Contexto
A ideia de uma Universidade Federal Indígena começou a ser discutida em 2010, dentro da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação (MEC). Desde então, o tema ganhou força como parte das políticas voltadas ao fortalecimento da educação escolar indígena.
A criação da Unind responde a uma demanda histórica: ter uma instituição federal de ensino superior dedicada à valorização das identidades, das culturas e das línguas indígenas. Além do ensino, a universidade terá foco em pesquisa e extensão, formando profissionais especializados em educação intercultural e produção de materiais didáticos, necessidade de extrema importância, pois existem 274 línguas faladas pelos 305 povos indígenas do Brasil.
Em 2019, o MEC recebeu um documento da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) reforçando essa reivindicação. O Ofício Circular nº 100/2025/SNDSAPP/SG/PR (SEI/MEC nº 6173958) é uma carta que destaca a importância de consultas livres e informadas, conforme a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e defende uma universidade com gestão autônoma indígena, currículo que preserve saberes ancestrais e infraestrutura adequada.