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EDUCAÇÃO SUPERIOR
MEC participa do Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro
Fotos: Luis Fortes/MEC
O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, participou, nesta quinta-feira, 28 de setembro, da abertura do 25º Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp), que neste ano discute o tema “Ressignificar é preciso, reconstruir é urgente: Um movimento 180º para resgatar o valor da educação”. O evento, promovido pela Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, reúne, até sexta-feira, 29 de setembro, gestores e especialistas do ensino superior, em São Paulo (SP).
Camilo Santana foi um dos convidados do painel de abertura “Desafiando o Status Quo: fortalecer a educação básica com a colaboração do ensino superior”, do qual também participaram Luiz Roberto Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e Lúcia Teixeira, presidente da Semesp. Para o Ministro, o diálogo promovido pelo fórum pode ajudar nos esforços para garantir um futuro de qualidade para crianças e jovens.
Segundo Camilo, o Semesp tem papel fundamental na representação das instituições particulares no país. “Ao fortalecer as relações entre as instituições de ensino, promover parcerias e estimular trocas de boas práticas, o evento se inscreve no cenário nacional como uma oportunidade preciosa para o fortalecimento da qualidade do sistema de educação superior do Brasil”, afirmou. O Ministro aproveitou para destacar alguns dados da educação superior. As faculdades particulares representam 88% das instituições de educação superior no país e possuem 78% de todos os estudantes neste nível de ensino.
Cursos a distância – Sobre a educação a distância (EaD), o Ministro apontou o aumento das matrículas que chegam a 4,3 milhões atualmente, o dobro em comparação com o ano de 2018, que era de 2 milhões. Segundo ele, é preciso refletir sobre o impacto na formação dos jovens e na qualidade dos cursos ofertados. “Independentemente da modalidade, precisamos caminhar juntos para garantir uma educação atrativa que entenda os anseios da nossa juventude, mas também ofertar uma educação de qualidade que esteja à altura dos sonhos e do país soberano que queremos construir”, destacou.
Camilo Santana informou, ainda, que, na próxima semana, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC, vai divulgar o novo Censo da Educação Superior de 2022, com as informações de todas as instituições de ensino superior do país, públicas e privadas. “Os dados são importantes para que a gente possa, a partir deles, construir os caminhos para melhorar a qualidade do acesso à educação pública”, disse. O Ministro também aproveitou a oportunidade para convidar lideranças, gestores e profissionais presentes, envolvidos na educação superior particular, para “somar esforços ao Ministério da Educação na política de formação de professores em nosso país, especialmente a partir do fortalecimento da formação presencial”.
O presidente do CNE, Luiz Roberto Curi, destacou que é preciso zelar pelo acesso ao emprego com capacidade de transformá-los, ampliando a competitividade econômica, com base em inovação e conhecimento. De acordo com Curi, nos últimos anos, houve aumento do abandono histórico do ensino, com baixo aprendizado, e que poucos alunos que saem do ensino médio acessam a universidade. “São poucos os que chegam à universidade. Muitos, cerca de 60% dos alunos do ensino médio, têm evasão. Dos que se formam ainda são poucos os que conquistam espaço de trabalho. Queremos seguir integrando os jovens nos estudos em todos os níveis educacionais”, comentou.
Já a presidente da Semesp, Lúcia Teixeira, enalteceu a participação do MEC e do Inep no evento e afirmou que é momento de reforçar o elo entre a educação básica e a superior. “Este fórum trará várias sugestões com ações concretas para o redesenho das nossas instituições, de forma a aproximá-las dos anseios dos nossos estudantes. É isso que a gente busca sempre, ter o estudante entusiasmado, fazer com que ele não esteja desalentado, sem perspectivas. Vamos falar dos movimentos possíveis das nossas instituições para esse novo modelo acadêmico, mesclando currículos que atendam as necessidades do mercado de trabalho cada vez mais exigente, a empregabilidade do aluno, mas também a formação ética e comprometida com a sociedade”, ressaltou.
Helena Sampaio, secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, também esteve presente no evento, e participou de uma mesa de debate com o jornalista Antônio Gois. Representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), também participaram.
Assessoria de Comunicação Social do MEC