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CULTURA
Salão do Iphan em Cachoeira (BA) recebe a exposição Olhares de um povo que reexiste em nós
Foto: Divulgação
A cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, recebe até o dia 15 de setembro de 2025 a exposição Olhares de um povo que reexiste em nós - A Arte Originária de Juvenal Payayá e Artur Soar, no Salão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A mostra está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h, com entrada gratuita.
Promovida pela Galeria Soar, de Lençóis (BA), com apoio do Iphan, a exposição une os universos artísticos do cacique e escritor indígena Juvenal Payayá e do artista visual, gravurista e compositor Artur Soar. A mostra apresenta uma síntese poética e visual das trajetórias de vida e criação de dois artistas ligados à Chapada Diamantina e ao Rio Paraguaçu.
Sobre os artistas
Juvenal Teodoro Payayá é cacique da etnia Payayá, da Chapada Diamantina (BA), doutor Honoris Causa pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), economista, professor aposentado, poeta e romancista. Sua arte literária e visual provém de saberes ancestrais e da escuta sensível dos ciclos da natureza.
Autor dos romances “Rabiscuitos”, “Retorno para a Caverna”, “Roda de Prosa na Periferia” e “O Filho da Ditadura”, o cacique expressa também sua militância pela preservação das línguas originárias, escrevendo inclusive o nome do rio como Paraguassu (com “s”), em referência à grafia Tupy.
Artur Soar tem 35 anos, é natural de Salvador e passou parte da infância em Lençóis, onde recebeu suas primeiras influências artísticas. Formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba), com especialização em gravura. Durante a pandemia, retornou à Lençóis para fundar a Galeria Soar, espaço onde desenvolve obras que retratam, sobretudo em xilogravura, rostos e lutas de personagens históricos do Brasil negro e popular.
Além das artes visuais, Soar também é músico, compositor e cordelista, tendo ilustrado capas da série “Vidas em Cordel” do Museu da Pessoa (SP) e recebido prêmios como o Prêmio IBEMA (2015) e o Prêmio de Residência do Instituto Goethe (2019).
SERVIÇO
Exposição
Data: até 15 de setembro de 2025
Horário: 9h às 12h e 13h às 17h
Local: Salão do IPHAN – Praça da Aclamação, Cachoeira – BA
Entrada gratuita