Contexto
Ao longo da história do Brasil, a internacionalização desempenhou um papel importante dentro da comunidade acadêmica, especificamente no desenvolvimento de programas de pós-graduação. A principal agência federal de financiamento, a CAPES, criada em 1971 para regular e apoiar programas de pós-graduação e a formação de docentes, promoveu um forte sistema nacional de pós-graduação, apoiando a pesquisa dos pesquisadores no exterior por meio dos chamados programas de mobilidade em todo o mundo.
Embora essa tenha sido uma estratégia sólida desde o início da CAPES, entre 2011 e 2015, um período de grande visibilidade para a internacionalização do ensino superior em um palco global, o Brasil lançou uma de suas iniciativas mais importantes de internacionalização: o programa Ciência Sem Fronteiras. Este programa foi lançado em associação com outra agência federal de fomento, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Devido ao baixo nível de proficiência em línguas estrangeiras da comunidade acadêmica, especialmente em inglês, o governo brasileiro teve que desenvolver um programa suplementar de ensino de línguas estrangeiras para preparar a comunidade acadêmica para se candidatar às bolsas do Ciência Sem Fronteiras. Esse programa ficou conhecido como Inglês sem Fronteiras e, após alguns anos, foi rebatizado Idiomas sem Fronteiras (IsF).
O Inglês sem Fronteiras, instituído em 2012 pela Portaria Normativa nº 1.466/2012, teve como objetivo principal fomentar o aprendizado da língua inglesa entre estudantes universitários brasileiros, visando ampliar suas oportunidades de acesso a programas de estudo e pesquisa no exterior, bem como a mercados de trabalho internacionais.
Já o Idiomas sem Fronteiras, instituído em 2014 pela Portaria Normativa nº 973/2014, expandiu as oportunidades de aprendizado de idiomas estrangeiros para estudantes, professores e servidores técnico-administrativos de Instituições de Ensino Superior (IES) participantes, indo além do foco inicial no inglês.
Fonte: A Rede Idiomas sem Fronteiras no Brasil. Relatório Mundial de Humanidades e portarias.