Encontro do Mapeamento das Matrizes do Forró debate os Festivais
Dando continuidade ao trabalho de Mapeamento das Matrizes Tradicionais do Forró no Estado do Rio de Janeiro, a Associação de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec) promoveu um encontro virtual no dia 27, que pode ser assistido através do seu canal no Youtube.
Os participantes conversaram sobre os Festivais de Forró. Os convidados foram Josephane Lima e João Luiz Antunes do Forró na Praça, da Região dos Lagos; Márcia Cunha Ganem do Festival SerraForró, de Petrópolis; Denise Silveira do Rio no Forró, da cidade do Rio de Janeiro; e JR Fontes do Forró do Cantinho, que surgiu na zona oeste do Rio de Janeiro. A mediação foi feita por Edilberto Fonseca e Joana Correa, ambos do projeto de Mapeamento.
Sobre os Festivais
Forró na Praça
Desde 2020, o Forró na Praça tem espalhado o ritmo contagiante do forró e valorizado a cultura popular por toda a Região dos Lagos, com destaque em Cabo Frio. Fundado por João Luiz Antunes, Josephane Lima e amigos, e organizado pelo Coletivo Pé N'areia, o Forró na Praça oferece aulas de dança, apresentações, mostras culturais e eventos que celebram a tradição e a alegria do forró.
Festival SerraForró
Fundado em Petrópolis, o Festival SerraForró agrega público e artistas locais comprometidos com o crescimento e fomento da cultura forrozeira na região. O Festival acolhe tanto os músicos, quanto os dançarinos de forró do município, entendendo que a cultura forrozeira só é possível com a representatividade desses dois segmentos. Ainda, promove debates com entidades da sociedade civil e da gestão pública, sobre o desenvolvimento sustentável do forró em Petrópolis e região serrana.
Forró do Cantinho
Surgido na Barra, zona oeste do Rio de Janeiro, em 1997, o Forró do Cantinho é considerado o forró carioca do circuito pé de serra mais antigo da cidade. A partir da necessidade de se ter um local para os forrozeiros tocarem e dançarem o ritmo, uma casinha pequena na Barra da Tijuca foi ocupada. De lá, o Forró do Cantinho fez uma trajetória de ocupação de espaços na Ilha da Gigóia e nas cidades de São Paulo/SP e de Paris, na França. Tornou-se um Festival que, neste 2025, terá sua quinta edição.
Rio no Forró
Desde 2016, o Rio no Forró, projeto idealizado por Denise Silveira que é guia de turismo na cidade do Rio de Janeiro, promove o ritmo do Forró, conectando amantes da expressão cultural aos principais festivais do Sudeste do Brasil: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, incluindo o maior festival de forró do mundo, Festival Nacional Forró Itaúnas/ES.
Sobre os encontros
A pesquisa partiu de demanda do Coletivo de Salvaguarda das Matrizes Tradicionais do Forró do Rio de Janeiro e vem sendo desenvolvida pela Associação dos Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan).
A primeira live foi em 28 de outubro e teve a participação do cantor, compositor e poeta Marcus Lucenna, da cantora Kátia Teixeira, do músico e pesquisador Léo Rugero e dos pesquisadores e produtores culturais Jadiel Guerra e Jenesis Genuncio. Já no dia 30 de novembro, houve um encontro presencial em Aldeia Velha.
A segunda live aconteceu em 16 de dezembro, enfocando as quadrilhas juninas, com a participação de Milton Luiz, pesquisador e produtor da Plataforma Cultura Junina; Douglas Amaral, marcador da Quadrilha Gonzagão do Pavilhão; Edgar Santos, presidente da Quadrilha Junina Unidos da Lua de Prata, de Macaé (RJ); e Eduardo Madeiro, pesquisador.
Os encontros têm o intuito de difundir a pesquisa e aprofundar temas relacionados às dinâmicas de organização dessa expressão musical. Contam com convidados de diferentes regiões do estado que estão sendo mapeadas.
Sobre o projeto
Em 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu as Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, por meio de um processo de mobilização e pesquisa que partiu de entidades culturais do Nordeste. Embora o Forró esteja profundamente associado à cultura nordestina, a potência das rádios e das gravadoras musicais, ao lado de intensas migrações que movimentaram o Brasil ao longo da segunda metade do século XX, difundiram o gênero por outras regiões brasileiras que também foram incluídas como territórios de referência onde o forró brotou raízes.
No Estado do Rio de Janeiro, um coletivo de salvaguarda formado em 2022 vem dialogando com a Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro sobre os caminhos de proteção e difusão das Matrizes Tradicionais do Forró. Destas discussões, nasceu a demanda por um mapeamento para conhecer forrozeiras, forrozeiros, grupos musicais, quadrilhas juninas, escolas de música e dança, feiras e locais de apresentação, dentre outras iniciativas, que se dedicam à continuidade dos fundamentos dessa forma de expressão no Rio de Janeiro.
Desde o início de 2024, esta pesquisa vem sendo desenvolvida pela Acamufec, com o acompanhamento do CNFCP/IPHAN e com a participação de bolsistas do curso de Produção Cultural do Polo Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense e do curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Serviço:
Mapeamento das Matrizes do Forró no Estado do Rio de Janeiro
Encontros Virtuais
3º Encontro Virtual - Festivais de Forró
Onde: Canal da Acamufec no Youtube