Notícias
PROGRAMA CONVIVER
Iphan inaugura sede do Canteiro-Modelo de Porto Nacional (TO)
Apresentação durante inauguração da sede do Iphan em Porto Nacional (TO). Foto: Iphan
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) inaugurou, no dia 19 de agosto, a sede do Canteiro-Modelo de Conservação de Porto Nacional (TO). O novo espaço – implementado no âmbito do Programa Conviver, que capacita comunidades de baixa renda e moradores de cidades históricas do País a conservarem seus imóveis, espaços e bens culturais, por meio de assistência técnica gratuita – representa um marco para a preservação do patrimônio cultural no estado do Tocantins.
Com a nova sede do Canteiro-Modelo, os moradores de Porto Nacional – cujo centro histórico é tombado pelo Iphan desde 2008 – passam a contar com um espaço permanente de apoio técnico e cultural que os ajudará na conservação de suas casas e bens culturais, estreitando ainda mais uma relação que vem se fortalecendo desde que o Instituto lançou o programa na cidade, em novembro de 2023.
O chefe da divisão técnica do Iphan em Tocantins, Rodrigo da Nóbrega, afirmou que o canteiro modelo de Porto Nacional fortalece a gestão do território, vinculando o tombamento ao desenvolvimento econômico e social. "O programa se mostra fundamental tanto para aprofundar o entendimento sobre a relação da comunidade com o centro histórico, quanto para consolidar novas parcerias que, de forma colaborativa, ampliem o olhar para além da preservação do patrimônio", frisou.
Antes mesmo da inauguração do espaço, dez residências já haviam sido contempladas com projetos de reforma gratuitos elaborados pelas equipes do Iphan e das universidades parceiras do programa no estado, e a expectativa é manter a assistência técnica de forma contínua para outros imóveis integrantes do conjunto urbano tombado. Além disso, o Programa vai promover oficinas e capacitações relacionadas ao registro de saberes tradicionais locais, estimulando a valorização do patrimônio cultural imaterial da cidade e o engajamento da população.
A arquiteta do Iphan no Tocantins, Gabriela Monteiro, acompanhou de perto a implantação do programa em Porto Nacional e Natividade — desde as decisões de projeto para as sedes até a realização de oficinas de técnicas construtivas tradicionais, seminários e ações de educação patrimonial. “Foi enriquecedor vivenciar o envolvimento de estudantes, profissionais e da comunidade, que têm participado ativamente das escutas, discussões e atividades desenvolvidas. Esse engajamento coletivo evidencia a importância do Canteiro como instrumento de valorização, fortalecimento da identidade cultural e promoção da conservação do patrimônio no Tocantins”, destacou.Segundo o coordenador-geral de Conservação do Iphan, Paulo Farsette, o canteiro-modelo aproxima a instituição da comunidade local. “A sede do canteiro é um ponto de conexão entre a esfera federal, universidades, poderes locais e, especialmente, a comunidade. Por meio dessa integração, pretendemos transformar a realidade local com ações permanentes de preservação e acesso à informação”, destacou.
A escolha de Porto Nacional como uma das cidades onde está implementado o Programa Conviver não foi por acaso. Para Farsette, a cidade é uma das mais emblemáticas do estado, com papel histórico relevante desde os tempos em que era referência no norte de Goiás. “Porto é símbolo da história do Brasil profundo, uma história que precisa ser resgatada, preservada e propagada”, afirmou.
Ele acrescenta que o escritório representa não apenas uma base técnica, mas um espaço de transformação social e cultural. “Nosso intuito é manter uma assistência permanente, capaz de fortalecer a preservação do patrimônio para as futuras gerações”.
A iniciativa é fruto da parceria entre o Iphan, a Universidade Federal do Tocantins (UFT), a Prefeitura de Porto Nacional e outras instituições, como a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (Fapto), o Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e a Comsaúde. A articulação se dá por meio de um Termo de Execução Descentralizada, instrumento que permite ao Iphan transferir recursos para a universidade, com o apoio do poder público local.
O Programa Conviver
O Programa Conviver envolve comunidades de baixa renda na gestão colaborativa de bens culturais protegidos pelo Iphan em todo o País. Partindo da própria história e dos conhecimentos dessas comunidades, o Iphan quer capacitá-las ainda mais para a conservação de suas casas, seus espaços públicos, suas práticas e saberes, por meio de assistência técnica gratuita, em parceria com universidades e institutos federais.
A estratégia do Conviver se baseia nos Canteiros-Modelo de Conservação: núcleos de ensino e aprendizado onde professores e estudantes de Arquitetura, Engenharia, História, Antropologia, Conversação e Restauro e tantos outros cursos relacionados ao patrimônio trocam conhecimentos com a população para garantir a conservação preventiva de imóveis, priorizando técnicas construtivas tradicionais, bem como a transmissão e continuidade de saberes e práticas ligados à cultura local. Atualmente, o programa está presente em 17 estados brasileiros.
Mais informações
Assessoria de comunicação - comunicacao@iphan.gov.br
Mariana Alvarenga - mariana.alvarenga@iphan.gov.br
www.gov.br/iphan
www.facebook.com/Iphangov
www.x.com/IphanGovBr
www.instagram.com/iphangovbr
www.youtube.com/IphanGovBr
