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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Projeto de jogo eletrônico alia tecnologia e Patrimônio Cultural da Serra da Capivara (PI)
O projeto também promoveu visita ao sítio arqueológico Boqueirão da Pedra Furada, na Serra da Capivara. (Foto: Iphan/ETSRN)
Buscando integrar tecnologia e Educação Patrimonial, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Piauí, por meio do Escritório Técnico em São Raimundo Nonato (Iphan/ETSRN), criou o projeto “Jogo da Memória Eletrônico: Patrimônio Cultural Território Serra da Capivara”, que alia programação, Patrimônio Cultural e uma dose de diversão.
O projeto utiliza o formato de um jogo da memória e propõe a divulgação do Patrimônio Arqueológico do Parque Nacional da Serra da Capivara, apresentando grafismos presentes nos sítios arqueológicos do parque e informações sobre esses locais, com detalhamento de como era o ambiente ou como foi feito o pigmento utilizado em determinada gravura, por exemplo.
A ação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural promovido pelo Centro Lúcio Costa (CLC), unidade especial do Iphan, desde outubro de 2023, pelo mestrando Carlos Roberto Rocha Silva, em conjunto com a chefe do ETSRN-PI, Ana Stela Negreiros Oliveira.
A proposta é que o jogo seja utilizado como ferramenta de letramento digital e de Educação Patrimonial para estudantes do Ensino Médio. Para isso, em outubro de 2024, foi feita uma parceria com o Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Gercílio de Castro Macedo, localizado em São Raimundo Nonato (PI), que oferece curso técnico em Informática com ênfase em desenvolvimento de jogos.
A parceria tem resultado no aprimoramento da ferramenta por meio do engajamento dos estudantes, que estão aplicando na prática as linguagens de programação e marcação para programar o jogo e utilizando como base os grafismos da Serra da Capivara para compor o conteúdo.
“Ao logo dos anos, o ETSRN-PI desenvolveu diversos jogos físicos, especialmente em suportes de papel, com o intuito de divulgar e integrar as práticas de patrimonialização junto à sociedade. Essa experiência inspirou a concepção do jogo eletrônico, que busca ampliar o alcance e a acessibilidade das iniciativas de Educação Patrimonial da unidade, utilizando uma abordagem interativa e digital”, explica a chefe do Escritório Técnico.
Além de permitir o desenvolvimento de competências técnicas relacionadas à programação e jogos digitais, o projeto também busca fomentar o diálogo entre as vivências dos estudantes e o Patrimônio Cultural local, fortalecendo a conexão entre educação, patrimônio e comunidade.
Assim, a parceria também rendeu uma visita guiada dos estudantes ao sítio arqueológico Boqueirão da Pedra Furada, um dos mais significativos da América do Sul, localizado na Serra da Capivara e reconhecido por seus registros rupestres; além de visita ao Museu da Natureza, que possui amplo acervo patrimonial e exposições elaboradas com o auxílio da tecnologia.
De acordo com o mestrando Carlos Rocha, a experiência de integrar linguagens de programação com Educação Patrimonial tem se revelado, ao mesmo tempo, desafiadora e enriquecedora. “A programação mostra-se como uma ferramenta facilitadora para dar movimento a propostas educativas. Estamos iniciando uma interface que poderá conectar ainda mais pessoas ao Patrimônio Cultural”, destaca o mestrando. “Utilizamos algumas técnicas estratégicas para equilibrar a experiência lúdica do jogo com o aprendizado e informações, estimulando a curiosidade sem comprometer a fluidez e dinâmica comuns nesse tipo de jogo”, completa.
O projeto está nas fases finais de seu desenvolvimento e, assim que for finalizado, o jogo deverá ser disponibilizado on-line para o público. O modelo poderá também ser implementado em outras escolas ou incorporado ao percurso pedagógico de novas turmas do curso técnico em Informática do CEEP Gercílio de Castro Macedo, ampliando seu impacto educacional.
Parque Nacional Serra da Capivara
O Parque Nacional Serra da Capivara (PNSC), foi criado em 1979, para preservar vestígios arqueológicos da mais remota presença do homem na América do Sul. Sua demarcação foi concluída em 1990 e o parque é subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Por sua importância, a Unesco o inscreveu na Lista do Patrimônio Mundial em 13 de dezembro de 1991, e também na Lista Indicativa brasileira como patrimônio misto.
Em 1993, o Parque passou a constar do Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, do Iphan. Na área tombada foram localizados cerca de 400 sítios arqueológicos. A maioria deles contém painéis de pinturas e gravuras rupestres de grande valor estético e arqueológico. A área faz parte de um dos 63 parques nacionais do Brasil e está entre as dez que protege a caatinga, sendo constituída de quase 40% da caatinga protegida no país.
Aos interessados em visitar o PNSC, o parque pode ser visitado durante o ano todo e não há cobrança de ingresso. A guiagem é obrigatória e é paga à parte para os condutores locais cadastrados junto ao parque. Acesse a Lista de Condutores Credenciados.
O Museu da Natureza, pode ser visitado de quarta a domingo, das 13h às 19h, com a limitação de ingressos de 200 pessoas por dia. O valor do ingresso é de R$40,00, com meia entrada entrada para grupos a partir de 10 pessoas, menores de 12 anos, maiores de 60 anos, estudantes, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos.
Para mais informações sobre o Parque Nacional da Serra Capivara acesse o site do ICMBIO e para mais informações sobre o Museu da Natureza acesse o site da FUMDHAM.
Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan - comunicacao@iphan.gov.br
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