de Janeiro, um coletivo de salvaguarda formado em 2022 vem dialogando com a Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro sobre os caminhos de proteção e difusão das Matrizes Tradicionais do Forró no estado. Destas discussões, nasceu a demanda por um mapeamento para conhecer forrozeiras, forrozeiros, grupos musicais, quadrilhas juninas, escolas de música e dança, feiras e locais de apresentação, dentre outras iniciativas, que se dedicam à continuidade dos fundamentos dessa forma de expressão no Rio de Janeiro.
Desde o início de 2024, esta pesquisa vem sendo desenvolvida pela Acamufec, com o acompanhamento do CNFCP/IPHAN e com a participação de bolsistas do curso de Produção Cultural do Polo Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense e do curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Serviço:
Mapeamento das Matrizes do Forró no Estado do Rio de Janeiro
Encontros Virtuais
2º Encontro Virtual - Quadrilhas Juninas